sábado, 31 de outubro de 2015

Novo governo de direita não passará

Jerónimo de Sousa reafirma que novo governo "não passará"

Hoje às 18:13
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que novo Governo "está condenado e não passará", referindo que existe uma maioria de deputados para assegurar uma "solução duradoura".
 
ANTONIO COTRIM / LUSA
Jerónimo de Sousa discursa no comício do Barreiro
"No que ao PCP diz respeito, este é um Governo condenado, um Governo que não passará, que soçobrará na Assembleia da República com a aprovação de uma moção de rejeição ao programa que venha a ser apresentado pelo Governo que tomou posse", disse durante um comício que decorreu no Barreiro.
Jerónimo de Sousa, que falou para uma sala cheia, não poupou críticas ao Presidente da República, considerando que Cavaco Silva "usou as suas funções para resgatar" PSD e CDS da "expressiva derrota a que foram condenados".
O secretário-geral do PCP, que esteve acompanhado por Edgar Silva, candidato à Presidência da República, referiu que "é inaceitável" que o Presidente da República limite "quem pode ou não pode" exercer funções e responsabilidades governativas.
"Não querem aceitar a nova realidade de hoje. Não querem aceitar que não há outra saída que não a de respeitar a vontade da maioria que existe na Assembleia da República e que recusa a continuação de um governo do PSD/CDS", afirmou.
O líder do PCP disse ainda que as soluções a considerar "não se confinam à composição do Governo", mas sim à necessidade de se encontrarem novas políticas.
Jerónimo de Sousa explicou que o partido está a trabalhar para procurar "respostas e soluções" que ajudem a dar uma vida melhor aos trabalhadores e ao povo.
"A evolução da situação confirma três factos. O PSD e CDS em minoria não têm condições para formar Governo e aprovar o seu programa, há uma maioria de deputados que constituem condição bastante para a formação de um Governo de iniciativa do PS, que permite a apresentação do programa e a sua entrada em funções para a adoção de uma política que assegure uma solução duradoura e há condições para dar resposta a urgentes problemas e aspirações dos trabalhadores e de vastas camadas da população", salientou.

Sobre os discursos de Cavaco Silva e Passos Coelho na tomada de posse do...

domingo, 25 de outubro de 2015

Sempre a mentir aos portugueses

Execução orçamental desmascara manipulação do PSD/CDS

Os dados da execução orçamental, hoje conhecidos, põem em evidência o enorme embuste que a Coligação PSD/CDS, por via do governo, construíram ao longo dos últimos meses. A prometida devolução da sobretaxa que PSD/CDS foram alimentando com recurso à farsa do “simulador” inserido no Portal das Finanças - uma manobra eficaz até às eleições para captar votos - mas que agora sucumbe perante a revelação do que o PCP sempre denunciou: a de era na base da manipulação estatística que se suportava a mentira de uma prometida devolução de 35,3% da sobretaxa de IRS.
O que os dados da execução orçamental mostram é que a evolução da receita fiscal do IVA e IRS, se não fosse o truque da retenção dos reembolsos devidos destes impostos, até ficaria aquém do previsto e que, desfeita a manobra, a devolução não ocorrerá de todo. Na verdade, o crescimento conjunto da receita fiscal de IVA e IRS nos primeiros nove meses do ano, caso a devolução do IVA e IRS fosse idêntica à de 2014, ficar-se-ia pelos 2,9% - inferior à previsão de crescimento inserida no Orçamento de Estado para 2015 que era de 3,7%.
Importa ainda assinalar que os dados da execução são marcados por cortes consideráveis nas despesas com prestações sociais, menos 520 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, por mais 134 milhões de euros de pagamento de juros e por menos 515 milhões de euros de Contribuições da Segurança Social.
Os dados hoje revelados, um dia após a indigitação de Passos Coelho põe em evidência a falta de seriedade e rigor políticos da coligação PSD/CDS testemunham a ilimitada falta de escrúpulos do governo ainda em funções e a sua disposição para recorrer à mais grosseira mentira e manipulação, não só constitui um libelo acusatório a PSD e CDS como arrasta consigo o Presidente da República e a sua assumida postura de tutor dos interesses daqueles dois partidos.

Contacto com o PR

Audiência com o Presidente da República

Recebido hoje pelo Presidente da República, Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, sublinhou à saída do encontro que os resultados de 4 de Outubro expressam uma clara condenação do governo PSD/CDS e da sua política dos quais é necessário retirar ilações políticas e institucionais. Perante a existência de uma base institucional para outras soluções governativas que impeçam PSD/CDS de formar governo e prosseguir a sua política de desastre, exploração e empobrecimento foi reafirmado que o PCP rejeitará na AR o programa de um governo PSD/CDS que venha a ser presente.

