domingo, 30 de novembro de 2014

A luta continua

Faleceu Maria do Pilar Vicente

Nota do Secretariado do Comité Central do PCP

Faleceu Maria do Pilar Vicente

Faleceu Maria do Pilar Vicente. Médica-cirurgiã, Vice-Presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e da Comissão Executiva da Federação Nacional dos Médicos (FNAM). Membro do Comité Central do PCP.
Após doença grave, Maria do Pilar Vicente faleceu, aos 61 anos.
Membro do PCP desde 1998.
Participou no movimento associativo estudantil e na luta anti-fascista. Em 1973 foi presa pela PIDE.
Foi membro da Comissão de Moradores de Campolide, candidata pela CDU à Câmara Municipal de Mafra e integrou o Grupo de Teatro do Hospital de São José.
Membro do Secretariado da célula do PCP no Centro Hospitalar de Lisboa Central, da célula do Associativismo Médico, do organismo de Direção do Sector da Saúde da Organização Regional de Lisboa e da Comissão Nacional do PCP para as questões da saúde.
Membro do Comité Central do PCP desde 2004, eleita pela primeira vez no XVII Congresso.
Profissional de méritos reconhecidos, mulher de grande coragem e determinação, firme, corajosa e de uma generosidade imensa.
Reconhecida pelos trabalhadores na luta pela defesa dos seus direitos e pela construção de uma sociedade justa. Lutou e defendeu o Serviço Nacional de Saúde com toda a convicção, exercendo a sua profissão com elevado sentido do dever e disponibilidade inteira.
O Partido Comunista Português contou sempre com a sua intervenção militante em defesa do seu ideal e projeto.
À família da camarada Maria do Pilar Vicente o Secretariado do Comité Central do PCP endereçou as suas mais sentidas condolências.
O corpo de Maria do Pilar Vicente estará em câmara ardente às 13 horas de amanhã, Sábado, dia 29 de Novembro, na Capela do Cemitério do Alto de São João.

Organizações do Norte de Lisboa em convívio


Almoço Convívio das Organizações dos concelhos do Norte de Lisboa

Jerónimo de Sousa em Alenquer

"O Primeiro-ministro insiste em falar de um país irreal"

8ª Assembleia da ORA . Excerto da Intervenção de Jerónimo de Sousa

Não há uma política de esquerda sem romper com a política de direita

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Faro, 8ª Assembleia da Organização Regional do Algarve

Não há uma política de esquerda sem romper com a política de direita


Uma primeira palavra de saudação aos camaradas delegados e aos convidados. Saudação que estendo aos trabalhadores e ao povo do Algarve, a todos quantos aqui vivem, trabalham e lutam para concretizarem o seu direito a uma vida e a um futuro dignos.
O balanço que esta Assembleia aqui fez da evolução da situação económica e social do Algarve deu-nos a real dimensão do impacto na vida dos trabalhadores e das populações de uma política de desastre nacional prosseguida nestes últimos anos de governos do PS e do PSD/CDS.
Recessão económica profunda e continuada, altas taxas de desemprego e de precariedade no trabalho, empobrecimento acentuado das classes e camadas populares, retrocesso no acesso aos direitos à saúde, à educação, à segurança social e a outros serviços públicos, mais cavadas assimetrias territoriais.
Tal como nos deu conta da valorosa luta de resistência dos trabalhadores e do povo desta região e da sua contribuição para o isolamento de um governo e de uma política que o país condenará, estamos certos, em definitivo à derrota.
O Algarve foi particularmente vítima destes anos negros de política de austeridade e concentração de riqueza, imposta ao País a pretexto do combate a uma crise que tem as suas causas mais fundas no funcionamento e contradições do próprio sistema capitalista, cada vez mais parasitário e decadente, e na política de direita que alimenta e aprofunda sua natureza exploradora, opressora e predadora.

7º Congresso da CNA

Delegação do PCP no 7° Congresso da CNA

Delegação do PCP no 7° Congresso da CNA

Uma delegação do PCP participa hoje no 7° Congresso da CNA, Confederação Nacional da Agricultura e da Agricultura Familiar, em Penafiel. João Frazão, membro da Comissão Política do Comité Central, Agostinho Lopes e Gonçalo Oliveira, membros do Comité Central e João Ramos, de Grupo Parlamentar, manifestaram aos mais de 2000 delegados a solidariedade e o reconhecimento pela sua intensa luta em defesa dos direitos da agricultura familiar, dos pequenos e médios agricultores.
No Congresso, que decorre sob o lema "Produzir, Alimentar, Lutar pela Agricultura Familiar" serão apreciadas as proposta de Carta da Agricultura Familiar e de Estatuto da Agricultura Familiar, bem como uma "Resolução com doze medidas urgentes" para apresentar ao Governo.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

"O povo português, mais cedo que tarde, saberá derrotar este Governo e e...

Marcha Nacional da CGTP termina com rejeição do Orçamento do Estado para...

Cante Alentejano


PCP saúda reconhecimento

Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade

O PCP saúda a decisão do Comité Internacional da UNESCO de inscrever o cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Tal decisão reconhece a relevância patrimonial do cante, o seu valor excepcional como símbolo identificador do Alentejo e identitário dos alentejanos, o seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do País, a sua importância como fonte de inspiração e de troca intercultural entre povos e comunidades, sendo motivo de satisfação e orgulho para todos os portugueses.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A solidez dos ideais

