quarta-feira, 29 de julho de 2015

Não à municipalização da Educação

Devolução do subsídio por professores das AEC: o erro está na política de PS, PSD e CDS

NOTA DA DIRECÇÃO DA ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE BRAGA DO PCP

Devolução do subsídio por professores das AEC: o erro está na política de PS, PSD e CDS

Nas últimas semanas, várias dezenas de professores têm sido confrontados pelo Instituto da Segurança Social com a alteração ao seu registo de remunerações e com a modificação do número de dias de serviço declarados. Em causa está o serviço prestado por estes docentes nas actividades de enriquecimento curricular na área do município de Braga, no período entre 2011 e 2013, e a informação incorrecta que foi prestada pelo município à segurança social quanto ao tempo de serviço e às declarações dos professores.
Na base dessa informação incorrecta está o Decreto Regulamentar nº1-A, de 3 de Janeiro de 2011, publicada pelo governo do PS, que veio alterar a contagem do tempo de serviço nas situações em que o desempenho de funções é feito a tempo parcial. Sucede que, face à publicação desse decreto, estes docentes, a cumprir funções permanentes nas escolas, mas tidos como uma “necessidade temporária” pelos sucessivos governos, perdem o direito ao subsídio de desemprego, uma vez que não lhes é reconhecida a disponibilidade de 30 dias/mês.
Desde a implementação das AEC que o PCP tem vindo a alertar para o quadro de instabilidade em que os docentes são colocados, através da generalização de contratos a termo resolutivo, quase sempre a tempo parcial, com prazos e salários discricionários, sem garantias e respeito pela actividade docente. Com a transferência, em 2008, desta competência para os municípios mais grave se tornou a situação, alastrando-se a precariedade e a desvalorização das funções desempenhadas pelos professores que deixaram de assim ser considerados para passarem a ser “técnicos” das autarquias.
Acresce agora a situação que ocorre em Braga, e eventualmente noutras localidades, que procura responsabilizar os professores por erros administrativos, mas também, e acima de tudo, políticos, obrigando-os a repor verbas supostamente indevidas. Para o PCP os responsáveis não são os professores, mas quem, no exercício das funções neste e em anteriores governos – PS, PSD e CDS – tem promovido a precariedade e o desemprego dos docentes.
Para o PCP está claro que os professores não têm nem devem restituir qualquer valor recebido a título de desemprego e, por isso mesmo, deu entrada, já no passado dia 22, de uma pergunta ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, na qual considera que o governo deve rever a decisão de obrigar os professores a devolver o dinheiro recebido.
Esta situação, em que os docentes são confrontados com uma dívida à segurança social que não é da sua responsabilidade, é bem ilustrativa dos riscos da municipalização da Educação, que ao desresponsabilizar o Estado das suas competências, cria cenários de arbitrariedade e desigualdade, promovendo injustiças e pondo em causa os direitos dos professores e a escola pública e de qualidade.
Num momento em que o actual governo tem em curso projectos-piloto de municipalização da Educação em alguns concelhos do país, urge alertar para as visíveis e penosas consequências desse processo, fazendo-o recuar nas suas intenções. O caminho é do ruptura com esta política e não o do seu aprofundamento, em defesa da Escola Pública, Gratuita e de Qualidade e da valorização e respeito pela actividade dos professores.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