Paz sim, guerra não

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP

Não aos exercícios militares da NATO - Defender a Constituição da República

Face à realização dos exercícios militares da NATO em Portugal, Espanha e Itália, o PCP alerta para o significado e momento da realização daquele que é um dos maiores exercícios da história deste bloco político-militar, indissociável da sua estratégia de crescente militarização das relações internacionais, de expansão no Leste da Europa e de projecção de um ainda maior intervencionismo no Mediterrâneo, Norte de África e Médio Oriente.
O PCP condena e reitera a sua posição contrária à participação de Portugal nestes exercícios da NATO, tanto mais que materializam um elemento mais na escalada de tensão e confrontação que marca a situação internacional.
Num momento em que a situação em várias regiões do globo – nomeadamente no Médio Oriente e Leste europeu – aconselharia a medidas de desanuviamento e a um diálogo respeitador da soberania dos povos, do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, os exercícios da NATO apontam no sentido de um crescente belicismo e reforço desta organização como um bloco político-militar de natureza agressiva, responsável por alguns dos maiores crimes e conflitos ocorridos em várias partes do Mundo, de que os milhões de refugiados são expressão.
Numa situação em que os trabalhadores, os povos e países da Europa enfrentam sérias dificuldades resultantes da crise do capitalismo e do ataque a salários, pensões e outros rendimentos e direitos, os exercícios da NATO, desde logo pela sua dimensão e custos, constituem um libelo acusatório das verdadeiras prioridades da União Europeia e dos países da NATO, que insistem no aumento dos gastos militares.
Reiterando a sua posição de defesa da Constituição da República Portuguesa, nomeadamente no respeitante ao seu artigo 7º que preconiza a defesa do “desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos” e destacando a importância da luta pela paz e os direitos dos povos e contra o militarismo e a guerra, o PCP apela à participação nas acções que dezenas de organizações portuguesas desenvolvem pela paz e contra os exercícios da NATO.

Sobre a decisão e comunicação do Presidente da República relativa à indi...

Jerónimo de Sousa no comício «Luta e Confiança por um Portugal com futur...

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Divagações presidenciais

     
Incapaz de se sintonizar com a Constituição da República que jurou cumprir e fazer cumprir, mas não conseguindo «disfarçar» as simpatias inerentes à sua condição de militância no PSD, o mais alto magistrado da Nação actual, em fim de mandato, procurou influenciar a opinião pública, ignorando a nova composição da Assembleia da República e depois de ter dito que já tinha ponderado sobre todas as variantes políticas que pudessem surgir após as legislativas.
Caracterizado por uma personalidade narcísica, não se conteve ao afirmar anteriormente que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava, resultando daí, talvez, a falta de credibilidade das suas opiniões e, ao mesmo tempo, pouca transparência no caso das acções do BPN, da reforma que não chega para as despesas, das amizades com personagens envolvidas na corrupção, da falta de comparência nas cerimónias do 5 de Outubro como representante máximo da República Portuguesa, alegando que tinha de reflectir sobre a nova situação política, mesmo depois de afirmar que possuía todos os dados ponderados, e da actuação como primeiro-ministro, destruindo a frota pesqueira, a agricultura e a indústria, apelando depois para o regresso ao mar, ao campo e à industrialização.
Todo este comportamento em nome duma política favorecedora do grande capital monopolista e explorador, dos mercados, da destruição do Estado Social, medidas que levaram o País para o declínio social e económico, tornando urgente revertê-las, sob pena de continuarmos cada vez mais dependentes e empobrecidos.
Após conhecimento dos resultados das legislativas e de ter reunido com o actual primeiro-ministro, dirigiu-se ao País passadas duas horas, declarando que «o novo governo a empossar deverá dar aos portugueses garantias firmes de respeitar os compromissos internacionais historicamente assumidas e as grandes opções estratégicas adoptadas pelo País desde a instauração de regimes democráticos e sufragadas nestas eleições pela esmagadora maioria dos cidadãos, é fundamental que seja agora formado um governo estável e duradouro como acontece em todas as democracias europeias», encarregando para tal desiderato o anterior primeiro-ministro, cujas políticas foram rejeitadas pela maioria da população, representada na nova composição do Parlamento. Finda a reunião, logo PSD e CDS acertaram governo, mesmo sem audição dos restantes partidos pelo mais alto magistrado.
Trata-se, sem dúvida, duma também nova concepção de democracia e duma falta de esclarecimento do que se passa por essa Europa fora, onde existem governos para todos os gostos e composições se assim quiserem classificá-los, mas respeitando a vontade da maioria das populações.
Afirmou ainda que encarregou Passos Coelho de desenvolver «as diligências com vista a avaliar possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade», enfatizando deixar de fora os partidos críticos em relação às actuações da NATO que causaram e causam morte, destruição e agora o drama dos refugiados e para com as políticas monetárias do directório europeu em que o euro penaliza fortemente os países a braços com dívidas soberanas impagáveis, ou seja, ignora a vontade democraticamente expressa pelos portugueses e pressiona o PS para alianças à direita, no sentido de continuarmos a sofrer as consequências desastrosas duma governação exploradora, de flagrantes injustiças e de contínuo empobrecimento.