                                           
A expulsão dos magistrados portugueses de Timor-leste sugeriu o tema para uma reflexão sobre as convicções e a sua mudança ao sabor de interesses venais.
Costuma designar-se como coerência a capacidade do ser humano de harmonizar o pensamento, ou seja, ligar em conformidade factos e ideias.
Sempre pensamos que o ser humano é livre no momento de tomar uma decisão, no entanto e para aqueles que têm a incumbência de nos governar, ou seja, influenciar a nossa qualidade de vida, é exigido ética que, segundo Aristóteles, será a prática de virtudes, tais como, a sobriedade, a sinceridade e a generosidade, mas também lhes exigimos a verdade, sob pena desta nossa passagem por este mundo se transformar numa completa impostura e hipocrisia.
-Por exemplo, a Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição internacional cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito e segurança internacionais, do desenvolvimento económico, do progresso social, dos direitos humanos e da realização da paz mundial, porém e como bem afirmou Albert Einstein, «Hoje temos de reconhecer com horror que esses pilares da existência humana civilizada perderam sua firmeza. Nações outrora de primeira linha curvam-se perante tiranos ousando afirmar abertamente que Direito é aquilo que lhes serve».  
-Xanana Gusmão, guerrilheiro da FRETILIN e militante da mesma, lutador pela independência do seu País e seu primeiro presidente em liberdade corria o ano de 2002, hoje primeiro-ministro, anunciou em 2007 que não se recandidataria à presidência e funda um novo partido político, o CNRT, com a finalidade de concorrer às legislativas, facto a causar grande perplexidade no País, mas que o levou à vitória ao coligar-se com outras forças políticas adversárias da FRETILIN.
A braços com indícios de corrupção, envolvendo figuras gradas do regime e até ele mesmo, a dar crédito a notícias entretanto vindas a lume, resolve expulsar magistrados portugueses em regime de cooperação e encarregados das investigações, alegando serem causadores de enormes prejuízos para o País.
-Dilma Rousseff que iniciou a sua militância política com 16 anos e pegou em armas contra a ditadura militar brasileira, tendo sido presa por três anos em 1970, sai da prisão e muda-se de Belo Horizonte para Porto Alegre, formando-se em economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ajuda a formação do PDT em 1980 que abandona em 2001 para integrar o PT de Lula da Silva que a levou à presidência do Brasil e a enfrentar sem sucesso as desigualdades, a falta de serviços públicos e os casos graves de corrupção. Recandidata-se e vence com enormes perdas do seu eleitorado e no fim afirma ter entendido a mensagem do povo brasileiro. Teria entendido?
-Mikhail Gorbachev, considerado por Putin um erro da história e o responsável por ter pregado o último prego do caixão da União Soviética, opinião corroborada, aliás, pela maioria do povo russo, que lamenta as dificuldades posteriormente causadas e ainda hoje repercutidas na sua sociedade, foi um dirigente demasiado permeável às pressões ocidentais e ao revisionismo, esquecendo que a essência do homem não é qualquer coisa de abstrato, própria a um indivíduo isolado mas representa o conjunto de todas as relações sociais, no entanto, afirmando sempre a sua condição de comunista convicto, saiu do seu País e refugiou-se nos braços do inimigo político, aí obtendo os meios para abrir a sua Fundação, onde param os expoentes máximos do anti comunismo. Hoje lamenta os recentes conflitos no Médio Oriente e na Europa, alerta para o aparecimento duma nova Guerra-fria e diz apoiar Putin em relação ao problema da Ucrânia.     
-Durão Barroso, outro caso paradigmático da incoerência política, começou a atividade, enquanto jovem e estudante, nas fileiras do maoismo, doutrina do PC chinês e chegou a ter intervenções exaltantes no seio dos seus congéneres.  
O decorrer imparável dos tempos e das ideias leva-o à social-democracia, onde estacionara a esquerda radical portuguesa, que o designa para primeiro-ministro em eleições polémicas, mas por pouco tempo de exercício, do qual sobressai a Cimeira das Lages propulsora da invasão do Iraque. Depois, como o País ficou de tanga e incapaz de lhe proporcionar o cherne, «obrigou-se» a encontrar refúgio no parlamento europeu, donde aconselhou Portugal a gastar menos e a viver em austeridade que, no entanto, nunca chegou às carteiras de alguns, mas sim aos bolsos dos mais carenciados. No seu percurso pela comissão europeia e, para lá dos seus conselhos moralistas, ficam o apoio ao novo governo golpista ucraniano de cariz nazi e os gastos sumptuosos da comissão em viagens em jatos privados e festas no valor de alguns milhões de euros, para além do «porreiro pá». Agora na reforma, ficará com muitos milhares de euros, ainda subsídio de reintegração de outros tantos milhares e a condecoração nacional entregue pelo presidente de alguns portugueses, por serviços relevantes prestados ao País.
Decididamente e com o poder nas mãos, algumas pessoas estragam-se, esquecem as promessas e as obrigações, enveredam pelos caminhos da corrupção e do enriquecimento fácil, mas, em contra ponto e tornando estes exemplos como exceções à regra e também porque não somos todos iguais, existe ainda muito boa gente honesta, dotada de bom senso, identidade política, consciência e solidez de ideais que luta pela transformação do mundo para torná-lo mais justo, livre da exploração e da opressão. Nem tudo está perdido, portanto, mas compete-nos também exercer a cidadania conscienciosamente para ajudar a concretização desse nobre objetivo.






terça-feira, 25 de novembro de 2014

O caso Sócrates

Sobre os desenvolvimentos em torno de José Sócrates

Declaração de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral

Sobre os desenvolvimentos em torno de José Sócrates

A nossa posição de fundo e de princípio sobre os desenvolvimentos em torno de José Sócrates – mesmo tendo em consideração quem foi e quem é – é a da necessidade do apuramento de toda a verdade, do funcionamento da investigação e da justiça, e sem apressar julgamentos ou condenações precipitadas.
Consideramos que ninguém está acima da lei, mas com uma grande serenidade, na exigência da verdade e do seu apuramento, recusamos fazer qualquer comentário que tenha uma componente de julgamento prévio.
É importante fazer a prova, fazer a averiguação e a investigação, fazer o apuramento da verdade porque, seja quem for, um ex-governante, um ex-Primeiro Ministro, um ex-dirigente de um partido, ninguém está acima da lei e nesse sentido, independentemente do impacto que possa ter, esperamos por esse apuramento da verdade. Naturalmente, o eventual julgamento e condenação será feito em conformidade com o resultado desse apuramento das responsabilidades.
Nos últimos tempos a sociedade portuguesa foi confrontada com sucessivos casos de corrupção: a implosão do BES/GES, com todo o apuramento da verdade que é preciso fazer, com todas as consequências que isso tem no plano ético, político, económico e financeiro; a situação dos “vistos dourados” em que são envolvidos altos responsáveis da estrutura do Estado. Trata-se de casos profundamente inquietantes, inseparáveis do poder económico e financeiro e da captura do poder político pelos interesses destes, à revelia do que é o desígnio constitucional. O que verificamos é que os governos são meros executantes, paus mandados, feitores da concretização dessa captura, que leva a situações de corrupção já com um nível sistémico e não como acontecimentos esporádicos.

domingo, 23 de novembro de 2014

As subvenções vitalícias nunca deviam ter sido criadas

Corrupção e negociatas

Os sucessivos governos defendem os interesses dos poderosos por opção e por conveniência própria

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Peniche

Os sucessivos governos defendem os interesses dos poderosos por opção e por conveniência própria

