quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Resistência e luta

Declaração de João Dias Coelho, membro da Comissão Política do Comité Central, Lisboa

Perante mais este ataque, só resta aos trabalhadores manter o caminho da luta, da resistência e da unidade

Reagindo à promulgação por parte do Presidente da República da Lei que aumenta para 40 do horário de trabalho na Administração Pública, João Dias Coelho, considera que "este facto comprova mais uma vez o compromisso do Presidente com o Governo e com a sua política. Uma politica que visa aumentar a exploração dos trabalhadores e que transforma o estado em promotor do desemprego".
O membro da Comissão Política do Comité Central Perante, afirmou ainda que "perante o conjunto das medidas tomadas, só resta aos trabalhadores manter o caminho da luta, da resistência e da unidade para combater estas medidas."

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O drama dos fogos florestais

                                 O cenário repete-se inexoravelmente

A persistência incompreensível do desordenamento florestal, originando o estado caótico da floresta que continua a arder com óbvios prejuízos para a economia nacional, a falta de investimento na prevenção, o número elevado de acidentes mortais nas Corporações de Bombeiros e a perda elevada de material circulante, a par de acidentes graves com as populações e a perda do seu património, tantas vezes conseguido com anos e anos de labuta árdua e a falta de limpeza adequada das matas, teem sido há uns anos a esta parte as características dominantes no panorama dos fogos florestais no nosso País e estão a tornar 2013 um ano caótico.

Apesar do PCP ter reiteradamente pugnado pelo Reordenamento Florestal, como a mais importante medida preventiva dos fogos florestais e tem reafirmado que não basta legislar contra incêndios na floresta, sendo imprescindível também determinar quem fiscaliza, notifica e faz cumprir a legislação, muito pouco tem sido feito nesse sentido.

A lógica atual e as suas prioridades determinam que há mais orçamento para o combate do que para a prevenção, mas esta situação deve ser completamente invertida, se tivermos em conta os resultados obtidos até hoje e bem podem os representantes governamentais continuar na lenga lenga das condições atmosféricas e do terreno mais ou menos rochoso e sinuoso ou da adequação do dispositivo, enquanto há bombeiros a combater fogos sem o adequado equipamento de proteção individual, conforme tem sido visível através das câmaras televisivas. 

Para o PCP existem alguns pressupostos de urgente implementação, no sentido de ser possível atacar este problema com pés e cabeça, a saber:

1. Que sejam conhecidos os relatórios das investigações dos incêndios.

2. Que sejam divulgados, como medida pedagógica, os relatórios da investigação dos acidentes com viaturas de bombeiros, que se dirigiam, regressavam ou estavam nos incêndios.

3. Que sejam divulgados como medida pedagógica os relatórios da investigação dos acidentes em serviço dos quais tenham resultados a morte ou incapacidade (temporária ou definitiva) de bombeiros.

4. Que, revelando-se necessário, aumentem as coberturas do seguro de acidentes pessoais dos bombeiros, no mínimo para o dobro, cujo tomador são as Câmaras Municipais (portaria nº. 1193/2009) e sabendo das dificuldades de disponibilidade financeira das Autarquias, que o Governo tome medidas para assegurar o respectivo financiamento.

5. Que se avalie se o tempo e o tipo de formação são os necessários para tão exigente e arriscada missão.

6. Que o Governo assegure que a todos os homens e mulheres que vão combater os fogos será disponibilizado o seu equipamento de protecção individual.

7. Que sejam asseguradas medidas por parte do Governo de apoio às populações afectadas, para colmatar os seus prejuízos.

O Grupo Parlamentar do PCP apresentará oportunamente na Assembleia da República um requerimento com todas estas questões.


Não consta que para os lados do Pontal, onde como habitualmente a demagogia e a mentira estiveram presentes, com o discurso da retoma e do estamos no bom caminho, este e outros assuntos cruciais para a vida dos portugueses tenham sido sequer aflorados e é por essa e outras razões que este é um governo que o povo não quer, que não reconhece como seu e ao seu serviço, sendo necessário substituí-lo com urgência para serem evitados males maiores.

domingo, 25 de agosto de 2013

Uma vida ao serviço do povo e do País

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Lisboa, Sessão de lançamento da Fotobiografia de Álvaro Cunhal

sábado, 24 de agosto de 2013

CDU - Trabalho, Honestidade e Competência

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Vila Nova de Gaia, Marcha pelo Emprego e o Desenvolvimento

Marcha da CDU pelo Emprego e o Desenvolvimento em Vila Nova de Gaia


No final da Marcha, pelas ruas de Vila Nova de Gaia, que juntou centenas de activistas e amigos da CDU, Jerónimo de Sousa reafirmou a CDU com "um percurso de honestidade e competência tão mais valioso quanto estes tempos de corrupção, de tráfico de influência, de falta de noção da verdade ou de ausência de respeito pela palavra dada".