É notória e sintomática a desenfreada propaganda da direita portuguesa, a qual, com a prestimosa ajuda dos habituais órgãos da comunicação social dita de referência, procura levantar os maiores medos ou receios quanto a mudanças, mas o que é certo é que elas foram sufragadas nas urnas e com toda a razão.  

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A Saúde é um direito

Deputados do PCP confirmam: Serviço Nacional de Saúde com graves problemas na RegiãoPDFVersão para impressãoEnviar por E-mail
Terça, 13 Outubro 2015 17:30
PCP insistirá na defesa da manutenção do Hospital de Santo Tirso no Serviço Público
20150526_saudeUma delegação da DORP do PCP – integrando as deputadas Diana Ferreira e Ana Virgínia, além de Jaime Toga da Comissão Política do CC do PCP – reuniu hoje com a Administração Regional de Saúde do Norte para abordar a capacidade de resposta do SNS na região.
Da reunião evidencia-se o acordo das duas delegações quanto às consequências negativas para o SNS pelo facto de não ter sido garantido concurso para a colocação total dos 102 novos médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar, com a ARS a assumir que deu parecer desfavorável a este processo, do qual ficam sem colocação 28 médicos. Saliente-se ainda a convergência de análise quanto ao facto do corte imposto pelo governo PSD/CDS, no transporte de doentes não urgentes, estar a afastar do acesso ao SNS milhares de utentes. 
Foi ainda confirmado pelo presidente do Conselho Directivo da ARS-Norte a manutenção de limitações à contratação de profissionais, apesar do reconhecimento da carência que existe nos diversos serviços de saúde da região.
Confirma-se que o recurso a empresas de trabalho temporário para a colocação de Médicos não serve os interesses dos Utentes, nem do Serviço Nacional de Saúde, originando problemas, como aconteceu no passado dia 4 de Outubro nas urgências do Hospital de Santo Tirso.
Na reunião a delegação do PCP manifestou especial preocupação quanto ao futuro do Hospital de Santo Tirso relativamente ao qual, em final de mandato, o governo PSD/CDS assinou um protocolo no qual o entrega à Misericórdia.
A reunião confirmou todas as preocupações que antes manifestamos:
 - A perda de serviços e valências no Hospital de Santo Tirso;
 - A possibilidade de ruptura na resposta à população caso os profissionais optem por manter o seu vínculo ao SNS e recusem, como é seu direito, a passagem para a Misericórdia.
 - Um Governo que, expedito a entregar a privados o Hospital público de Santo Tirso, ainda não acautelou aspectos essenciais do serviço futuro. Por exemplo, ainda não se sabe qual será o Hospital de referência para serviços de urgência para os utentes da Trofa e de Santo Tirso (apenas dizem que será um dos Hospitais do Porto), nem sabe onde passarão a ser as consultas de IVG das populações.

A DORP do PCP reafirma o seu compromisso de apresentar na Assembleia da República, após a reabertura dos trabalhos, uma proposta de reversão deste processo de alienação do Hospital de Santo Tirso a privados, esperando que, se outros partidos cumprirem a palavra, com a nova correlação de forças na Assembleia da República seja possível reverter este processo.