"O alastramento das redes de corrupção, da proliferação de teias de negociatas, dos compadrios, da fraude e evasão fiscais" são o "resultado acumulado de uma política de anos ao serviço da recuperação capitalista e reconstrução dos grandes grupos económicos monopolistas e do seu domínio, protagonizada por sucessivos governos dominados pelos mesmos que hoje governam o País - PSD e CDS - e pelo PS" afirmou Jerónimo de Sousa no almoço-comício realizado em Peniche.
"A Constituição da República afirma como um princípio fundamental que o poder económico se deve submeter ao poder político, só que em Portugal o poder político deixou-se capturar pelo poder económico. Não governam para o povo, governam para defender os interesses dos poderosos por opção e por conveniência própria. Ao povo com a sua luta e o seu voto compete o direito de dizer basta, cumpra-se a constituição de um poder político ao serviço do povo português e não dos poderosos, dos mais ricos" destacou o Secretário-Geral do PCP.
Dando um novo exemplo da degradação da situação política e institucional, Jerónimo de Sousa referiu-se ao "visível alastramento das redes de corrupção, da proliferação de teias de negociatas, dos compadrios, da fraude e evasão fiscais que são de ontem e são de hoje: São de hoje, porque são o resultado das opções políticas deste governo, como se vê com o escândalo dos Vistos Gold e a detenção de altas figuras do Estado nestes dias. Esses vistos dourados que são uma imagem de marca deste Governo do PSD/CDS e que se revelaram, como previu e preveniu o PCP, uma porta aberta ao branqueamento de capitais, através da aquisição de património de luxo e uma fonte de corrupção; são de ontem e de hoje, porque são o resultado acumulado de uma política de anos ao serviço da recuperação capitalista e reconstrução dos grandes grupos económicos monopolistas e do seu domínio, protagonizada por sucessivos governos dominados pelos mesmos que hoje governam o País - PSD e CDS - e pelo PS, como se tem visto também, entre outros, nos processos do BPN, do BPP, do BCP e agora do Grupo GES/BES, cuja implosão é bem a imagem de marca de uma política assente na mentira, na especulação, na fraude, na promiscuidade entre negócios públicos e privados, como está patente também nestes processos, e agora nos Vistos Gold".
"Política de mentira e obscurantista que permanece e se tornou a política oficial deste governo de Passos e Portas. Bastaria ver o rol das trapaças construídas à volta do Grupo GES quando afirmavam que conheciam a situação do Grupo e iludiam toda a gente com a garantia de que estava tudo sobre controlo e sobre a própria intervenção do Estado no Novo Banco quando negavam o que agora confessam - que é o povo que vai ser chamado, uma vez mais, a pagar as falcatruas dos bancos. É inquestionável que hoje a degradação invadiu todas as esferas vitais para o funcionamento da nossa vida colectiva. Que não há sector da vida nacional que não experimente o impacto de uma política que se revelou catastrófica, com o Estado a ser invadido por redes de negócios obscuros com ligação a redes de empresários com práticas criminosas. Os últimos acontecimentos à volta do processo dos Vistos Gold mostram bem que este governo do PSD/CDS-PP não tem condições para continuar à frente dos destinos do País" disse.
Jerónimo de Sousa assinalou ainda que "são precisas respostas claras e não jogos de sombra. Como foi possível o envolvimento ao nível do topo das estruturas do Estado? Quem deu instrução para agilizar os procedimentos para fazer andar os vistos? Quem conduziu o SIS, que depende diretamente do Primeiro-Ministro, para fazer a limpeza das provas no computador do SEF? São precisas respostas claras para que o muito que se conhece, e o que ainda falta conhecer, não fique submerso no lastro de encobrimentos que fizeram com que outros casos nunca tenham vindo à tona de água!"
O Secretário-Geral terminou a intervenção deixando sublinhado que o PCP está em condições de assumir as responsabilidades que o povo português lhe entenda atribuir, "Nós temos uma proposta de política alternativa inseparável de uma alternativa política capaz de a construir e concretizar, valorizando a luta dos trabalhadores e do nosso povo e apelando à convergência de democratas e patriotas, consideramos que só reforço do PCP pode ser o pilar da política alternativa. Partido de luta e proposta, partido sério com uma só cara que honra sempre a palavra dada. O que dizemos neste salão é o mesmo que dissemos na Assembleia da República e em todo o lado. Temos um projeto, temos um ideal e temos uma forma diferente de estar na política porque nós, Partido Comunista Português, estamos aqui para servir os interesses do povo e do país e não para nos servimos a nós próprios. Partido que está em condições de assumir as responsabilidades que o povo português lhe entenda atribuir, incluindo responsabilidades governativas. Partido que com o seu projeto e o seu ideal assume-se como portador da esperança por uma vida melhor num país mais desenvolvido e progressista".

Assembleia da ORP

Faixa publicitária

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sábado, 22 de novembro de 2014

Distribuido à população baionense

AO POVO DE BAIÃO

    O governo PSD/CDS continua empenhado em destruir o Serviço Nacional de Saúde.

A Comissão Concelhia de Baião do PCP expressa mais uma vez o seu vivo repúdio contra a decisão tomada pelo governo de Paços Coelho/Paulo portas – PSD/CDS de encerrar o Serviço de Internamento Permanente -SAP do Centro de Saúde de Baião, entre a meia-noite e as oito horas da manhã.

Tal como já tínhamos referido em comunicados anteriores e agora reafirmamos, esta injusta e inadmissível medida vai privar os cidadãos de Baião do direito à prestação de cuidados médicos nas horas mais críticas da noite, é o primeiro passo para o encerramento total deste serviço público e até do próprio Centro de Saúde, para de seguida entregar tudo nas mãos de qualquer instituição privada, transformando assim o direito à saúde, consagrado na nossa Constituição, num negócio para alguns encherem a carteira, mas prejudicando os utentes que irão pagar mais e ter pior serviço de atendimento.

Perante a onda de destruição de serviços públicos que se tem vindo a verificar neste Concelho nos últimos anos, tais como, encerramento de várias extensões de Saúde, da Delegação da Segurança Social de Santa Marinha do Zêzere, da Estação dos CTT na mesma Vila e de várias escolas, mais a tentativa de encerrar a Repartição de Finanças, do Tribunal através do esvaziamento de competências e agora do Serviço de Atendimento Permanente – SAP, uma vez mais aqui deixamos as seguintes perguntas:

- Para onde caminha esta terra com muitos séculos de História?
- Para a sua extinção como Concelho?
       
         Afirmamos aos Baionenses que os gravíssimos problemas com que estamos confrontados não se resolvem agora a chorar “lágrimas de crocodilo” ou lavando as mãos como Pilatos, muito menos tentando lançar poeira para os olhos do povo. Há responsabilidades em toda esta situação que devem ser assumidas e em Baião, por exemplo, estamos lembrados de ainda há poucos anos algumas forças políticas locais tudo terem tentado para que fosse uma instituição privada a gerir o Serviço de Atendimento Permanente e o Serviço de Internamento existentes no antigo Centro de Saúde.