CDU: O voto que não trairá os reformados e pensionistas

CDU: O voto que não trairá os reformados e pensionistas

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, SEIXAL, ENCONTRO REGIONAL DE REFORMADOS DE SETÚBAL DO PCP

CDU: O voto que não trairá os reformados e pensionistas

Denunciando a grave situação social dos reformados (em 2014, por exemplo, a pensão média de 1 milhão e 170 mil reformados era de 336 euros), o ataque do actual governo PSD/CDS às reformas e pensões (como são exemplo o congelamento de aumentos desde 2011, redução na atribuição do complemento solidário para idosos), Jerónimo de Sousa não deixou de denunciar a convergência do PS nestes ataques (com o recente voto contra na proposta do PCP, de aumento de 25 euros nas pensões mais baixas) e lembrou que foi o PS que entre outras medidas, aumentou a idade legal de reforma ou que reduziu pensões através da convergência de sistemas (2006). O Secretário-Geral do PCP apelou assim para que reformados e pensionistas reforcem o apoio à CDU, força que mais firmemente se opôs a estes ataques, que apoiou e estimulou a luta dos reformados e pensionistas e por isso aquela que dá garantias da defesa dos direitos e interesses deste grupo social.
Este Encontro Regional do Partido centrou o seu debate na importância de continuar a trilhar um caminho de reforço da organização e intervenção do Partido junto dos reformados.
Trata-se de uma preocupação que não é de hoje, como o mostra o património único de intervenção permanente na defesa de pensões dignas e melhores condições de vida, apresentando iniciativas legislativas na Assembleia da República, desenvolvendo importante trabalho nas autarquias de maioria CDU e na participação de milhares de militantes comunistas (homens e mulheres), em conjunto com outros democratas, na criação e funcionamento das comissões e associações de reformados e dando corpo à crescente luta que tem sido desenvolvida por acção do MURPI – Confederação Nacional dos Reformados, Pensionistas e Idosos.
A vasta intervenção do PCP em defesa dos direitos dos reformados, e o seu papel na dinamização da luta reivindicativa, só tem sido possível pelo funcionamento de organismos e comissões especialmente dirigidos para esta frente de trabalho.
Precisamos de continuar a intervir na concretização de medidas de reforço orgânico de forma a ampliar a acção própria do PCP junto dos reformados e apoiar a dinamização da sua luta reivindicativa a partir do movimento unitário dos reformados.
No momento em que realizamos este Encontro, o melhor contributo que podemos dar é, partindo do conjunto de camaradas que participa neste encontro e das organizações do Partido, centrar o nosso trabalho organizativo tendo em vista ampliar o número de militantes comunistas reformados que participem de forma activa na concepção e dinamização de uma programação eleitoral centrada no contacto directo com outros reformados, pensionistas e idosos, na disponibilidade de ir à conversa, de ouvir as suas queixas, de perceber o seu estado de espírito e ao mesmo tempo dar confiança na importância do seu voto nas próximas eleições legislativas de 4 de Outubro.
É preciso dar confiança à necessidade de expressar pelo voto o seu protesto, o seu descontentamento, canalizando esse voto para dar força à urgência de uma mudança nas suas vidas, nas vidas dos seus filhos e netos. O voto na CDU é o voto seguro e certo de eleição de deputados que foram e serão os fiéis defensores dos direitos dos reformados, dos trabalhadores e das populações na Assembleia da República. As provas dadas são uma garantia para o futuro.
E àqueles que nos dizem que estão fartos de ser enganados, temos de lhes dizer que têm razão!
E que está na hora de deixarem de o ser, porque o PS, o PSD e o CDS-PP é que são os responsáveis pela política de enganos. Está nas mãos dos reformados, pensionistas e idosos pôr fim a votos assentes em trocar o “mal maior” pelo “mal menor”.
Chegou a hora de cortar o mal pela raiz. Porque os custos da alternância sem alternativa têm representado uma pesada factura para este grupo social.
Nas últimas décadas Portugal manteve-se como o País da União Europeia com pensões mais baixas. Em 2014, a pensão média de 1 milhão e 170 mil reformados era de 336 euros; cerca de 1 milhão e 891 mil pensionistas tinham uma pensão média de 414,50 euros; 220 mil pensionistas de invalidez recebiam uma pensão média de 350 euros; 650 mil pensionistas de sobrevivência auferiam 259 euros; no regime não contributivo da Segurança Social cerca de 105 mil idosos recebiam uma pensão social no valor de 199 euros. Nos últimos cinco anos registou-se uma redução na atribuição do complemento solidário, na ordem dos 20 mil idosos.
Esta é uma realidade que responsabiliza quer os governos do PS, quer os governos do PSD/CDS-PP, e que o “jogo do empurra” de responsabilidades em vésperas de eleições pretende ocultar.
É de ocultação que se trata quando o actual governo PSD/CDS responsabiliza os governos do PS pela situação a que o País chegou e, pasme-se, vem agora afirmar que o Pacto de Agressão que negociaram e assinaram tinha as contas mal feitas. Por seu turno, o PS responsabiliza o actual Governo por uma aplicação do Pacto de Agressão pouco inteligente. Numa verdadeira caça ao voto, uns e outros procuram evidenciar diferenças nos seus projectos para o futuro.
As diferenças de estilo e de linguagem de nada valem quando comparadas com as convergências de fundo que umbilicalmente os unem na acção passada e nos projectos para o futuro.
Desde 2011 que estão congelados os aumentos anuais das pensões, ao mesmo tempo que se registaram diversas modalidades de cortes nos valores das reformas e pensões, responsáveis por uma brutal quebra do rendimento e aumento da pobreza entre idosos.
Para 2015, o actual Governo manteve o congelamento da actualização anual das pensões, mostrando que afinal os cortes não foram, como afirmaram, conjunturais. Mas o PS esteve ao lado do PSD/CDS-PP no voto contra o aumento de 25 euros nas pensões mais baixas e de 4,7% nas restantes pensões, uma iniciativa apresentada pelo PCP na Assembleia da República.
Uma convergência de posições entre o PS, PSD e CDS-PP indisfarçável na rejeição às propostas do PCP apresentadas no passado dia 18 de Junho.
Tratava-se de um conjunto de propostas do PCP que visava a ampliação das fontes de receitas que são devidas ao regime previdencial e uma maior transparência na utilização dos recursos financeiros da Segurança Social.
Bem pode agora o PS, pela voz de António Costa, vir criticar o PSD/CDS pelos cortes anunciados nas reformas de 600 milhões de euros para contrapor com a sua visão para a Segurança Social, tendo por base a promessa de que não procederá a cortes nas pensões em pagamento.
Trata-se de dar continuidade à política de enganos, tendo por base a expectativa que os portugueses, designadamente os reformados, pensionistas e idosos, tenham memória curta e já não se lembrem.
O PS é responsável pelo aumento da idade legal de reforma e pela redução do valor das reformas dos actuais reformados por via da convergência dos sistemas de pensões da Admnistração Pública ao Sistema de Segurança Social (2006); pela criação do factor de sustentabilidade (em 2007), que provoca a redução continuada nos seus montantes e a redução da taxa de substituição pelo estabelecimento de relação entre o aumento da esperança de vida e o montantes das pensões; pela criação de uma nova regra de actualização anual das reformas e prestações sociais dependente do crescimento económico e pela criação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade.
Com o Pacto de Agressão, subscrito pelo PS, PSD e CDS-PP, foram inscritas diversas modalidades de redução do valor das reformas, mantendo-se o congelamento da actualização anual, a que o actual Governo PSD/CDS-PP deu concretização, ao mesmo tempo que criou o embuste de aumento anual de algumas pensões mínimas.
A verdade é que o actual Governo PSD/CDS prosseguiu o caminho iniciado pelo governo PS, continuando com a penalização das reformas antecipadas, com o agravamento do factor de sustentabilidade e o aumento da idade de reforma para os 66 anos, agravamento da aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (não indo mais longe face à luta dos reformados e à decisão do Tribunal Constitucional), continuando a cortar em prestações sociais do regime previdencial e do regime não contributivo da Segurança Social.
O programa do PS para o futuro não rompe com esta verdadeira contra-reforma contra os objectivos do Sistema Público de Segurança Social, que foi desencadeada a partir de 2005, agravada com os PEC em 2010, e com o Pacto de Agressão a partir de 2011.
O PS assume claramente no seu programa continuar a pactuar com a precariedade laboral, com os baixos salários e com a perda de importantes receitas devidas ao regime previdencial.
