segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sempre ao serviço do povo e do País

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, ALMOÇO REGIONAL COMEMORATIVO DO 96.º ANIVERSÁRIO DO PCP

«O PCP agirá rejeitando todos os condicionamentos e constrangimentos que estão a ser impostos e lutará pela sua libertação»

«O PCP agirá rejeitando todos os condicionamentos e constrangimentos que estão a ser impostos e lutará pela sua libertação»

[Excerto]
Neste mais de ano e meio da nova fase da vida política nacional, concretizaram-se medidas no plano da reposição de rendimentos e direitos com impacto na economia que travaram o caminho de declínio e intensificação da exploração e empobrecimento.
Este facto, contudo, não ilude quanto caminho falta fazer, quantas limitações urge ultrapassar, quer para dar resposta a aspirações e direitos, quer para vencer os graves problemas estruturais que o País enfrenta.
Os passos dados não podem iludir que persistem na actual situação nacional graves problemas económicos e sociais que exigem um outro patamar de resposta política.
Problemas como são os do desemprego, da precariedade, dos baixos salários e das baixas reformas, os insuficientes níveis de crescimento económico e a injusta distribuição da riqueza, num quadro agravado de sistemáticas pressões e exigências da União Europeia sobre a definição das políticas nacionais, económicas, sociais e orçamentais.
(...)
O PCP agirá rejeitando todos os condicionamentos e constrangimentos que estão a ser impostos e lutará pela sua libertação.
É bom lembrar que o défice das contas públicas não é o principal problema do País. Falam repetidamente no défice como se fosse esse o grande problema nacional desviando a atenção dos problemas centrais do País – a dívida insustentável que impede o investimento, consome recursos e riqueza nacionais e o insuficiente crescimento económico que é cada vez mais incompatível com uma política de obsessão pelo défice.
O principal défice do País, temo-lo dito, é de produção. É ele que está na origem de todos os outros.
(...)
Iludir esta realidade é adiar a solução dos nossos problemas, é adiar enfrentar as verdadeiras causas dos nossos problemas, é adiar a realização desse debate que, sob a consigna «Produção, Emprego, Soberania. Libertar Portugal da submissão ao Euro», coloque a necessidade e a urgência de uma outra política. Uma política em ruptura com as receitas e caminhos que afundaram o País e com uma visão e objectivos opostos aos que conduziram Portugal ao declínio e empobrecimento. Uma política que afirme a soberania do País e o liberte dos constrangimentos internos e externos que sufocam e bloqueiam o seu desenvolvimento.
Como o PCP tem insistido, o que o País precisa é de uma política patriótica e de esquerda que retome os valores de Abril.

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