               Como nunca fazemos politica para enganar o povo, como infelizmente outras forças politicas fazem, com o objetivo dos seus lideres facilmente chegarem ao poder para satisfazerem as suas ambições pessoais, uma vez mais apelamos ao povo de Baião para que se imponha contra a política e os políticos que estão a levar o País para o abismo e o Concelho para a destruição total. 


Baião, Novembro de 2014


PCP: um partido de princípios e convicções ao serviço do povo português

Serviços públicos e funções sociais do Estado

Defesa e recuperação dos serviços públicos e funções sociais do Estado

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Lisboa, Audição Pública “Defesa e recuperação dos serviços públicos e funções sociais do Estado”

Defesa e recuperação dos serviços públicos e funções sociais do Estado

A audição que aqui estamos a realizar, cujo tema é a “Defesa e recuperação dos serviços públicos e funções sociais do Estado”, insere-se na acção nacional que o Partido Comunista Português está a realizar com o lema «A força do Povo, por um Portugal com futuro – uma política patriótica e de esquerda», cujo objectivo é identificar os eixos, os objectivos e as prioridades nucleares de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, tão mais urgente quanto mais o País está a ser conduzido para o abismo económico e social.

Marcha de indignação, protesto e luta

Delegação do PCP em Guimarães manifesta solidariedade com os participantes da Marcha promovida pela CGTP-IN

Marcha Nacional por uma política de esquerda e soberana - CGTP-IN

Delegação do PCP em Guimarães manifesta solidariedade com os participantes da Marcha promovida pela CGTP-IN

Uma delegação do PCP em que participaram João Frazão, da Comissão Política do Comité Central, e Carlos Almeida e Sílvio Sousa do Secretariado da DORB, integraram hoje a Marcha promovida pela CGTP-IN, que teve início em Guimarães, com três desfiles, dos sectores público e privado e dos moradores dos Bairros Sociais, que culminaram numa concentração no Largo do Toural.
Cerca de 2000 trabalhadores e moradores participaram na Marcha de indignação, protesto e luta, reclamando uma política de esquerda e soberana.
A delegação do PCP manifestou aos participantes solidariedade e o apelo a que prossigam a luta pela derrota deste governo e da política que há 38 anos leva o país ao desastre, pela ruptura com essa política de direita e por uma alternativa patriótica e de esquerda.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sobre a demissão do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo

Encontro Internacional

PCP participa no 16º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários

Em Guayaquil, Equador

PCP participa no 16º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários


O Partido Comunista Português participou no 16º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO) que teve lugar em Guayaquil, no Equador, de 13 a 15 de Novembro de 2014.
Neste 16º EIPCO, que se realizou sob o tema «O papel dos Partidos Comunistas e Operários na luta contra a exploração capitalista e o imperialismo – causa das crises, das guerras e do ascenso de forças reacionárias e fascistas. Pelos direitos dos trabalhadores e dos povos e pela emancipação social e nacional; pelo socialismo!», participaram 53 partidos comunistas e operários oriundos dos cinco continentes.
A delegação do PCP ao 16º EIPCO foi composta por Pedro Guerreiro, do Secretariado do Comité Central e responsável da Secção Internacional, por Ângelo Alves, da Comissão Política do Comité Central e da Secção Internacional e por Cristina Cardoso, da Secção Internacional.

domingo, 16 de novembro de 2014

Faleceu José Casanova

Nota do Secretariado do Comité Central do PCP

Faleceu José Casanova, destacado dirigente comunista


O Secretariado do Comité Central informa que faleceu hoje, após doença grave, José Casanova, membro do Comité Central do Partido Comunista Português.
José Casanova nasceu no Couço em 1939, onde desde muito novo viveu acontecimentos da luta antifascista nesta terra de resistência dos trabalhadores e do povo contra a exploração e a opressão, pela liberdade e a democracia.
Aderiu ao Partido Comunista Português em 1958, com 19 anos, e as suas primeiras atividades políticas foram desenvolvidas na União da Juventude Portuguesa, de cuja Direção fez parte.
Assumiu como jovem comunista papel destacado nas candidaturas democráticas de Arlindo Vicente e Humberto Delgado em 1958. Desempenhou tarefas partidárias em vários pontos do País nas décadas de 50 e 60 do século XX.
Preso pela PIDE em 1960, julgado e condenado a dois anos de prisão, foi sujeito às chamadas “medidas de segurança” que o forçaram a permanecer cerca de seis anos nas prisões fascistas.
Entre 1971 e 1974, José Casanova esteve exilado na Bélgica, prosseguindo aí a sua atividade partidária, quer junto dos emigrantes portugueses – foi Presidente da Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica – quer em contactos com os movimentos de libertação das ex-colónias: MPLA, PAIGC e FRELIMO.
Regressado a Portugal em Abril de 1974, assumiu tarefas partidárias na Organização Regional de Lisboa.
Membro do Comité Central do PCP desde 1976. Foi membro da Comissão Política de 1979 a 2008. Entre outras tarefas foi responsável pela Organização Regional de Lisboa de 1989 a 1996 e pela Organização Regional de Santarém entre 1997 e 1998.
José Casanova foi diretor do “Avante!”, Órgão Central do PCP, entre 1997 e Fevereiro de 2014. Atualmente era responsável pela Comissão Nacional da Cultura.
Salienta-se ainda a sua produção no campo literário, com os romances “Aquela Noite de Natal”, “O Caminho da Aves” e “O Tempo das Giestas”, bem como com outras obras, nomeadamente o livro sobre Catarina Eufémia, recentemente editado, e diversos trabalhos e participações.
José Casanova faleceu. Deixa-nos a sua intervenção dedicada como militante e dirigente do PCP nas mais diversas tarefas e responsabilidades e a sua sensibilidade e contribuição no plano cultural. A melhor homenagem que lhe podemos prestar é prosseguir a luta do seu Partido de sempre, o Partido Comunista Português, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País, pelo ideal e projeto comunista.
À família do camarada José Casanova, o Secretariado do Comité Central do PCP endereça as suas mais sentidas condolências.
A informação sobre o funeral será dada posteriormente.