Porto, 13 de Outubro de 2015
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP

Comício no Porto

                  Faixa publicitária

Solidariedade internacionalista

PCP na Palestina e em Israel

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP

PCP na Palestina e em Israel

O PCP integra uma missão de solidariedade internacional com o Povo palestiniano, que se realiza de 11 a 14 de Outubro, no quadro do processo dos Encontros Internacionais de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO), em que, para além do PCP, participam partidos comunistas da África do Sul, da Alemanha, da Bélgica, de Chipre, da Grécia e da Índia.
O PCP faz-se representar por Ângelo Alves, membro da Comissão Política e da Secção Internacional.
A missão de solidariedade que o PCP integra realiza-se num momento especialmente crítico na situação nos territórios palestinianos ocupados, em que Israel aprofunda as provocações e a brutal repressão sobre o povo palestiniano, leva a cabo novos bombardeamentos contra a Faixa de Gaza e estende ainda mais a sua política de colonatos e bloqueio dos territórios palestinianos ocupados.
A missão de solidariedade deslocar-se-á a Ramallah, na Cisjordânia, onde realizará contactos e encontros com altos representantes da Autoridade Palestiniana – entre os quais o Primeiro-Ministro – e com as direcções de várias forças políticas que integram a Organização de Libertação da Palestina (OLP). Os representantes dos partidos comunistas deslocar-se-ão a Jerusalém para prosseguir contactos com forças políticas e sociais palestinianas e realizar várias visitas.
Durante a sua estadia na região a missão de solidariedade deslocar-se-á ainda a Israel, a convite do Partido Comunista de Israel, para contactos e reuniões, nomeadamente no Parlamento Israelita (Knesset).

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Encontro entre PCP e PS

Encontro entre PCP e PS

7 Outubro 2015
No final do encontro realizado entre o PCP e o PS, Jerónimo de Sousa afirmou que "no quadro actual, e perante a situação que está criada, o PCP rejeitará qualquer solução que proponha um Governo PSD/CDS e contribuirá para derrotar qualquer iniciativa que vise impedir a formação de uma outra solução governativa. Os votos dos deputados do PCP contribuirão sempre para todas as medidas que forem úteis para os trabalhadores, o povo e o País e opor-se-ão a tudo o que signifique mais exploração, empobrecimento, injustiças sociais e declínio nacional".

O dia seguinte às grandes decisões

          
A democracia funcionou, o povo decidiu e a maioria de direita foi derrotada nas eleições legislativas, abrindo um novo ciclo na vida política nacional.
Embandeirando em arco, em plena e insana euforia, a coligação PAF foi esmorecendo gradualmente e na medida em que os dados iam surgindo, indicando claramente que era impossível uma maioria absoluta.
A composição do Parlamento ficará, pois, sensivelmente alterada, mostrando uma maioria de deputados de esquerda, o que significa que a população portuguesa rejeitou a austeridade como forma de governação.
Contrariamente ao que as sondagens previam, a abstenção manteve-se em nível elevado que poderia ser bem diferente se muitos dos cerca de 500 mil emigrantes recentes pudessem exercer o dever cívico, assim lhes tivessem sido proporcionadas as respectivas condições.
O resultado obtido pela CDU confirma a sua expressão política, conquistada ao longo dos últimos actos eleitorais, dando razão a todos quantos reconhecem nesta coligação a razão dos seus argumentos, a seriedade dos militantes e o seu papel insubstituível na defesa dos interesses do povo trabalhador e do País, na luta incessante contra as injustiças e por uma vida melhor.
Contudo, a conclusão mais importante a retirar dos resultados destas eleições e do novo quadro político é a confirmação da derrota dos projectos do PSD/CDS para o prosseguimento da destruição de direitos, do assalto aos rendimentos de quem trabalha, dos reformados e pensionistas, dos pequenos e médios empresários, da perda de soberania nacional.
A CDU conseguiu levar a cabo uma intensa campanha de esclarecimento e mobilização, baseada no trabalho, na verdade, na honestidade, na competência e na seriedade, originando uma grande participação popular e confirmando que os deputados eleitos constituirão sempre uma força activa em defesa dos trabalhadores, do povo e do País.
Foi com o trabalho e dedicação de milhares de militantes, activistas e candidatos do PCP/PEV/ID e da juventude CDU que se tornou possível esclarecer, mobilizar e dar corpo à ideia de que, sim, é possível uma vida melhor e mais digna.
Os resultados eleitorais confirmam a derrota da direita que perde a maioria e é fortemente castigada pela população portuguesa, razão pela qual seria inadmissível que o mais alto magistrado da Nação viabilizasse a constituição de novo governo pelos mesmos que saíram penalizados, a não ser que o maior parido da oposição para tal contribuísse, recusando-se a formar governo.
O resultado obtido pela CDU é tanto mais notável quanto foi visível a campanha ideológica, de condicionamento, chantagem e medo, tratamento desigual, por vezes mesmo afrontoso levado a cabo por algumas instituições que deveriam proceder de modo deontologicamente diferente.
Como afirmou o Secretário-Geral do PCP «temos pela frente tempos de exigência mas são também tempos de confiança, tempos de confiança na luta e na resistência de muitos milhões de portugueses, honrando os nossos compromissos, assumimos desde já a apresentação, no início dos trabalhos parlamentares, de um conjunto de iniciativas legislativas com vista à recuperação e devolução dos rendimentos e direitos roubados nos últimos anos».