Não há qualquer compromisso com a reposição dos rendimentos roubados aos reformados, bem pelo contrário: continuará proceder à adequação social das pensões, ou seja a fazer depender os seus montantes de factores demográficos e de crescimento económico, crescimento esse que não terá êxito com a política que pretende levar a cabo, amarrada a uma dívida insustentável que consome recursos financeiros do País, amarrada ao Tratado Orçamental e ao Euro.
O que é certo e seguro é que o Programa do PS pretende levar mais longe a velha receita levada a cabo por sucessivos governos da política de direita de colocação das receitas que são devidas à Segurança Social ao “serviço da economia”, ou seja uma economia assente na redução dos custos do trabalho, na precariedade laboral e dando novos passos na desestabilização das fontes de receitas do regime previdencial, reduzindo a Taxa Social Única com a promessa de compensação da Segurança Social por transferências do Orçamento do Estado, passando estas a estar subordinadas ao cumprimento do défice das contas públicas.
O PS ao mesmo tempo que defende a redução da Taxa Social Única, defende a redução do valor das pensões.
É preciso derrotar o prosseguimento da política de enganos do PS e do PSD/CDS-PP, porque o que é certo e seguro é que ambos estão claramente subordinados às orientações da União Europeia, plasmadas no seu Livro Branco sobre o Sistema de Pensões, e que assentam na redução do valor das reformas pagas pelo sistema público às actuais e futuras gerações de reformados, no aumento da idade legal de reforma, entre outras medidas que representam a subversão do direito à reforma e a uma pensão digna como importante conquista da Revolução de Abril e da luta travada por sucessivas gerações de trabalhadores.
A continuação da política de enganos é aquela que os reformados, pensionistas e idosos deverão, com o seu voto, derrotar nas próximas eleições.
Na acção que vamos realizar junto dos reformados, pensionistas e idosos iremos encontrar muitos que têm confiado na CDU, eleitores que sabem que o seu voto contou, não apenas no momento do colocar na urna, contribuindo para a eleição de deputados das forças que compõem a CDU, mas contou também ao longo destes quatro anos. Uma acção persistente na Assembleia da República, uma acção sempre ligada aos problemas e aspirações deste grupo social, sempre apoiando e incentivando a sua luta e as suas organizações de defesa dos seus direitos específicos.
O desafio que temos que lhes lançar é que ganhem outros reformados, pensionistas e idosos para que desta vez votem na CDU, porque este é o voto que dá mais força aos reformados, fortalecendo uma intervenção indispensável à solução dos problemas nacionais, que assegurará uma política de verdade, de coerência e de combate à política de enganos.
O voto na CDU é a única alternativa para romper com a política de direita, com as falsas inevitabilidades entre um mal maior, ou um mal menor.
Por um Portugal soberano e desenvolvido.
Com a CDU há um claro compromisso:
Primeiro: com a reposição dos rendimentos roubados com a revalorização do conjunto das reformas efectivando um direito que resulta de uma vida de trabalho e de descontos para a Segurança Social. E, igualmente, com a elevação da pensão social de velhice e invalidez atribuída no âmbito do regime não contributivo da Segurança Social.
Segundo: Com uma adequada protecção nas situações de pobreza e de dependência, garantindo que viver mais tempo signifique a garantia de qualidade de vida e resposta às necessidades específicas dos que se encontram na pobreza, ou em situação de dependência por razões de doença, de invalidez, ou mesmo de idade.
Terceiro: Com a valorização do património de saberes dos reformados, pensionistas e idosos concretizando a sua justa aspiração e o seu direito a uma ocupação saudável dos seus tempos livres, e igualmente na efectivação dos seus direitos sociais e culturais e do seu direito de participação na construção das soluções para o País.
E aos que vão dizer que estas propostas são boas, mas não são realistas porque não há dinheiro, temos que afirmar com muita clareza que realista não é levar o País ao abismo e continuar a roubar o povo e o País para dar aos grupos económicos e financeiros nacionais e estrangeiros.
O dinheiro não falta quando se trata de impor o pagamento de quase 9 mil milhões de euros pagos em 2014 só em juros de uma dívida insustentável, quando se trata de perder mais de 550 milhões de euros em receita fiscal por via do acordo entre PS, PSD e CDS-PP sobre a chamada “reforma do IRC” ou quando se trata de despejar milhares de milhões de euros sobre os escândalos da banca do BPN ao BES. E os exemplos não ficam por aqui.
Nós afirmamos com muita confiança: Sim é possível valorizar as pensões e garantir qualidade de vida aos reformados e pensionistas. É com uma política patriótica e de esquerda que será possível colocar os recursos do País ao serviço de um Portugal com futuro.
Crescimento económico, mais produção, mais emprego e melhores salários representarão mais receitas para a Segurança Social, melhores reformas e prestações sociais.
Eliminar as isenções e reduções da TSU que retiram à Segurança Social 500 milhões de euros/ano.
Combater a evasão contributiva para evitar a perda anual de mais de 2 mil milhões de euros de receitas para a Segurança Social.
Desagravar a carga fiscal sobre os trabalhadores e reformados (redução do IRS e IVA), aumentando a tributação do capital. o que permitirá uma receita estimada de 3,8 milhões de euros.
Estas são componentes integrantes da política patriótica e de esquerda, em defesa dos direitos dos reformados, pensionistas e idosos, compromissos que assumimos, soluções para uma vida melhor.
Estes são compromissos da política de verdade da CDU que fazem a diferença e que contrapomos à política de mentira que ainda ontem o PSD/CDS-PP despejaram sobre o País anunciando uma pretensa devolução de parte da taxa extraordinária do IRS, quando sabem que empolaram as receitas fiscais atrasando os reembolsos do IVA para fazer este número de propaganda. Propaganda que vai ainda mais longe quando querem pôr os portugueses a utilizar um simulador de cálculo dessa falsa devolução numa ofensa à sua inteligência. Mas esta história de redução é um pouco como aquela história de roubar um porco e devolver um chouriço. E mesmo o chouriço, vamos lá ver porque só prometem para 2016.
Procuram esconder o propósito de manter a sobretaxa do IRS quando o que se impõe é a sua eliminação. E, quanto a compromissos do PS, ou do PSD/CDS-PP, os portugueses devem lembrar-se do que estes partidos disseram na campanha eleitoral das últimas eleições para a Assembleia da República. Todas as promessas que o PSD/CDS-PP possam anunciar agora até às eleições valem o mesmo que valeram as que anunciaram na campanha eleitoral anterior: valem zero.
Com a aproximação das eleições para a Assembleia da República multiplicam-se as operações de mistificação e aumenta a necessidade do esclarecimento.
O Presidente da República aproveitou o anúncio da data das eleições para fazer mais uma declaração de pressão sobre o voto dos portugueses que não se enquadra nas suas funções.
O Presidente da República ditou a sentença que das eleições deveria resultar uma maioria absoluta, seja ela do PS, ou do PSD/CDS-PP, ou que estes partidos se deveriam coligar entre si.
Seja uma, seja outra, seja todos juntos, tanto faz, o que Cavaco Silva quer garantir é o prosseguimento do rumo de exploração, empobrecimento e declínio nacional, quer aprisionar o voto dos portugueses ao PS, PSD e CDS-PP, exactamente os partidos que conduziram o País ao estado em que está.
É importante dizer que a melhor resposta que os portugueses podem dar a Cavaco Silva é dizer que ninguém é dono do seu voto, ninguém manda no seu voto, o seu voto é livre .
Perante isto é caso para usar aquela expressão popular e fazer o apelo “não lhes dês cavaco”, vota, apoia a CDU, para uma vida melhor, para um Portugal com futuro.
Face à natureza da política de direita, do capitalismo que considera os reformados, pensionista e idosos descartáveis, um estorvo e faz do ataque aos seus direitos um dos eixos da sua natureza exploradora e opressora, afirmando o nosso projecto alternativo, um projecto humanista de dignidade e valorização do ser humano, de dignidade e valorização dos reformados, pensionistas e idosos, um projecto de sociedade que se afirma na ruptura com a política de direita, por uma política patriótica e de esquerda, um projecto de democracia avançada, com os valores de Abril no futuro de Portugal e de uma sociedade nova livre da exploração do homem pelo homem.
Vamos ampliar e fortalecer a corrente de apoio à CDU, à nossa Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV a esta força em crescimento, necessária e indispensável, para garantir uma vida e um futuro melhor para os portugueses!
Somos a força do povo, por um Portugal com futuro, determinados para servir o País!
A CDU é uma força de confiança, que não trai o voto, que cumpre a palavra dada!
Vamos crescer e avançar, trazendo mais e mais portugueses para a luta e para o voto por uma nova política e por uma alternativa patriótica e de esquerda!