sábado, 15 de novembro de 2014

Datas que marcarão a humanidade para sempre

                        
O passado dia 7 de Novembro marcou o 97º aniversário da Revolução Socialista de Outubro de 1917, acontecimento de maior expressão do século XX e da história da humanidade pelo significado de que se revestiu, pelas inéditas conquistas sociais e económicas alcançadas e pelo impacte provocado na vida dos povos, ainda bem visível nos dias de hoje.   
Apesar de importantes erros praticados, das ingerências externas e das traições internas, levando aos revezes sofridos pelo mundo socialista no final do século passado, cujos resultados são atualmente bem sentidos pelos trabalhadores e pelos povos de todo o mundo, expostos à exploração sem lei do capitalismo, continua bem presente e mais se acentua a ideia de que não foi o socialismo a ser derrotado, razão pela qual o projeto pela justiça social, a democracia e a liberdade permanece como o único capaz de sacudir o jugo imposto pelos exploradores e corruptos.
A Revolução Soviética tornou a Rússia czarista, atrasada, analfabeta, oprimida e explorada por um regime feudal, num dos países mais desenvolvidos do planeta, a União Soviética, demonstrando a possibilidade do poder ser constituído por um governo de trabalhadores e camponeses, dirigindo a sociedade de acordo com os seus interesses, direitos e aspirações.
Após a tomada revolucionária do poder, as primeiras decisões mostraram claramente a natureza proletária e popular do novo regime que, pelo Decreto da Paz, apelou às nações para que pusessem fim à guerra imperialista e caminhassem para uma paz democrática e pelo Decreto da Terra aboliu a propriedade privada, mas outros documentos sobre os direitos dos povos da Rússia e do povo trabalhador e explorado revelaram também a natureza e essência do poder soviético, combinando dialeticamente as particularidades nacionais com as leis gerais do desenvolvimento social expostas por Marx e Engels e aplicadas por Lenine, contribuindo para o aparecimento duma nova era na humanidade. 
Foi assim que o partido comunista, a classe operária e o povo soviético conseguiram alcançar em tempos bem difíceis grandes realizações políticas, sociais, económicas, técnicas, científicas e culturais que lançaram a URSS na senda do progresso e do desenvolvimento. A jornada de trabalho de oito horas, as férias pagas, a emancipação da mulher, a liquidação do desemprego, a gratuitidade da assistência médica e da educação, a eliminação do analfabetismo, o apoio à infância e o acesso generalizado à cultura, constituíram exemplos de direitos posteriormente seguidos por outros países. O exemplo permanece.
Outra data importante é a passagem dos 25 anos sobre a chamada queda do muro de Berlim que serve de pretexto a campanhas de anticomunismo primário e de intoxicação da opinião pública no sentido de lançarem a ideia do fim do socialismo que as forças políticas da social democracia tentam a todo o custo fazer passar, pois celebram esta data como o fim da RDA e a sua anexação à RFA e a consequente formação duma grande Alemanha imperialista, cujos resultados já se fazem sentir atualmente no seio da União Europeia, especialmente nos países periféricos a braços com o garrote imposto pela Sr.ª Merkel.
A queda do muro de Berlim transformou-se assim numa espécie de símbolo do triunfo do capitalismo sobre o socialismo, no entanto, a evolução da situação internacional na última vintena de anos desmente categoricamente esta delirante teoria, assim como outra sobre o fim da luta de classes ou a morte do comunismo que não passam de meras declarações de intenção dos autores, até porque não os vemos minimamente preocupados com a existência de outros muros, tais como, o da Cisjordânia com Israel, isolando os palestinianos, o que separa uma parte dos Estados Unidos do México, o que separa gregos e turcos em Chipre, o que ainda separa católicos e protestantes na Irlanda, o que divide a Índia e o Bangladesh, o que separa as duas Coreias e o muro dos preconceitos, impulsionador de todos eles e todos eles ceifando milhares de vidas humanas.
Apesar de todas as dificuldades dum processo acidentado e repleto de avanços e recuos, o futuro da humanidade continua a ser o socialismo para transformar a sociedade, tornando-a mais justa, democrática e livre da exploração.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Encontro do PCP com a Comissão Nacional Justiça e Paz

Contra a privatização de sectores estratégicos

Privatização da TAP: um crime contra os interesses nacionais


A decisão do Conselho de Ministros de privatização de 66% do Grupo TAP, SA, é um crime contra os interesses nacionais e urge ser travada.
1. A TAP é o maior exportador nacional, com mais de dois mil milhões de vendas ao exterior. Assegura mais de 7 mil postos de trabalho diretos, mais de 12 mil diretos no Grupo e mais 10 mil indiretos, pelo menos. É uma empresa que faz entrar anualmente na Segurança Social quase 100 milhões de euros, só da TAP SA. Contribui com quase outro tanto para o Orçamento do Estado via IRS. A TAP, uma empresa que prestigia o país, é uma âncora para o sector do turismo, fundamental para garantir a unidade e mobilidade em todo o território nacional, essencial na ligação às comunidades portuguesas no estrangeiro, garantia de capacidade de investigação, manutenção e desenvolvimento técnico no sector da aviação civil, referência em todo o espaço lusófono. É um fator de soberania para o país.
2. Esta é a terceira tentativa de privatização da TAP. Em 2001 falhou o negócio com a Swissair (que entretanto faliu). Em 2012 impediu-se a aventura da sua entrega a Efromovich. Trata-se, portanto, do prosseguimento de um objectivo que tem unido o conselho de administração da empresa e os sucessivos governos do PS, PSD e CDS: a entrega de um importante património do povo português ao grande capital. Governos que, alinhando com as orientações da União Europeia, tudo têm feito para estrangular financeiramente a empresa, que não recebe um euro do Estado, ao contrário das companhias low cost. Amarrando-a a negócios ruinosos como o da manutenção no Brasil (ex-VEM), ou como o frete ao Grupo Espírito Santo, adquirindo a preço de ouro a falida Portugália. Impedindo a necessária flexibilidade de gestão em questões básicas como a contratação de pessoal, o que levou ao cancelamento de centenas de voos este Verão, procurando criar as condições na empresa e na opinião pública que favoreçam a sua privatização.
4. O governo PSD/CDS, e o próprio PS, justificam a privatização da TAP, invocando a proibição da sua capitalização pelo Estado, supostamente para defender a igualdade de concorrência com as companhias privadas. É uma mentira porque, sendo legal e constitucional a existência de empresas públicas, aliás possíveis no quadro dos Tratados da União Europeia, nada pode impedir a sua capitalização pelo detentor do seu capital. O contrário seria um contra-senso. Manter o Estado arredado desse papel é condenar a TAP ao estrangulamento financeiro e à inoperacionalidade. Bastaria que parte do que foi pago à banca pelos famigerados swap das empresas públicas de transportes − num ano, mais de mil milhões de euros − para que as necessidades de capital da TAP fossem satisfeitas.
Existem soluções para a capitalização da empresa, como para a resolução dos restantes problemas da TAP. Basta uma gestão pública vinculada aos interesses nacionais conforme propôs recentemente o PCP num Projeto de Resolução na Assembleia da República, com medidas para defender e melhorar o funcionamento e operacionalidade da TAP.
5. Para o PCP, à semelhança do acontecido com a privatização de outras empresas estratégicas, como o caso exemplar da liquidação em curso da PT mostra, a privatização da TAP representaria no curto, médio prazo a sua destruição. A privatização da TAP poderá ser um bom negócio para os grupos económicos nacionais e estrangeiros, mas não o é seguramente para o país.
6. O PCP apela à luta dos trabalhadores da TAP, que noutros momentos travou idênticas intenções. Apela à intervenção de todos os democratas e patriotas para impedir a sua privatização e assegurar uma empresa com futuro. Anuncia que, perante a gravidade da decisão do governo, irá chamar o ministro da Economia à Assembleia da República, para que seja revertida uma decisão que os trabalhadores e o povo português repudiam.