Temos, pois, pela parte do PCP a firme disposição de começar o trabalho parlamentar com a recuperação de malfeitorias aplicadas à população e vamos também ver quem viabiliza as propostas apresentadas nesse sentido.

Sobre as decisões do PCP face às Eleições para a Presidência da República

"O PCP contribuirá para que PSD e CDS não tenham legitimidade para pross...

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sobre os resultados eleitorais

O PCP assume responsabilidades




PRESENTAÇÃO DAS CONCLUSÕES DA REUNIÃO DO COMITÉ CENTRAL

O PCP não faltará a uma política patriótica e de esquerda

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O dia de todas as decisões

                                            
O próximo dia 4 de Outubro poderá tornar-se no princípio de reviravolta para um dos piores períodos da nossa História recente, assim o queira a população portuguesa e seja possível ultrapassar a barreira das indecisões.
A necessidade da ruptura com as políticas de direita, protagonizadas pela troika nacional (PS, PSD, CDS) em que a actuação do atual governo, ao agravar as medidas impostas pela troika internacional, deixou o País em estado caótico, quer ao nível social, quer ao nível económico, constituem um imperativo nacional.
Os responsáveis do actual governo, chegados ao poder na base de mentiras, embustes e promessas falsas, não possuem o mínimo de respeito pelo povo que deviam servir com honestidade, verdade e competência, pois entraram em campanha eleitoral com a pretensão de fazer crer que não têm quaisquer responsabilidades na situação a que chegamos e vão ao desplante de afirmar que o País e os portugueses precisam de estabilidade, ou seja, da estabilidade deles, da estabilidade da manutenção da crise.
Sem qualquer resquício de sensibilidade social e moral, de credibilidade, continuam com a linguagem mistificadora nos discursos, entrevistas e novas promessas eleitoralistas para convencimento dos incautos e de todos aqueles que beneficiaram e continuam a beneficiar com as acções governativas.
No entanto, sabem muito bem que nada possuem de novo para apresentar à esmagadora maioria da população (trabalhadores públicos e privados, reformados e pensionistas, pequenos e médios empresários, utentes dos serviços públicos essenciais, jovens à procura do primeiro emprego e condenados à emigração), pois somente podem oferecer a continuação da política de direita que nos conduziu à austeridade para muitos e às vantagens e ganhos para alguns, dado que os custos da crise sempre foram consciente e injustamente repartidos.
E até mesmo em relação à política externa são bem patentes a submissão às imposições do directório da União Europeia, com os seus tratados e convenções sempre assinados de bom grado, assim como o alinhamento incondicional à NATO e às guerras de agressão dos EUA, de que, infelizmente, vemos agora bater-nos à porta os respectivos resultados, mas que nem por isso fazem alterar a nossa actuação, pois não deixaremos de participar nas próximas manobras militares internacionais, as maiores de sempre, tudo muito bélico e agressivo que nos impõe gastos também agressivos e nos retira cada vez mais independência e soberania.
Por estas e outras razões, as eleições do próximo dia 4 de Outubro poderão constituir uma oportunidade para afirmar um não peremptório e inequívoco a esta situação de dependência externa, regressão social e subdesenvolvimento e levar-nos à libertação do garrote imposto e a uma nova política, patriótica e de esquerda que relance o País para novos rumos que constituam resposta às necessidades da população portuguesa e aos problemas existentes, que afirmem um Portugal livre e soberano e uma Europa de paz e cooperação, que proporcionem as condições para uma séria renegociação da dívida soberana e, se preciso for, que possam mesmo contribuir para estudar criteriosamente a libertação do euro, na defesa intransigente dos interesses nacionais e no cumprimento da Constituição da República Portuguesa.

Que nada possa impedir o cumprimento do dever cívico, nem mesmo o futebol marcado para a mesma altura, pois a apatia e o conformismo só favorecem os mentores da actual situação que eles pretendem manter a todo o custo com a prestimosa colaboração do presidente de alguns, mas os portugueses não querem estar condenados a políticas de terceiro mundo.

