segunda-feira, 30 de maio de 2011










 BAIÃO


Não mintam aos Portugueses


O Partido Socialista de Baião resolveu distribuir um comunicado à população exortando-a a votar no próximo dia 5 de Junho no PS, pois este partido merece, por tudo aquilo que tem feito pelos portugueses em geral e os baionenses em particular.
E, para justificar à população baionense tal exortação, apresenta um rol de medidas nas áreas da Saúde, Educação, Transportes, Obras Públicas e Apoio Social que considera de primordial importância para o nosso Concelho.
No entanto, existe um equívoco e uma contradição insanável neste rol de melhoramentos, que nos compete colocar à consideração dos nossos eleitores: é que realmente o PS em Baião tem sido o campeão dos encerramentos.
E senão vejamos: enquanto nos diz que iremos ter um novo Centro de Saúde, não refere que encerram o SAP (Serviço de Atendimento Permanente) e o Internamento, que encerraram as Extensões de Saúde de Riba Douro e Mesquinhata, havendo indícios de encerramento das Extensões de Gestaçô, Santa Cruz do Douro e Frende; que, enquanto modernizaram a Escola Secundária de Baião, encerraram escolas primárias com mais de dez alunos com boas condições de funcionamento e colocaram em hasta pública alguns desses edifícios; enquanto nos dizem que criam os Serviços Municipais em Santa Marinha, encerram os CTT e os serviços da Segurança Social na mesma Freguesia; enquanto referem apoiar Centros Sociais e de Convívio, encerram a Feira Centenária de Gestaçô, dando mais uma machadada na Agricultura do nosso Concelho; encerraram e privatizaram o Cartório Notarial e irão encerrar valências do Tribunal da Comarca; o desemprego em Baião atinge uma das maiores taxas a nível nacional e o pequeno e médio Comércio e Indústria ressentem-se com esta situação e com a falta de apoios, levando a juventude a procurar outros caminhos para singrar; os Transportes e a rede viária ainda são incipientes; as redes de Saneamento Básico e Abastecimento de Água avançam a passo de caracol e querem efetuar a junção de freguesias, contribuindo ainda mais para a desertificação galopante do Concelho que, por este andar, poderá ele próprio ser alvo de junção.
Esta situação deve-se ao somatório de 35 longos e penosos anos de políticas de direita e, por muito que nos digam que querem defender Portugal e defender Baião, o programa que a troika portuguesa (PS, PSD e CDS) assinou com a troika internacional (FMI, BCE e UE), coloca em causa a nossa independência e vai piorar seriamente a vida dos portugueses, especialmente os mais carenciados, razão pela qual não é sério tentar enganar a população ao dizer que querem construir o futuro, porque o futuro constrói-se, não com os que nos conduziram à crise, mas com aqueles que representam uma mudança de rumo e de políticas e que têm propostas nesse sentido e esses estão na CDU, onde os baionenses devem votar no próximo dia 5 de Junho se querem mudar a sério para uma vida melhor e para um País mais justo, produtivo e que cresça economicamente.



CDU – em defesa da produção nacional e da nossa soberania


sábado, 28 de maio de 2011












          BAIÃO 


Aos políticos exige-se verdade e transparência

Finalmente o PSD de Baião resolveu dar um ar da sua graça com um comunicado dirigido à população baionense.
Remetido ao silêncio durante período alargado, não se tendo pronunciado atempadamente perante algumas das graves situações que o nosso concelho tem atravessado e atravessa, tendo votado favoravelmente e em conjunto com o PS, nas reuniões do executivo camarário e quantas vezes na Assembleia Municipal, um bom conjunto de propostas, mostrando estar de acordo com o conteúdo das mesmas, isto a dar crédito ao que podemos ler na Baião em revista, não parece merecer credibilidade vir agora levantar a voz para nos dizer que em Baião há desemprego, falências sucessivas de empresas, comércio estagnado, emigração de jovens e abandono do concelho por parte das entidades governativas.   
E mais caricato se torna afirmar que o PSD traz aos baionenses uma palavra de esperança, quando todos sabemos muito bem que, tanto a nível governamental como local, o partido do governo sempre contou com a preciosa ajuda do seu aliado de sempre, acompanhado da bengala do CDS, para levar o nosso País à situação de descalabro em que se encontra, nos dias de hoje.
Não temos conhecimento de qualquer medida, proposta ou iniciativa do Sr. Nuno Sá Costa, elemento presente na Assembleia Municipal e responsável político do PSD local, para contrariar o diagnóstico verídico que agora efetua sobre a situação atual do nosso concelho e isto de «queremos ser maiores e sabemos ser melhores», dadas as circunstâncias, não passa duma mera declaração de intenções.
O PCP e a CDU em Baião, apesar de não estarem representados oficialmente na Câmara, Assembleia Municipal e Freguesias, têm uma atividade política e um conjunto de propostas levadas à Assembleia da República que não encontra paralelo nas outras forças políticas aqui representadas.
Do que o País precisa e a esmagadora maioria dos portugueses aguarda com ansiedade, é de novas políticas e novo rumo, mas não com aqueles que nos conduziram à crise, pois deles não vai rezar a História favoravelmente.
Aproveitamos para exortar a população baionense a que não falte nas mesas de voto no próximo dia 5 de Junho e, na hora de votar, colocando de lado velhos preconceitos, confiadamente dê o seu voto àqueles que, olhos nos olhos, não enganam, são transparentes e constituem a garantia de tudo fazerem para proporcionar uma vida melhor aos portugueses e colocarem Portugal nos caminhos da justiça social e do desenvolvimento económico. Esses estão na CDU.