Direitos dos trabalhadores

Seminário «Direitos dos trabalhadores e contratação colectiva»

Seminário «Direitos dos trabalhadores e contratação colectiva»

As várias intervenções proferidas contribuíram para o debate e a reflexão sobre o agravamento da exploração dos trabalhadores e o ataque aos seus direitos promovida pelo grande capital, pelos governos e pela União Europeia, colocando em causa conquistas históricas do movimento operário e da luta dos trabalhadores na Europa.
Os vários intervenientes convergiram na conclusão de que a luta dos trabalhadores e dos povos em Portugal e noutros países europeus e a sua ampliação e intensificação é a base da resistência, da ruptura e da alternativa.
Este Seminário contou com a participação e intervenções de João Ferreira, Inês Zuber e Miguel Viegas (Deputados do PCP ao Parlamento Europeu); Neoklis Sylikiotis (Deputado ao Parlamento Europeu, vice-presidente e membro do Presidium do GUE/NGL e membro do Bureau Politico do AKEL – Chipre); e Francisco Lopes (membro do Secretariado e da Comissão Política Do Comité Central do PCP).
Os deputados do PCP anunciaram nesta ocasião a sua intenção de apresentar no Parlamento Europeu uma declaração escrita visando a realização de um debate sobre a defesa e valorização da contratação colectiva enquanto instrumento central para a defesa dos direitos dos trabalhadores.

O compromisso

                                                   
O atual Presidente da República, incapaz de separar as águas entre a sua função institucional (cumprir e fazer cumprir a Constituição) e o seu pensamento nostálgico do passado a par da sua propensão continuada para apoio ao governo, faz de vez em quando apelos ao consenso e ao compromisso entre as forças partidárias representadas na Assembleia da República, pois, segundo ele, os portugueses estão descontentes com o funcionamento dos partidos, considerados todos iguais, e com o sistema político, onde o mais alto magistrado da Nação também se inclui com mais de uma boa dúzia de anos de experiência.
No entanto, aquilo que a população portuguesa sente é que o nosso País continua a ser destruído por um governo que teimosamente nos empobrece e arruína, mas dá satisfação preferencialmente aos compromissos com os chamados mercados, ou seja, os grandes grupos económicos, a banca e a especulação financeira, colocando o poder político refém do poder económico e nunca é demais bater nesta tecla, pois corresponde à realidade dos dias de hoje e mesmo depois da troika estrangeira nos ter deixado formalmente há cerca de quatro meses.
Apesar do discurso do fim das medidas de emergência ditas excecionais, o que se verifica é a continuação da austeridade para com os trabalhadores, os reformados, os pensionistas, as micro, pequenas e médias empresas, todos sofrendo o peso das políticas postas em prática com o decorrer dos anos pelos partidos da troika nacional (PS, PSD e CDS) que eleitoralmente tudo prometeram, mas nada cumpriram, demonstrando falta de sensibilidade social e moral confrangedoras.
A situação escandalosa que se vive nos sectores da Saúde, da Educação, da Justiça, na Segurança Social, do Trabalho, da Ciência e da Banca, aliada à continuação das mentiras propaladas para enganar incautos, sendo o resultado da ação e opção ideológica do governo e dos partidos que o sustentam (PSD e CDS), não se resolve com meros pedidos de desculpa dos responsáveis ministeriais, mas sim com a demissão de todo o executivo governamental e com uma nova política patriótica e de esquerda, pois tudo se deteriora na vida nacional e o compromisso é a rutura completa com esta gente e esta política e não com declarações de intenção ou manobras de diversão para culpabilizar o funcionamento dos partidos e o sistema político como tentou fazer o Presidente da República, que deveria olhar para o exercício das suas funções, pois também tem culpas no cartório e não são poucas, pelo estado em que o País se encontra.
O descontentamento dos portugueses não reside no sistema político existente e consagrado na Constituição da República Portuguesa, mas sim na prática governativa e na falta de ação pedagógica do Chefe do Estado.
Nesta conformidade, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou na Assembleia da República uma nova e fundamentada contribuição para uma política alternativa, consubstanciada num Projeto de Resolução baseado em três áreas principais que, a não serem contempladas, poderão comprometer por muitos anos o futuro do País e a vida dos portugueses, a saber: devidamente calendarizadas e integradas, constam a renegociação da dívida soberana, o estudo e preparação para a saída do euro e a recuperação do controlo público da Banca, áreas de fortes constrangimentos que condicionam o nosso desenvolvimento económico e social.

É urgente uma política que promova a produção nacional, que acabe e reverta o processo das privatizações, recuperando para o Estado os sectores estratégicos, ou seja, um compromisso para um novo rumo que retome os valores de Abril e o projeto de progresso e de justiça social que a Constituição consagra. É este o compromisso que a esmagadora maioria dos portugueses quer ver assumido. 

sábado, 8 de novembro de 2014

Excertos da intervenção

PCP mais forte - Alternativa a sério, uma região com futuro

Intervenção de Edgar Silva, membro do Comité Central e Coordenador da DORAM, Funchal, IX Congresso Regional do PCP