A CDU com os reformados

Para melhor futuro os reformados contam

ALMOÇO-­COMÍCIO NA PIEDADE ASSINALA DIA DO IDOSO

Para melhor futuro os reformados contam

Enquanto os poderes dominantes tratam os idosos como um fardo e uma despesa, a CDU destaca a sua luta de toda a vida e o papel positivo que continuam a ter no combate à política de direita e na construção de um futuro melhor, como se assinalou esta tarde na Cova da Piedade.
O grande salão da Sociedade Cooperativa Piedense encheu por completo, ultrapassando inscrições e expectativas, para o almoço-comício de apoio à CDU, organizado com o empenho militante da estrutura coordenadora regional de Setúbal da organização de reformados comunistas, assinalando o Dia Internacional do Idoso.
A vivacidade e o entusiasmo foram patentes desde a entrada de Jerónimo de Sousa, Heloísa Apolónia, Francisco Lopes e outros candidatos, mas subiram ainda mais durante as intervenções do cabeça de lista por Setúbal e do Secretário-Geral do PCP.
O dirigente e deputado comunista e de novo primeiro candidato no distrito destacou a dimensão desta iniciativa de expressão de apoio dos reformados à CDU. Francisco Lopes lembrou que ali estavam pessoas de uma geração que conheceu as condições dramáticas da exploração e do obscurantismo, mas que lutou e até conquistou direitos durante o fascismo. «Foram lutadores pela liberdade e pela democracia» e participaram activamente nas grandes transformações e conquistas de Abril. Os reformados de hoje conheceram, designadamente, «o abandono destas terras nesse tempo sinistro» e protagonizaram a sua elevação a níveis de desenvolvimento e bem-estar que estão entre os melhores do País. Tal experiência mostra que, contra todos os que pregam o fatalismo, temos o futuro nas nossas mãos, sublinhou, enaltecendo a participação de reformados, pensionistas e idosos «por aquilo que representam e pelo futuro que projectam nesta campanha» eleitoral da CDU.
Jerónimo de Sousa saudou os reformados e, em especial, o MURPI, lembrando que os idosos têm vivido tempos difíceis, desde os sucessivos PEC até ao pacto de agressão da troika, sofrendo um corte de muitos milhões de euros nos seus rendimentos. Muitos encontram-se em situação de carência e empobrecem dia após dia. O Secretário-Geral do PCP realçou que, ao contrário do que outras forças geralmente fazem, a CDU não trata os reformados como um encargo, tem acompanhado a sua luta e apresenta propostas para que lhes seja garantida autonomia económica e social, a começar pelo aumento das pensões e reformas e pela reposição do que lhes foi roubado.
Destacou que o voto na CDU é o único que dá força a estas aspirações e a uma verdadeira mudança de política – e cada voto no dia 4 pode ser decisivo para eleger deputados e reforçar o PCP e o PEV, que na AR sempre se têm batido em defesa dos reformados, pensionistas e idosos.

Olhos nos olhos com o povo

O povo saiu à rua com a CDU

ESPERANÇA E CONFIANÇA AFIRMADAS NA BAIXA DA BANHEIRA

O povo saiu à rua com a CDU

«O povo saiu à rua na Baixa da Banheira», destacou Jerónimo de Sousa, ao saudar os muitos apoiantes e activistas que acompanharam os candidatos da coligação PCP-PEV no desfile pela Rua 1.º de Maio, ao fim da manhã desta quinta-feira.
O Secretário-Geral do PCP, último orador no mini-comício que culminou o desfile, valorizou o facto de quem trabalha e quem trabalhou a vida inteira sair às ruas, combater a política de direita e as suas medidas concretas e não desistir de lutar por um futuro melhor. «Honra-nos muito que estejam aqui», disse Jerónimo de Sousa, saudando em especial os reformados, que «vivem hoje melhor do que viveram os seus pais, mas vêem que os seus filhos não conseguem fazer vida e têm que os ajudar no dia-a-dia».
Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita, foi o primeiro a subir ao palanque, para saudar os participantes na iniciativa e a população, assinalando a presença de Margarida Botelho e José Capucho, membros dos organismos executivos do PCP, e apresentando os oradores.
Heloísa Apolónia, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», deputada e de novo candidata da CDU no círculo de Setúbal, lembrou a sua ligação de infância à terra banheirense, onde aprendeu «a importância da não resignação» e do combate contra tantas adversidades. Insistiu na defesa dos serviços públicos, criticou os efeitos do desinvestimento público na preservação das áreas protegidas e exigiu que o Estado esteja ao serviço das pessoas e não ao serviço dos grupos financeiros.
Francisco Lopes, dirigente do PCP, deputado e primeiro candidato da CDU na lista de Setúbal, congratulou-se pelo calor humano da recepção que a arruada teve e salientou que «a nossa campanha cresce e cresce o apoio à CDU». Este apoio nasce na indignação das pessoas com o Estado do País, mas também da vontade de construir uma alternativa, pelo que é necessário, no dia 4, com o voto, sinalizar a opção por um futuro diferente.