domingo, 26 de julho de 2015

Candidato CDU pelo Distrito do Porto visita Amarante


NOTA DE IMPRENSA
COMISSÃO CONCELHIA DE AMARANTE
DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
A CDU NAS RUAS DE AMARANTE


Jorge Machado, primeiro candidato CDU na lista do Porto à Assembleia da República e Lurdes Ribeiro da Comissão Concelhia de Amarante do PCP e também candidata nestas eleições, estiveram em contacto com a população de Amarante, no mercado e na cidade.
O descontentamento pela situação actual do país foi e é uma realidade constatada pela população aos nossos candidatos, os quais responderam e alertaram para quem foram os responsáveis por este estado das coisas, o PSD, o PS e o CDS-PP, bem como, as soluções que podem conduzir este país para um caminho alternativo baseado nos princípios de Abril, governando em favor dos trabalhadores e do povo em geral.
Neste mandato, o PCP, através dos seus deputados, levantaram problemas que afectaram a população de Amarante demonstrando inequivocamente um trabalho ímpar no conhecimento real do Concelho e das questões levantadas pela população. Questões sobre a Saúde (unidades e extensões de saúde, nomeadamente Várzea e Jazente, utentes sem médico de família), a Educação (nomeadamente as Obras da Parque Escolar E.P.E., na Escola Secundária de Amarante e o refeitório da escola sede do Agrupamento Amadeo Sousa Cardozo & Vila Caíz), os CTT, a segurança do IP4, a urgente construção do Túnel do Marão, bem como ilegalidades cometidas contra os trabalhadores.
A CDU esteve em Amarante e continua a estar ao serviço do país, dos trabalhadores e do povo em geral.
Sem outro assunto,
Amarante, 24 de Julho de 2015
A Comissão Concelhia de Amarante do
Partido Comunista Português




sábado, 25 de julho de 2015

Candidato da CDU pelo Distrito do Porto em Baião


NOTA DE IMPRENSA
COMISSÃO CONCELHIA DE BAIÃO
DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
A CDU CONTACTA POPULAÇÃO


Jorge Machado, primeiro candidato CDU na lista do Porto à Assembleia da República, esteve em contacto com a população de Baião, entregando um documento em que constam as propostas de alternativa política do PCP.
Após 38 anos de declínio do país, com os governantes PS e PSD, com ou sem o CDS-PP, foi feito um apelo para que se rompa com esta política de direita que tão  nefasta é para o país, os trabalhadores e o povo em geral.
Nestas eleições elegem-se os deputados que representam o distrito e não o primeiro-ministro.
Nas últimas eleições prometemos estar com as populações e cumprimos este desígnio, ao contrário de outros deputados de outras forças políticas que se esqueceram do distrito e de quem os elegeu.