PCP mais forte - Alternativa a sério, uma região com futuro

Cabe-nos, em primeiro lugar, saudar o IX Congresso Regional do PCP/Madeira. Saudar este Congresso pelo trabalho até aqui realizado. Aqui estamos hoje, após um amplo processo de preparação que envolveu toda a organização regional do Partido.
Estamos agora no culminar de um processo de participação democrática e de intervenção dos membros do PCP nesta Região, traduzidas nas reuniões preparatórias deste Congresso, nas assembleias electivas e de debate das propostas.
Cabe-nos saudar cada um dos delegados pelo sentido de responsabilidade partidária e de militância que têm demonstrado. Este é um ponto de chegada e de apuramento final de um vasto debate, de onde resultará a definição de uma orientação política que expressará a opinião do colectivo partidário. É agora nosso dever, enquanto delegados a este Congresso, no pleno exercício das nossas responsabilidades e direitos de membros deste nosso Partido, contribuir para que daqui saiam as necessárias respostas do Partido à situação e realidades políticas na Região e às tarefas para lhes responder.
Cabe-nos também, através dos delegados ao Congresso, saudar o colectivo partidário pela manifesta capacidade de superar desvantagens e debilidades. É justo aqui destacar o elevado poder de mobilizar forças e de resposta militante nas adversidades, e valorizar a mais genuína camaradagem e pronta intervenção, sempre que esteve em causa o Partido e as suas mais justas causas. O Partido foi testado em diferentes momentos e acontecimentos, e venceu. É à Organização Regional que se deve esta saudação. Porque a Organização enfrentou a luta e venceu. O colectivo partidário enfrentou corajosamente cada uma das dificílimas batalhas políticas e venceu.
A Organização Regional foi confrontada não só com uma exigente e complexa situação política, económica e social na Região, onde esteve sempre na vanguarda da iniciativa e da proposta, como foi testada em momentos particularmente difíceis, e vencidos com êxito, como aconteceu com a ação fraccionária, com as mais dificuldades que resultaram da redução da sua representação parlamentar e quando combateu os apelos para a diluição do Partido em projetos sem princípios, reagindo a cada um desses desafios, problemas e realidades que foram surgindo sem, no entanto, ter deixado de manter uma ação determinante no combate à política de direita e na dinamização de variadas iniciativas de âmbito local ou regional, quer junto das populações, quer junto dos trabalhadores.
Outro dos processos em que a Organização Regional demonstrou capacidade de superação de desvantagens e de debilidades é a resposta que estamos a dar à redução da representação parlamentar. É cada vez mais inocultável que se tivéssemos mais deputados, muito mais ficariam as populações e os trabalhadores a ganhar. Se um deputado do PCP é quem tem maior iniciativa, mais propostas parlamentares e mais projetos legislativos apresentados, e é o partido com maior número de iniciativas aprovadas pela Assembleia Legislativa da Madeira, tal só é possível através da militância ativa e pelo forte trabalho colectivo que temos desenvolvido. A força do colectivo partidário é que nos garante o respeito da parte dos nossos adversários pelo nosso desempenho nos lugares de representação institucional, tal como também acontece nas autarquias, como outros camaradas aqui darão conta. É a dinâmica da Organização Regional que, a par da apresentação da iniciativa parlamentar, possibilita conquistas importantes para as populações e para os trabalhadores. Por exemplo, já na próxima quinta-feira, acontecerá a votação final global de mais três projetos legislativos do PCP, já aprovados por unanimidade no plenário e na especialidade, em dois deles, para a aplicação imediata das 35 horas semanais como horário de trabalho para toda a Administração Pública regional, e uma outra proposta para a Assembleia da República, visando a consagração das 35 horas semanais para todos os trabalhadores do País.
Poderíamos dar muitos outros exemplos de legislação proposta pelo PCP, que teve a aprovação da Assembleia Legislativa da Madeira, como a Estratégia para o Combate ao Dengue, o Plano de Prevenção dos Abusos Sexuais a Crianças, ou o Programa para a Erradicação do Tráfico de Seres Humanos.
Tudo isto para dizer apenas que, perante as dificuldades, a Organização Regional, também através do Parlamento, não deixou de desenvolver um enérgico combate à política de direita e a dinamização da iniciativa e da proposta em prol das populações e dos trabalhadores.
Outra vitoriosa batalha política foi a da aquisição do novo Centro de Trabalho no Funchal. A nova sede regional do PCP na Madeira, em edifício próprio e autónomo, dispondo de localização central, dotado de condições de funcionalidade e de trabalho, corresponde integralmente às responsabilidades e prestígio crescente do Partido na Região.
Com esta decisão, o PCP deixa de estar sujeito a decisões que não controla nem determina e a imponderáveis de conjuntura, como os que conduziram à saída do edifício da Rua da Carreira onde, como arrendatário, permanecia há cerca de quatro décadas, e que constituía uma importante referência política e identitária de intervenção e afirmação do PCP como projeto alternativo na Madeira.
Foi lançada uma campanha de fundos, que visa concretizar este objectivo ambicionado pelos comunistas madeirenses. No quadro da afirmação da sua independência política face aos interesses do grande capital, rejeitando benesses e financiamentos a eles associados, é na contribuição dos seus militantes e apoiantes, trabalhadores, dos muitos democratas e independentes que reconhecem no PCP o papel insubstituível na afirmação dos interesses da Região e do povo madeirense que se construirá, com comparticipação solidária de todos, os meios indispensáveis à concretização deste importante factor de afirmação e implantação do PCP na Região Autónoma da Madeira.
Estamos convictos de que também desta batalha, a que corresponde uma exigente Campanha de Fundos, a Organização Regional, como o tem demonstrado, saberá estar à altura das suas responsabilidades.
É ainda de destacar todo o empenho e mobilização da Organização Regional em tudo quanto se reporta às comemorações do aniversário do Partido, da festa popular de rua nas comemorações do 25 de Abril e a participação na Festa do Avante!.
É de enaltecer a capacidade mobilizadora que a Organização Regional tem concretizado na realização do jantar de aniversário e de tudo mais quanto tem a ver com as comemorações do aniversário do Partido, que constituem um momento de afirmação da expressão mobilizadora e da influência e prestígio social alcançados, resultando destas uma avaliação positiva quanto à divulgação do projeto transformador do Partido, dos seus ideais e princípios. Sendo ainda de salientar as comemorações populares da Revolução de Abril e das suas conquistas políticas, económicas, sociais e culturais, e a participação na Festa do Avante! que constitui um momento onde é visível a expressão do trabalho militante e o contributo inestimável do mesmo para uma participação da Organização Regional com a dimensão que conhecemos.
Já quanto à evolução da Organização, a Organização da Região Autónoma da Madeira, segundo dados do último Balanço de Organização, apresenta como membros do Partido com dados atualizados 647 militantes. Desde 2010 foram recrutados 120 membros do Partido, o que, sendo de valorizar, não reflete ainda as possibilidades de alargamento e recrutamento correspondentes ao nosso enraizamento, influência social e reconhecida intervenção.
Mesmo debatendo-se com dificuldades, insuficiências e debilidades, a importante tarefa de constituição de organismos com capacidade de intervenção nas diversas áreas da vida partidária e junto das populações e dos trabalhadores, das empresas ou locais de trabalho tem vindo a conhecer uma evolução positiva. As Comissões Concelhias consolidaram-se.
Os passos mais importantes registaram-se ao nível do reforço das Comissões de Freguesia e da criação de colectivos locais.
A evolução na vertente de ligação aos trabalhadores e às empresas conheceu passos significativos num quadro de dificuldades e debilidades objectivas e subjectivas que importa vencer.
Temos em curso uma tarefa política de grande responsabilidade, ainda pelo muito que falta fazer neste ano, quanto à conclusão da ação de contacto com os membros do Partido. Na situação atual assume importância principal a ação de contacto com os nossos militantes para a entrega do novo cartão, atualização de dados e elevação da militância cuja concretização constitui elemento estruturante para avançar nas direções fundamentais apontadas e impulsionar todo o reforço do Partido.
Impõe-se a adoção de medidas que permitam assegurar a rápida concretização desta ação com todo o impacto positivo que tem no reforço do Partido. Trata-se de fazer a atualização de dados, não só o esclarecimento da situação dos membros do Partido, mas também de promover a elevação da militância e de assegurar o seu aproveitamento.
No contacto com cada membro do Partido é necessário e possível apurar a disponibilidade para a assunção de responsabilidades e tarefas regulares, nas mais diversas áreas. Seja a intervenção em movimentos de massas, seja a responsabilidade por organismos e organizações, seja a tarefa de cobrança de quotas, mesmo que apenas de três ou quatro camaradas, seja a tarefa da difusão do Avante! ou de atividades de propaganda.
Trata-se de uma ação que devemos concretizar com rapidez, uma vez que o seu êxito depende de medidas capazes de fazer avançar os contactos a curto prazo e não do seu prolongamento e deslizamento no tempo. Para tal, devem ser tomadas medidas para que a ação seja completada, no essencial, até ao final do corrente ano.