A voz ao povo

A palavra que conta é a do povo

SIMPATIA E ENTUSIASMO ACOLHEM CDU NA BAIXA SADINA

A palavra que conta é a do povo

Apesar de todas as peripécias e episódios criados durante a campanha e das pressões bipolarizadoras que se intensificam, continua a ser o povo quem decide e quem vai eleger os deputados que contam para a construção das soluções de que o País precisa, alertou Jerónimo de Sousa esta tarde em Setúbal.
Os bombos da «Bardoada» abriram caminho aos candidatos e apoiantes da coligação PCP-PEV, pelas ruas da baixa da capital sadina, da Sé até à Praça de Bocage. Um animado grupo de jovens foi colocando em palavras de ordem o bom resultado esperado no dia 4: «Mais, mais CDU» e «Sobe, sobe, CDU». O Secretário-Geral do PCP correspondeu às saudações, acenos e beijinhos, tanto quando iam ao seu encontro, como quando cumprimentaram das varandas, e ele próprio tomou a iniciativa de entrar em várias lojas.
Além de palavras de estímulo, ouviu sentida revolta pela baixa reforma recebida por uma mulher «ao fim de 40 anos de trabalho».
No final do percurso, num palco móvel, André Martins tomou a palavra para saudar os participantes nesta jornada e reforçar o apelo ao voto no próximo domingo. O dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, chamou os candidatos Rui Higino, Bruno Dias, Paula Santos, Heloísa Apolónia e Francisco Lopes, e Jerónimo de Sousa.
Deputado e cabeça de lista por Setúbal, Francisco Lopes salientou o papel e a importância que a CDU atribui à cidade e à região, lembrando que aqui continua a governar um poder local com sentido de futuro, cuja acção contraria as graves consequências da política nacional. O dirigente do PCP apontou diversas razões para votar na CDU e «juntar voto a voto um grande resultado», dirigindo-se aos trabalhadores, aos micro, pequenos e médios empresários, aos que rejeitam a política de cultura do Governo (evocou que passa hoje o Dia Mundial da Música e criticou os cortes no financiamento do ensino artístico e as grandes dificuldades criadas às instituições do distrito.
Jerónimo de Sousa apelou a que cada um avalie o que sucedeu nos últimos anos à sua vida e a Portugal, para decidir em quem votar no domingo. Quando lembrava que «a nossa sondagem» feita durante as acções desta campanha eleitoral confirma que a CDU está mais forte, foi interrompido por um apoiante que gritou «lá em casa somos sete e ninguém se desvia», o que o levou a apelar a que se prossiga o esforço, até ao último minuto, para que muitos mais não se «desviem».
Enalteceu o orgulho que sentem os eleitos das listas da CDU, «uma força que procura resgatar o que de mais nobre há na política», quando se apresentam ao povo que os elegeu e podem dizer «o que eu recebia na fábrica ou no escritório, no meu trabalho, é o mesmo que continuo a receber como deputado». Além disso, têm «o sentimento do dever cumprido», disse Jerónimo de Sousa, reafirmando «o compromisso de que o voto será respeitado».