Fascismo nunca mais

                                  A incoerência política
A separação entre o profano e o religioso, ao nível das instituições e da governação, constitui um factor de coesão da sociedade que não deve ser subestimado pois, como diz o povo e muito bem, cada macaco no seu galho.
Em Portugal e ao nível da Igreja Católica, houve alguns sacerdotes que, no entanto, não puderam ficar indiferentes perante os crimes do fascismo e, contrariando as determinações hierárquicas, tiveram papel de relevo na ajuda da procura de soluções para a pobreza, as injustiças e o crime, pois não se sentiam imunes ao sofrimento da população à qual pertenciam e pretenderam levar até às últimas consequências a interpretação do conteúdo das chamadas Escrituras, o que é de louvar e não colide com a separação dos poderes referidos, pois fora da instituição a que pertenciam eram cidadãos comuns que não concordavam com a ignomínia, a perseguição, a tortura e a morte então vigentes.
Com a vinda da democracia, graças à Revolução do 25 de Abril, essa preocupação sacerdotal tornou-se diluída com o aparecimento da justiça social, do emprego com direitos e do objetivo do desenvolvimento económico, enfim, a busca duma sociedade nova sem exploração do homem pelo homem.
Porém e enquanto houve partidos que abraçaram, defenderam e defendem coerentemente os ideais da Revolução, outros houve que, auto proclamando-se defensores da democracia e do socialismo, tornam difícil acreditar nesta caracterização política, dadas as suas contraditórias, ambíguas e continuadas tomadas de posição, aliás, da mesma forma como o conhecido cónego Melo, segundo dizem alguns, sacerdote muito conceituado e vigário geral da arquidiocese de Braga, também optou por se colocar na prática numa posição contra a religião que dizia defender e contra a democracia, no pós 25 de Abril, ao integrar a organização fascista ELP (Exército de Libertação Nacional), responsável pela destruição de sedes do PCP, morte de militantes comunistas e pelo apoio a atentados bombistas, nomeadamente o que vitimou o padre Max, além de ter sido também conhecido no período institucional como um ativo promotor de interesses imobiliários especulativos, alguns até contra a própria igreja bracarense.
Pois é a este cavalheiro que um grupo de cidadãos de Braga achou por bem levantar uma estátua a inaugurar depois das eleições autárquicas, iniciativa esta que foi aprovada na Câmara com os votos favoráveis do PS, tendo o presidente da Câmara, Mesquita Machado, declarado que «Quero homenagear o cidadão cónego Melo. Que fique bem claro. O cidadão, o bracarense, que era um bracarense dos sete costados. Era um grande bracarense e, como tal, é essa a homenagem que nós lhe devemos. O resto tem que ser abstraído», ou seja, abstrai-se que estamos perante uma homenagem a um declarado terrorista.  
Não surpreenderá ainda que muitas das ações de terrorismo deste cavalheiro tiveram na altura o beneplácito dos partidos CDS, PSD e PS, sendo inclusive de recordar as palavras de Soares, o fixe e padrasto, desculpem, pai da democracia, ao afirmar que estas ações devidamente organizadas eram «reações espontâneas das massas populares, indignação popular genuína, rejeição do PCP».
O decorrer do tempo e o crescimento do PCP em Braga encarregaram-se de comprovar o contrário, mas também trouxeram à evidência que identidade, ideologia e princípios são características partidárias de que nem todos os partidos se podem gabar de possuir ou seguir.

O repúdio pela edificação da estátua já surgiu, tendo dado origem a uma concentração de protesto, onde foram reafirmados os ideais de Abril e rejeitada a mitificação da valores e atos que evocam os tempos do obscurantismo e a servidão.  

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

As preferências do governo vão para o grande capital







Na declaração política que o PCP levou hoje à tribuna da Assembleia da República, Paulo Sá afirmou que há fronteiras que o Governo não quer transpor: aquelas que protegem os senhores do grande capital, os banqueiros, os especuladores financeiros e os acionistas dos grandes grupos económicos e financeiros, para estes, na melhor das hipóteses, o Governo limita-se a aparar as patilhas. A tosquia, essa está reservada para os trabalhadores e o povo.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dar mais força à CDU

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Silves, Jantar convívio da CDU

Mais CDU, para dar mais força na luta por uma vida melhor num Portugal com futuro


Num jantar convívio da CDU, em Silves, Jerónimo de Sousa sublinhou que a CDU parte com confiança. Uma confiança baseada no trabalho e obra realizada, quer em maioria quer em minoria, confiança de quem tem reconhecidamente um percurso de honestidade e competência, confiança de quem sabe ter solução para os problemas nacionais e apresenta ao povo e ao país uma política alternativa, patriótica e de esquerda.