Neste mandato, o PCP, através dos seus deputados, levantou problemas que afetaram a população baionense demonstrando inequivocamente um trabalho ímpar no conhecimento real do Concelho e das questões levantadas pela população. Questões sobre a Saúde (o SAP de Baião, a brucelose, recursos humanos nas unidades e extensões de saúde, utentes sem médico de família), a Educação (nomeadamente a EB2,3 de Ancede), o serviço de Finanças, o Tribunal e a Biblioteca Municipal.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A impossibilidade das alianças à esquerda

                       
«O sistema de crédito público, ou seja, das dívidas do Estado, cujas origens descobrimos em Génova e Veneza já na Idade Média, tomou posse da Europa toda durante o período da manufactura.
O sistema colonial, com o seu comércio marítimo e as suas guerras comerciais, serviu-lhe de estufa e deste modo, fixou-se primeiramente na Holanda. A dívida do Estado, isto é, a alienação do Estado, tanto despótico como constitucional ou republicano, marcou com o seu selo a era capitalista.
A única parte da chamada riqueza nacional que realmente está na posse coletiva dos povos modernos é a sua dívida de Estado e daí, muito consequentemente, a doutrina moderna de que um povo se torna tanto mais rico quanto mais profundamente se endividar. O crédito público torna-se credo do capital e com o surgir do endividamento de Estado, vai para o lugar do pecado contra o Espírito Santo, para o qual não há qualquer perdão, a blasfémia contra a dívida pública.
Os Estados europeus disputaram-se a patente desta invenção e, uma vez entrados ao serviço do realizador de mais-valia, extorquiram para esse efeito, o próprio povo, indirectamente através de direitos proteccionistas, directamente através de prémios de exportação, etc. Nos países vizinhos dependentes, toda a indústria foi violentamente surripiada, como, por exemplo, a manufactura da lã irlandesa pela Inglaterra. No continente europeu, segundo o exemplo de Colbert, o processo foi ainda mais simplificado, pois o capital original do industrial emanou aí em parte directamente do Tesouro do Estado».
Assim pensou e escreveu Marx, de cuja obra aqui fica um pequeno extrato que bem poderíamos extrapolar para os dias de hoje, dada a sua atualidade, mas também na medida em que o sistema ideológico preconizado por este autor e filósofo alemão revolucionário, ao criticar o capitalismo, proclama a emancipação da humanidade numa sociedade sem classes, sem exploração, de justiça social e desenvolvimento económico, em que a riqueza seja distribuída por todos.

Torna-se, pois, no mínimo surpreendente, que o atual líder do partido socialista apareça na televisão com ar desolado!? a afirmar que, à sua esquerda ideológica consequente, não existe vontade de qualquer aliança. No entanto, o facto relevante, com o decorrer dos tempos, é conhecermos qual o campo sempre preferencial onde os socialistas encontram os seus aliados para as políticas de direita que nos levaram à crise que querem agora perpetuar, apesar do repúdio da população portuguesa. Onde existe afinal a dificuldade das alianças à esquerda?

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Comício em Vila Real

Comício CDU em Vila Real

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, VILA REAL

Comício CDU em Vila Real

Jerónimo de Sousa participou no Comício da coligação PCP-PEV realizado na cidade de Vila Real. A iniciativa que serviu também para a apresentação do Candidatos da CDU pelo Circulo Eleitoral de Vila Real às próximas eleições legislativas. Júlia Violante Correia, primeira candidata, e José Luís Ferreira do PEV também usaram da palavra no comício que juntou activistas da CDU na praça junto ao Paços do Concelho.

Comício em Bragança

Comício CDU em Bragança

DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, BRAGANÇA

Comício CDU em Bragança

No comício realizado no Auditório Paulo Quintela, Jerónimo de Sousa afirmou que todos os votos na CDU contam, "todos os votos na CDU aqui no distrito de Bragança vão contar porque todos aqueles que votarem na CDU vão reconhecer que o seu voto foi acertado, foi justo porque deram o voto a gente séria que na Assembleia da República e no país defendem os interesses dos trabalhadores e do povo".

sábado, 18 de julho de 2015

Candidatos da CDU por Setúbal

CDU – a força que tem soluções e que acredita de facto na possibilidade de um Portugal com futuro

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, ALMADA, COMÍCIO DE APRESENTAÇÃO DA LISTA DE CANDIDATOS DA CDU AO CÍRCULO ELEITORAL DE SETÚBAL

CDU – a força que tem soluções e que acredita de facto na possibilidade de um Portugal com futuro

No comício, de apresentação dos candidatos da CDU ao círculo eleitoral de Setúbal, que encheu Praça da Portela, no Laranjeiro, Jerónimo de Sousa considerou que "a lista na qual o primeiro candidato é o camarada deputado Francisco Lopes e cujos nomes aqui revelados são já garantia de uma lista de pessoas com reconhecida capacidade, ligada aos problemas da sua região, aos trabalhadores e às populações da força que tem soluções e que acredita de facto na possibilidade de um Portugal com futuro. Uma candidatura que se orgulha de fazer o que diz, cumprir o que promete e que tem como seu património reconhecido um percurso de verdade, honestidade, trabalho e competência".
O Secretário-Geral afirmou ainda que as próximas "eleições que são uma grande oportunidade para que os democratas e patriotas, para que todos os que aspiram a uma vida melhor, expressem a vontade de pôr fim ao caminho de empobrecimento, exploração, dependência e abdicação dos interesses nacionais que PSD, CDS e PS têm imposto ao País. Estamos nesta batalha com uma grande confiança na possibilidade de continuar o caminho de reforço da CDU com mais votos e mais deputados, uma confiança reforçada pela consciência do dever cumprido".
Referindo-se à auditoria do Tribunal de Contas que comprova as denúncias do PCP do uso das contribuições dos trabalhadores para a ADSE para financiar os gastos gerais do Orçamento do Estado e o défice orçamental, Jerónimo de Sousa sublinhou que "o governo tem de dar explicações sobre o destino dos descontos dos trabalhadores para a ADSE. E a desculpa esfarrapada do aumento das contribuições pode ter sido mal calculado não colhe, mas o que importa agora é que o governo devolva aos trabalhadores, que fizeram os descontos, esse dinheiro que é dele e não se justifica que sirva para reforçar o Orçamento do Estado".
Na apresentação, onde participaram de mais de mil apoiantes, contou ainda com as intervenções de Francisco Lopes, primeiro candidato pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, Alfredo Monteiro, mandatário da Candidatura da CDU ao Círculo Eleitoral de Setúbal, de Heloísa Apolónia do PEV e João Vicente da ID.

