domingo, 22 de abril de 2018

Intervenção de Jorge Pires, Membro da Comissão Política do Comité Central, Encontro Nacional do PCP sobre a saúde em Portugal

Serviço nacional de Saúde Público e de Qualidade - direito à saúde para todos

Serviço nacional de Saúde Público e de Qualidade - direito à saúde para todos
Camaradas e amigos
Bom dia a todos
Se quisermos utilizar uma linguagem mais técnica adequada à iniciativa que estamos a realizar, podemos afirmar que depois do diagnóstico feito, o Serviço nacional de Saúde está doente. Não uma doença incurável, mas que há muito está detectada e muito pouco tem sido feito para a curar.
Este é o resultado da política de direita e de uma ofensiva contra o SNS que se iniciou no dia em que ele nasceu, 15 de Setembro de 1979. Se fizermos uma resenha histórica da avaliação que fomos fazendo ao longo dos anos e que encontramos plasmado nas conclusões dos vários encontros nacionais, podemos confirmar esta nossa acusação.
No 1.º Encontro Nacional realizado em 1980, que foi um marco no exame de diagnóstico e propostas terapêuticas para a saúde em Portugal, concluiu-se que «o caos a que chegaram muitos serviços de saúde poderia muito ser evitado se muitas das soluções por nós propostas tivessem sido implementadas.»
Passados 8 anos, em Fevereiro de 1988 o Partido disse no seu 2.º Encontro Nacional que « oito anos de governos de direita, em que se sucederam no Ministério da Saúde o CDS, o PS e o PSD, saldaram-se por um constante desvirtuar do projecto contido na Lei de bases do SNS em proveito de soluções espúrias, tomadas ao sabor de interesses estranhos aos dos profissionais e dos utentes».
Nesta altura, com Cavaco Silva no governo, «foi iniciada uma etapa, qualitativamente nova, na destruição do SNS e no escancarar ao grande capital desta área apetecida de chorudos lucros».

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