O Secretário-Geral afirmou ainda que a 29 de Setembro é preciso dar mais força à CDU, para garantir melhor resolução dos problemas das populações, para dar mais voz à defesa do povo e dos seus direitos, para dar mais força na luta por uma vida melhor num Portugal com futuro.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A política do faz de conta

                              
Na senda do anterior governo, o atual indicia exatamente os mesmos princípios e objetivos, julgando possuir o estatuto do absolutismo e para tal contando com o apoio incondicional do Presidente da República.
O facto de algumas caras novas surgirem em cena com ocultação no respetivo currículo das suas anteriores passagens em cargos onde se comprometeram irremediavelmente em situações no mínimo duvidosas, diz bem da desfaçatez com que encaram o serviço público.
Os casos atuais da ministra das finanças e dos seus swaps, do ministro dos negócios estrangeiros e da sua passagem pela administração da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) proprietária da fraude do BPN, cujo valor, ainda em contabilização, pensa-se que chegará aos 8 mil milhões de euros e do atual secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, anteriormente no Citibank onde tentava vender swaps ao governo, são comparáveis aos de Relvas e suas licenciaturas traficadas, de Franquelim Alves também ligado à SLN, e até do próprio primeiro-ministro ex-administrador da Tecnoforma, empresa atualmente alvo de investigação na União Europeia, por suspeita do uso fraudulento de fundos comunitários, ou seja, a porta giratória entre o capital financeiro e o governo demonstra continuar a ser bem lubrificada e oleada.
A corrupção e o tráfico de influências que alastram e se propagam pelo País como epidemia, surgida em anteriores executivos governamentais e agora agravada, causam à população portuguesa um misto de incredulidade e revolta, quando para cúmulo observa o à vontade com que o vice primeiro-ministro Portas diz e desdiz-se com a mesma facilidade com que pretendeu ser o defensor dos feirantes, dos pensionistas, da lavoura, dos ex-combatentes, da Marinha onde conseguiu um buraco de dois mil milhões de euros com torpedos e dois submarinos, sem combustível para abastecimento adequado à respetiva missão, do Exército com blindados Pandur muitos dos quais ainda desmontados por falta de peças, isto é, estamos perante um conjunto de «personalidades» à frente dos destinos do País que, não possuindo, pelos vistos, as qualidades necessárias para a missão, institucionalizam o faz de conta e enlameiam a democracia.  
Como cereja no bolo, Passos e Portas, cumprindo à risca o programa do Presidente de alguns portugueses a olhar misticamente o País, encenaram no Parlamento uma prova de vida com a aprovação duma moção de confiança que nos deixa a todos desconfiados, pois, mesmo cumprida a formalidade, o descrédito, a falta de legitimidade, o repúdio e a rejeição são patentes na população portuguesa.  
Não foi seguramente por mero acaso, que o PCP questionou recentemente o governo sobre a situação em que se encontravam as recomendações feitas ao mesmo há dois anos e aprovadas por unanimidade no Parlamento, no sentido de criminalizar o enriquecimento ilícito no âmbito do combate à corrupção, procurando saber quais as medidas concretas já adotadas para dar cumprimento às referidas recomendações e anunciou a intenção de adotar as iniciativas parlamentares adequadas nesse sentido.
Entretanto e antes do final dos trabalhos parlamentares, os partidos que sustentam o governo desacreditado quiseram demonstrar a sua opção ideológica e de classe, fazendo aprovar dois diplomas, um pelo aumento do horário de trabalho e outro sobre requalificação, diplomas estes que representam novo e severo golpe contra os trabalhadores da administração pública, na medida em que irão contribuir seriamente para o despedimento de milhares de funcionários públicos.


Pela demissão do governo, a luta vai continuar

Declaração de Jorge Cordeiro, membro do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central, L

Num governo onde não há noção da palavra dada, nem respeito pela verdade a questão é a sua demissão


Jorge Cordeiro, comentando as notícias sobre o ainda Secretário de Estado do Tesouro, sublinhou que mais de saber quem mente, a questão fundamental é a" promiscuidade entre o poder político e o poder económico, o tráfico de influências e os prejuízos para o país que daí decorrem".

O membro do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central referiu ainda que estas notícias provam mais uma vez que "aquilo que está a ser roubado aos trabalhadores, aos reformados, aos pequenos e médios empresários, está a ser transferido para os grupos financeiros".