OS CANDIDATOS DA CDU PELO DISTRITO DO PORTO


São candidatos da CDU dispostos para defenderem, em todas as situações circunstâncias os interesses da população e do Povo do Porto

INTERVENÇÃO DE HONÓRIO NOVO, MANDATÁRIO DA LISTA DA CDU PELO DISTRITO DO PORTO, PORTO, COMÍCIO DE APRESENTAÇÃO DA LISTA DA CDU AO CÍRCULO ELEITORAL DO PORTO

São candidatos da CDU dispostos para defenderem, em todas as situações circunstâncias os interesses da população e do Povo do Porto

Quero saudar os militantes e simpatizantes da Coligação Democrática Unitária, aqui hoje presentes neste comício de apresentação da nossa candidatura às eleições legislativas!
Quero também saudar os membros da Intervenção Democrática!
E gostaria de saudar de forma muito especial os independentes, os muitos independentes que dizem presente e que se juntam à CDU neste combate eleitoral com que todos queremos derrotar a Direita e as Políticas de direita em Portugal!
Quero igualmente saudar os militantes do Partido Ecologista Os Verdes e finalmente saudar de forma muito afetuosa os meus camaradas, dirigentes e militantes do Partido Comunista Português.
Permitam-me uma última saudação. Uma última saudação que é primeira, muito especial, dirigida à população do Porto que aqui nos ouve e assiste a este comício, uma saudação dirigida de forma geral à população da nossa cidade e do nosso distrito.
Uma saudação aos trabalhadores e ao Povo do Porto que nas próximas eleições vão ajudar a correr de vez com o desgoverno do PSD e do CDS, ajudar a correr de vez com Passos Coelho e Paulo Portas, que vão ajudar a dizer não a todos os que, do PS ao PSD e CDS, trouxeram a troica para oprimir Portugal, que vão ajudar a dizer não às políticas de austeridade, às políticas da troica sem troica que o arco de governação das alternâncias e das falsas alternativas quer prosseguir nosso País depois das próximas eleições, embora agora, em campanha eleitoral, não o digam ou o intencionalmente o escondam.
Hoje falamos diretamente à população e ao Povo da cidade e do distrito.
Hoje apresentamos a lista da CDU que se vai apresentar pelo nosso distrito às próximas eleições.
Os homens e as mulheres que aqui hoje estão neste palco, encaram sem medo, olhos nos olhos, os eleitores e a população do distrito.
São homens e mulheres profundamente ligados à nossa região.
Não são parquedistas. Não são figurantes de revistas cor de rosa. Não estão aqui para dar o nome e desaparecerem sem deixarem rasto, logo depois das eleições. São candidatos da CDU, candidatos de corpo inteiro, dispostos para defenderem, em todas as situações circunstâncias os interesses da população e do Povo do Porto.
Dos 43 membros que integram a lista de candidatos da CDU pelo distrito do Porto:
- 13 são dirigentes ou delegados sindicais; 15 são autarcas; 10 são dirigentes de associações ambientalistas, culturais, científicas, desportivas ou recreativas.
Dos 43 membros que integram a lista de candidatos da CDU pelo distrito do Porto:
- 4 são membros independentes; 20 tem menos de 40 anos e - 20 dos 43 candidatos são mulheres.
Estes homens e estas mulheres que hoje se dão a conhecer à população do distrito têm um compromisso de luta contra a direita e as políticas de direita, têm um compromisso de luta contra a destruição do emprego, contra o encerramento de empresas, estão comprometidos com um combate sem tréguas contra a pobreza, com a defesa de políticas que nos devolvam as pensões, as reformas e os salários que nos tiraram, estão comprometidos com o apoio aos estudantes e com a luta dos jovens pelo direito ao emprego, com a defesa dos direitos dos trabalhadores, estão comprometidos com uma luta sem quartel contra as políticas de ingerência da União Europeia e contra o Tratado Orçamental da Senhora Merkel e do Senhor Holande que têm empobrecido e desprezado de forma tão inaceitável o nosso país e o nosso Povo.
Estes homens e estas mulheres não mudam de opinião como cataventos, ao sabor das conveniências, conforme estão no poder ou na oposição. Estes homens e estas mulheres continuam a defender que é urgente e necessário avançar com a regionalização, respeitando a Constituição, aprofundando a democracia, combatendo de facto o centralismo e a governamentalização, e criando as condições para combater as assimetrias e para promover uma coesão nacional autêntica.
A lista de candidatos da CDU pelo distrito do Porto encara as próximas eleições com grande confiança.
Uma confiança que resulta de um trabalho incomparável desenvolvido ao longo dos anos em defesa do Porto e da região. Um trabalho que é reconhecido por cada vez mais pessoas, desde anónimos portuenses até a muitos dos mais ilustres protagonistas da nossa vida coletiva.
Temos todos – a lista de candidatos e todos nós, os militantes, os simpatizantes, onde quer que possamos estar um grande desafio até às próximas eleições!
Vamos todos dizer e mostrar que os políticos não são todos iguais. Vamos afirmar que não são todos iguais porque podemos demonstrar que não são de facto todos iguais.
Há quem honre a palavra dada.
Há quem cumpra compromissos.
Há quem chegue às eleições capaz de olhar sem vergonha, olhos nos olhos, de forma leal os eleitores e o Povo.
Vamos todos dizer – estes homens e estas mulheres candidatos e candidatas, mas também todos nós que apoiamos e simpatizamos com a CDU – que é possível construir uma verdadeira alternativa política que rompa com as políticas de austeridade da troica e do Tratado Orçamental, que rompa com a chantagem da Senhora Merkel e do Senhor Holande, e que rompa com a chantagem das inevitabilidades dos partidos do centrão político nacional.
Vamos todos ajudar a construir uma ideia que cada vez é mais clara e nítida para o nosso Povo: a CDU, a Coligação Unitária Unitária, os partidos que a constituem, os independentes que a integram estão em condições de construir uma verdadeira alternativa, uma alternativa patriótica, uma alternativa de esquerda, uma alternativa que defenda Portugal da submissão ao exterior, uma alternativa que garanta os direitos de quem trabalha e que garanta a defesa da Constituição da República.
Vamos dizer que tudo isto também se constrói nas eleições. Também se constrói com votos. Com mais votos.
E por isso queremos construir – vamos construir - uma alternativa à troica e aos partidos da troica com mais votos no nosso distrito e no País.
E por isso queremos construir – vamos construir – uma alternativa à troica e aos partidos da Troica com mais mandatos, com mais eleitos no distrito e no País.
Vamos dizer que queremos crescer em votos e mandatos no distrito e no País.
Vamos dizer a todos que só assim se poderão travar as políticas de desastre nacional e de declínio do Distrito e do País Vamos dizer a todos que é tempo de crescer e é tempo de votar na CDU contra o FMI a ingerências da União Europeia.
É tempo de crescer e de votar na CDU contra os partidos que apoiaram e continuam a apoiar a troica e o FMI. É tempo de voltar a votar e de crescer, votando na CDU.
Porque vale a pena votar na CDU!