CDU – EM DEFESA DA PRODUÇÃO NACIONAL E da nossa soberania 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

PRODUZIR É NECESSÁRIO


A Agricultura o Ambiente e os Territórios Rurais

Foi com a Revolução do 25 de Abril que a Agricultura, enquanto actividade económica, social e cultural, estruturante do mundo rural, sofreu as mais importantes e até aí nunca sentidas transformações. As leis da Reforma Agrária, dos Baldios e do Arrendamento Rural constituíram experiências inovadoras na extensificação rural, nos apoios aos pequenos e médios agricultores e no apoio e fomento do movimento cooperativo.
Cedo, porém, com o Poder entregue aos governos constitucionais do PS, PSD e CDS, sós ou acompanhados, mas sempre incapazes de ouvir correctamente as populações sobre os seus verdadeiros problemas e anseios, a Agricultura começou a sentir e a sofrer constantes retrocessos com medidas impeditivas do seu desenvolvimento, tais como, a criação de serviços desconcentrados da Administração Central, os quais, em vez de funcionarem como órgãos naturais de um poder regional, eleito e controlado pelas populações, só têm servido para alimentar e engordar clientelas parasitárias, transformadas em correias de transmissão do poder central.
Por outro lado, as «ordens de Bruxelas» com a famigerada PAC, Política Agrícola Comum, não tendo sido devidamente contestadas, mas sim aceites veneradamente, contribuíram para uma cada vez maior concentração da terra, originando o aparecimento duma autêntica contra reforma agrária, reconstituidora e fortalecedora dum parasitário e improdutivo novo latifúndio.
Os pequenos e médios agricultores, sem apoios condignos e com uma incorrecta política de preços, demasiado altos para os factores de produção, mas baixos para as produções, com dificuldades no escoamento dos produtos dada a desleal concorrência dos potentados da agro indústria que controlam os circuitos da produção, distribuição e consumo, não têm outra solução senão o abando dos campos.
Perguntarão alguns ingénuos: mas onde param então aqueles «rios de dinheiro» que a União Europeia enviou para a Agricultura? Foram, de facto, muitos milhões de euros, mas entraram nos bolsos dos velhos e novos agrários, dizem que cerca de 90%, para uma escassa minoria de 10% de novos senhores feudais. E até os próprios quadros comunitários de apoio, como isto é escandaloso, serviram para premiar e incentivar o abandono da actividade agrícola, isto é, receber sem trabalhar. Ao que nós chegamos com estes governos de 34 penosos anos.
Para se fazer uma pequena ideia do resultado destas políticas nefastas, basta dizer que só entre 1989 e 1997 desapareceram 165 mil explorações agrícolas e o número de trabalhadores neste sector diminuiu em 629.663. Se a este desolador e criminoso panorama acrescentarmos falta de apoio à administração de baldios pelos povos, ataques ao movimento cooperativo, atrasos nos pagamentos de dívidas à lavoura, desmantelamento da rede nacional de abate e do sistema de controle sanitário, correcto reordenamento do território, dadas as especificidades existentes, ficamos com uma pálida ideia do estado da nossa Agricultura hoje.
E, como sabemos que a Agricultura está intimamente ligada ao ambiente, porque quem trata a terra contribui para um ambiente mais saudável e os equilíbrios naturais, se destruímos esta riqueza, então liquidamos a própria Agricultura, degradamos o ambiente, os patrimónios e os meios rurais e seguramente aceleramos a desertificação do interior, ao mesmo tempo que nos tornamos cada vez mais dependentes da importação de produtos que podíamos e devíamos produzir internamente.
È uma autêntica hipocrisia o discurso que ouvimos da parte de «personalidades» com responsabilidade governamental em anteriores e actuais cargos, quando hoje apelam à necessidade de nos virarmos para a agricultura, as pescas ou a indústria, quando essas «personalidades» ontem nada fizeram nesse sentido ou até contribuíram com medidas em sentido contrário, procurando agora alijar responsabilidades.
É urgente mudar de rumo e de políticas.
PCP/Baião, 26/11/2010
PCP- Em defesa da produção Agrícola Nacional ao serviço do Povo e do País