Pelo trabalho e pelo projecto

Na CDU pelo trabalho e pelo projecto

CASA CHEIA DE CONFIANÇA NA QUINTA DO CONDE

Na CDU pelo trabalho e pelo projecto

O reconhecido mérito da CDU na criação de uma vila que se tornou um grande espaço urbano, com a participação do poder local e levando as lutas da população até ao Parlamento, faz da Quinta do Conde um bom exemplo de como, pelo trabalho realizado e pelo projecto que transporta, a coligação PCP-PEV deve ter também forte votação no dia 4.
No comício que se seguiu ao jantar desta quinta-feira, dia 1, no salão cheio do Centro Cultural Social e Recreativo «A Voz do Alentejo», foi por várias vezes feita referência àquilo que era a Quinta do Conde há 40 anos, realçando as grandes transformações positivas alcançadas até hoje.
Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, considerou que as votações maioritárias na Coligação Democrática Unitária ao longo de quatro décadas, para os órgãos do município e das freguesias, são a melhor prova de que o trabalho é reconhecido. Apelou a que esse reconhecimento se expresse também nas eleições legislativas, para que na AR se alargue o número de deputados que propuseram legislação e medidas, particularmente nas discussões de orçamentos do Estado, que foram ao encontro de necessidades e aspirações de quem vive e trabalha na Quinta do Conde.
Heloísa Apolónia, deputada e dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes» e candidata da CDU no círculo de Setúbal, lembrou que «exercemos o nosso mandato de forma muito próxima da população» e referiu o empenho do PCP e do PEV para que houvesse um Centro de Saúde na Quinta do Conde. Apelou a que, em contraponto, se olhasse também para aquilo que os outros partidos não realizaram.
Recusando a «fiscalidade verde», como uma medida (no OE deste ano) para aumentar impostos e sacar 150 milhões de euros, criticou as privatizações e a redução de pessoal nos serviços públicos. A propósito do Dia Mundial da Água, que se celebrou precisamente a 1 de Outubro, apontou as grandes dificuldades que a falta de meios humanos provoca na fiscalização do direito da população a água de qualidade e também na vigilância marítima e detecção de desastres ecológicos no oceano. A «reestruturação» das empresas do sector das águas e saneamento teve apenas por objectivo a privatização e foi mais um caso a confirmar que os governos só olham para o ambiente quando procuram promover negócios para o grande capital. Por fim, Heloísa Apolónia apelou a que os ecologistas, os patriotas, os democratas atribuam o seu voto à CDU, a força que verdadeiramente defende os interesses do País.
Esclarecer até ao último momento
Francisco Lopes lembrou importantes iniciativas realizadas pela CDU, saudou as centenas de activistas da CDU que nelas participaram e explicou a grande confiança com que é encarado o resultado das eleições «pelo caminho percorrido e pelo trabalho que ainda falta» levar a cabo até ao último momento. Dos resultados obtidos pela luta da população, com o empenho dos eleitos locais e a acção solidária na Assembleia da República, o deputado e dirigente do PCP que encabeça a lista da CDU no distrito de Setúbal destacou a construção do nó desnivelado na EN10, acabando com os constantes acidentes que ali ocorriam.
No público, entre aplausos e gritos «CDU» e «CDU avança com toda a confiança» (que se repetiram inúmeras vezes nesta noite), fizeram-se ouvir palavras que sublinhavam a razão do orador. Francisco Lopes acentuou a importância de a CDU ter mais votos e mais deputados, para travar o que for negativo e avançar com medidas necessárias, como a construção da escola secundária da Quinta do Conde.
A propósito de inquietações suscitadas pelo caso da «martelagem» na Volkswagen, declarou «solidariedade e apoio sem limites» aos trabalhadores da Autoeuropa, para a preservação dos seus postos de trabalho, e avisou: «que ninguém aproveite» tal situação «para tentar esmagar os direitos dos trabalhadores».
A enfatizar o valor de cada boletim entrado nas urnas, lembrou que nas recentes eleições regionais na Madeira apenas faltaram cinco votos para eleger mais um deputado da CDU, que seria retirado ao PSD e o faria perder a maioria absoluta.
Jerónimo de Sousa elogiou as duas intervenções que o antecederam e deixou «alguns apelos finais» para o esclarecimento e a mobilização de mais votantes na coligação PCP-PEV.
Observou que a derrota do PSD e do CDS e a perda da maioria absoluta pelos partidos do Governo resultará da luta travada ao longo destes quatro anos e não do que tenha ocorrido na campanha eleitoral. Dessas lutas, os trabalhadores e a população conhecem aqueles que hoje estão na CDU, uma força sempre presente, tanto nas empresas, quando trabalhadores exigiam salários melhores e garantia de direitos, como junto da população que se batia contra o encerramento de um Centro de Saúde, uma escola ou um tribunal.
«Quem teme o crescimento da CDU?» Para Jerónimo de Sousa, quem tem motivos para isso são os grupos económicos e os banqueiros, porque o PCP e o PEV podem bulir com os seus interesses.
O dirigente comunista voltou a lembrar que o PS «desistiu» e não veio ao combate contra o Governo PSD/CDS.
«Nós não desistimos de Portugal e acreditamos nos portugueses», enquanto os partidos da troika «acreditam mais na União Europeia e no FMI». Sob fortes aplausos, Jerónimo de Sousa concluiu: «Nós estamos do lado certo!»
Apelou a que, «mesmo aos que ainda pensam que não vale a pena», se recorde que «é possível romper com esta política e dar força à CDU». Aos «desiludidos e desencantados» o Secretário-Geral do PCP disse que «são bem-vindos ao lado certo». Aos que enchiam o salão da «Voz do Alentejo», reafirmou que «com este trabalho e este projecto, vale a pena» todo o empenho para garantir o reforço da CDU nas eleições de domingo.