domingo, 12 de julho de 2015

Balanço do Trabalho Parlamentar do PCP

Contra a privatização da EMEF e CP Carga


PCP exige imediato cancelamento da privatização da EMEF e da CP Carga

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP, LISBOA

PCP exige imediato cancelamento da privatização da EMEF e da CP Carga

É hoje mais que evidente que não existem quaisquer condições para prosseguir a cavalgada privatizadora do Governo. A total desestabilização do sector dos transportes, decorrente da fúria privatizadora do governo, colocou em risco empresas estratégicas para a economia nacional, num processo marcado pela falta de transparência e de gestão danosa dos dinheiros públicos.
O processo da TAP continua a arrastar-se perante a teimosia do governo, num momento em que é já evidente para toda a gente o esquema utilizado para simular que Humberto Pedrosa é o detentor de 51% da Gateway, e quando a sobreposição dos interesses de David Neelman aos interesses nacionais, nomeadamente com a utilização das opções de compra dos Airbus 350, está já a transferir valor para fora da TAP. Recordamos que quando em 1998 o governo de então tentou vender a TAP à Swissair, a falência desta provocou perdas de centenas de milhões de euros à TAP, por via das fusões operacionais que já se haviam dado antes mesmo da venda em si
No Porto e em Lisboa, o Governo insiste na privatização da exploração comercial do Metro do Porto, STCP, Metro de Lisboa e Carris, ao mesmo tempo que impõe uma desastrosa e ilegal reestruturação, que degradou a resposta operacional destas empresas aos níveis mais baixos de sempre. Um processo onde as mentiras do Governo ficaram já totalmente expostas, com a publicação da portaria que atribui 419 milhões de euros ao subconcessionário da Metro do Porto e com anúncio do próprio «vencedor» em Lisboa de que conta receber 1045 milhões de euros. Um processo que conta ainda com a oposição das autarquias da área metropolitana de Lisboa e do Porto, dos utentes e dos trabalhadores.
A decisão do Conselho de Ministros de passar à fase de negociação com os putativos «compradores» da EMEF (um) e da CP Carga (três), num momento em que é por demais evidente o carácter criminoso destas opções, nomeadamente depois do Tribunal de Contas ter recusado o visto a 364 milhões de euros de contratos entre a EMEF e a CP que o Governo mandou celebrar atabalhoadamente e quando a decisão de oferecer as locomotivas da CP ao «comprador» da CP Carga levantou uma justa indignação.
Este processo em que o Governo mergulhou a ferrovia, já atrasou em mais de dois anos a reparação de meio de vida dos Alfa-Pendulares, com prejuízos económicos e financeiros e para a fiabilidade e segurança da operação ferroviária, ameaçando paralisar toda a operação. As sucessivas e milionárias contratações de propaganda da CP e da Infraestruturas de Portugal, num esforço que se manterá até à realização das eleições, não iludem a realidade operacional e financeira da ferrovia que se degrada aceleradamente por culpa das opções do Governo e da política de direita que também nesta matéria contam com o silêncio cúmplice do PS.
O PCP exige o imediato cancelamento do processo de privatização da EMEF e da CP Carga, bem como dos restantes processos de privatização em curso, e reafirma a necessidade de inverter o caminho de pulverização e destruição da ferrovia, rumo a uma empresa ferroviária reunificada, nacional e pública, no quadro de um investimento na ferrovia que se impõe.
O PCP saúda a luta dos trabalhadores contra os processos em curso de destruição dos transportes públicos, nomeadamente a luta do próximo dia 15 dos trabalhadores da Carris e do Metropolitano de Lisboa e destaca a corajosa acção em defesa da ferrovia e do aparelho produtivo nacional desenvolvida pelos trabalhadores da EMEF e da CP Carga, que no próximo dia 16 irão levar a cabo uma nova jornada de luta.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quem te avisa...