Sobre as responsabilidades do Presidente da Comissão Europeia em process...

Tempo de Antena do PCP de 6 de Novembro de 2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Mais um orçamento de ficção para convencer incautos

               
Está em curso e confirmado pela discussão do OE 2015 na Assembleia da República, uma bem urdida operação manipuladora com o objetivo de tentar convencer a opinião pública duma redução da carga fiscal para o próximo ano.
Lamentavelmente, alguns órgãos da comunicação social, ditos de referência, têm-se feito eco desta campanha desinformadora e mesmo jornalistas também seguiram pelo mesmo diapasão, exceto aqueles a quem o primeiro-ministro catalogou como preguiçosos, patéticos e proferindo inverdades, pois não se dispuseram a pactuar com mistificações. 
Os factos, porém e tal como o algodão, não enganam e em 2015 os portugueses pagarão mais (2.006) dois mil e seis milhões de euros de impostos e as empresas menos (892) oitocentos noventa e dois milhões, ou seja, trabalhadores, pensionistas, reformados e outras classes que não auferem rendimentos de capital continuarão a ser fortemente penalizados ao passo que as empresas, especialmente as grandes com lucros elevados, beneficiarão como vem sendo habitual de redução substancial nesses impostos, aumentando assim os respetivos lucros.
Se esta realidade não constitui uma clara opção de classe do governo, então a comunicação social que lhe é afeta terá pela frente um duro trabalho para o tentar investigar e explicar, porém, sem fim à vista. 
Há exemplos no OE para 2015 que podem facilmente ser alvo de pesquisa para desmascarar toda esta manipulação, tais como, o da redução da taxa extraordinária de IRS de 3,5% para 2,5%, o da previsão de crescimento em 1,5% e o da introdução dum novo imposto indireto (fiscalidade verde).
Mas vamos a factos: com a chamada bolsa de despesas familiares, o governo pretende substituir as deduções à coleta que vigoram até ao presente momento, mas se tivermos em conta o exemplo dum casal com rendimentos médios, só com as deduções dos sujeitos passivos de 427,50 euros, as deduções de juros ou rendas de habitação de 229,00 euros e de despesas de educação de 670,70 euros, o casal deduzirá 1.327, 20 euros, mas com a bolsa no limite máximo de 600 euros, a perda atingiria 727, 20 euros, isto é, a dedução à coleta passaria para menos de metade; em relação à fiscalidade verde, o objetivo é essencialmente obter receita fiscal, muito embora o discurso do governo seja a defesa do ambiente, mas o que é certo é que, com a tributação sobre o carbono, o preço dos combustíveis subirá cerca de 3% (agravado com 160 milhões de euros na contribuição sobre o sector rodoviário) e o gás natural doméstico aumentará mais de 4%, sendo também afetado o preço da eletricidade, o que arrastará um aumento generalizado do custo dos bens e serviços para as famílias a suportarem ainda o aumento dos custos da água e dos resíduos, devido à revisão da taxa de gestão de resíduos e da taxa de recursos hídricos, isto para não falar sobre o imposto para os sacos de plástico.
A desfaçatez desta gente não tem medida nem baliza moral, o seu discurso é um conjunto de incongruências e mentiras, mentiras mil vezes repetidas que querem transformar em verdades, parafraseando Goebbels.

A única reforma efetuada foi a desarticulação do Código do Trabalho deixando os trabalhadores nas mãos do patronato, as medidas brutais que têm aplicado em matéria de cortes de salários, de pensões e de apoios sociais não são avaliadas nas suas consequências, em três anos aumentaram o desemprego para um milhão e meio de trabalhadores e contribuíram para dezenas de milhares de falências, desarticularam o ensino público e lançaram o caos com uma dita reforma da Justiça e ainda proclamam retomas e relançamentos que ninguém vê, pela linear razão de que não existem. Aumentam, sim, a pobreza e as desigualdades.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Sobre a situação na PT e a ameaça de venda e destruição da empresa

Novo rumo para o País

O País precisa de uma verdadeira mudança!

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Beja, Comício «Emprego, Direitos, Soberania»

O País precisa de uma verdadeira mudança!

O rumo que o país leva é cada vez mais preocupante e a perspectiva que está ensejada para o futuro, a manter-se este governo e a actual política de austeridade e concentração da riqueza, é o agravamento da situação e não a solução dos problemas e o tão propalado alívio na vida dos portugueses.
Como se previa, nada do que afirmavam há cinco meses atrás quando da saída formal da troika estrangeira se confirma.
A política de extorsão e confisco que se iniciou com os PEC's de Sócrates e prosseguiu com a política das troikas que PS, PSD e CDS impuseram ao País continua, dirigida contra aqueles que vivem do seu trabalho, de uma reforma ou desenvolvem uma actividade no comércio tradicional, na restauração, numa pequena ou média exploração agrícola, industrial ou oficinal e, de forma muito particular, contra as novas gerações às quais se fecha o direito a ter futuro.
Esta semana iniciou-se o debate da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano e o seu conteúdo, e a política que encerra segue o mesmo rumo de saque do nosso povo e de ruína da economia do País dos anteriores Orçamentos deste governo.

Encontro com o MURPI

sábado, 1 de novembro de 2014

Manifestação Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública

                                             

Declaração de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Lisboa

Manifestação Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública

Presente na manifestação para mostrar a solidariedade do PCP, Jerónimo de Sousa afirmou que há razões fortes para que os trabalhadores da administração pública lutem e que este protesto é "uma demonstração que os trabalhadores não estão de braços caídos, que não aceitam esta política e exigem uma nova política e um novo governo".