                                         
Os tempos que antecederam a nossa entrada na União Europeia foram bem aproveitados pelos semeadores de falsas promessas para incutir a ideia de que entraríamos para o pelotão da frente dos países ricos.
Nessa conformidade e a troco de programas de ajuda consubstanciados em entrada de dinheiro fresco, cometeram-se as maiores barbaridades tais como a destruição da frota pesqueira, da agricultura e da indústria, construíram-se estádios de futebol e demasiadas auto estradas, estruturas hoje sem utilidade prática, mas também desapareceu muito vil metal desbaratado na corrupção.  
Seguiu-se a entrada no Euro Grupo com o mesmo entusiasmo delirante e a assinatura de Tratados para nos vincularem ainda mais às regras de favorecimento do grande capital e de exploração dos trabalhadores e dos povos da chamada Europa connosco.
Porém no nosso País nem todos comungaram e continuam a não comungar neste verdadeiro saque às populações indefesas, procurando chamar a atenção para as nefastas consequências, por exemplo, da adesão ao euro e foi o Partido Comunista Português o único a manifestar-se contra essa vontade, apoiada pelo governo de então e dos outros partidos representados na Assembleia da República e mesmo sem o recurso ao referendo como seria democraticamente desejável.
Os que não têm memória curta, lembrar-se-ão certamente da vasta documentação distribuída de norte a sul do País, sendo particularmente de referir um folheto em que se enumeravam as quatro principais razões contra a moeda única, a saber:
- Portugal cada vez mais distante dos países ricos
- Mais desemprego, mais golpes nos direitos sociais, baixos salários, falências
- Sacrifícios para lá entrar e sacrifícios ainda maiores para lá continuar
- Soberania nacional reduzida a muito pouco, Portugal a ser governado do estrangeiro.
E nesse mesmo folheto era também afirmado que a alternativa existia, não havendo que ter medo de o dizer: a alternativa para a entrada de Portugal na moeda única era a sua não entrada.
Dirão alguns mais disponíveis para as especulações que foi puro acaso ou mera disposição para estar sempre no contra, mas acertar nas referidas razões ao pormenor não é coincidência, mas sim o resultado essencialmente de estudo profundo da situação, conhecimento dos temas, reflexão e debate dos mesmos.
A gestão da União Europeia dos dias de hoje, mostra claramente que as preocupações dos seus responsáveis máximos não se situam na coesão social e no desenvolvimento das economias dos países membros, mas tão somente nos mercados e no alinhamento com as opções aventureiristas e militaristas dos Estados Unidos e da NATO, de que é exemplo mais recente o apoio ao regime pró nazi da Ucrânia.
E assim não vamos longe, bem pelo contrário começa a desenhar-se a desarticulação do clube do «porreiro pá» como podemos constatar com a situação de completa chantagem de que os gregos são vítimas nos tempos que correm e independentemente do resultado do referendo convocado.

Não pode ser admissível que seja sonegado ao conhecimento público o próprio relatório do FMI, no qual esta instituição afirma claramente que a dívida grega é impagável e deve ser reestruturada, tal como em Portugal e também pela primeira vez coube ao PCP ser o primeiro partido a sugerir a renegociação da nossa dívida soberana, pois da forma como está a ser liquidada e apesar dos cofres cheios, só para as «calendas gregas» veremos a luz ao fundo do túnel.

"Os jovens sabem, querem e têm direito a ser felizes no seu país"

"A dívida foi o pretexto para impor a política da exploração e empobreci...

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sobre o referendo realizado na Grécia

25ª edição do Passeio das Mulheres

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL DO PCP, RESENDE

Passeio das Mulheres CDU

Na 25ª edição do Passeio das Mulheres do Porto realizada pela CDU, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, foi recebido num ambiente de festa e com grande entusiasmo pelos centenas de participantes que todos os anos participam nesta iniciativa.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa alertou para a proposta de cortes de 600 milhões nas pensões e reformas do PSD/CDS, mas também das falsas promessas do PS, nomeadamente sobre a segurança social. Criticando a atitude do governo português perante a situação na Grécia, o Secretário-geral do PCP afirmou "que a nossa solidariedade não vai para a União Europeia, vai para os trabalhadores e o povo grego, na defesa dos seus direitos a uma vida melhor".
Referindo o alargamento do apoio à CDU, Jerónimo de Sousa destacou que, "neste quadro de casos e casos de corrupção e compadrio, a CDU marcou de facto a diferença. É que estamos na política para servir os interesses dos trabalhadores e do povo e não para nos servirmos a nós próprios!"

A situação na UE e na Grécia

Sobre a situação na União Europeia e na Grécia

Sobre a situação na União Europeia e na Grécia

Posição do Comité Central do PCP sobre a situação na União Europeia e na Grécia, inserida no comunicado da sua reunião de 28 de Junho.
"O Comité Central condena o processo de ingerência e chantagem da União Europeia e do FMI contra o povo grego e as suas opções, que procura impor o prosseguimento e intensificação da política ao serviço do grande capital e do directório de potências da UE, política que está na origem da catastrófica situação económica e social daquele país.
O Comité Central condena a inaceitável postura de alinhamento do governo PSD/CDS e do Presidente da República no processo de pressão contra o povo grego, que é contrária aos interesses do povo e do país.
Face aos desenvolvimentos da situação, quando se anuncia a realização de um referendo na Grécia no dia 5 de Julho e se multiplicam factores de desestabilização, o PCP reafirma a sua firme condenação das manobras da União Europeia e do FMI contra este país.
Este processo vem confirmar que a “União Europeia da coesão e da solidariedade” não existe. Nas chamadas “negociações” e nas decisões do Eurogrupo, a UE e o FMI nunca estiveram interessados em solucionar os graves problemas do povo e da economia, mas sim impor uma maior e mais brutal exploração dos trabalhadores e do povo gregos e uma nova extorsão dos recursos daquele país. Tendo o euro como um dos seus principais instrumentos de domínio económico e político pelo grande capital, a União Europeia não hesita em espezinhar valores fundamentais hipocritamente proclamados - como a democracia – para, humilhando e esmagando a vontade soberana de um povo, tentar eternizar as políticas de exploração dos trabalhadores e de favorecimento do grande capital.
O PCP reafirma a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo gregos, que resistem e lutam contra as imposições da União Europeia e do FMI, exigindo respeito pelo seu direito a tomar opções soberanas em defesa dos seus direitos e interesses.
O PCP reafirma que a gravidade da situação e a violência da ofensiva contra os povos exige uma posição firme de defesa da soberania face aos instrumentos de dominação da União Europeia e do grande capital."