quarta-feira, 28 de maio de 2014

É possível, com a força e a luta dos trabalhadores e do povo, abrir o ca...

Com a CDU um futuro melhor para Portugal

                           A Constituição da República Portuguesa
Louis Antoine de Saint-Just, pensador e político revolucionário francês, declarou durante o período de profundas e positivas alterações da sociedade francesa no século XVIII que «a liberdade de um povo está na força e na duração da sua Constituição e a sua liberdade morre sempre com ela».
Nos dias de hoje, as sociedades europeias estão subjugadas à ideia da eficiência dos chamados mercados financeiros, do euro como moeda única e da União Europeia como um espaço onde se pratica a democracia e se procura o progresso, ideia essa transmitida pelos ministros, deputados e comentadores pertencentes à área política do governo e do PS, melhor dizendo do chamado centrão político, todos ao serviço do grande capital e das multinacionais que operam no nosso e noutros países da Europa connosco.
Embora não corresponda de todo à realidade, este discurso, de tanto ser repetido, transformar-se-á em verdade insofismável se não for vivamente contestado pela população, como tem acontecido e deverá acontecer mais, para que os seus autores não continuem a apregoar as balelas da saída da crise, da diminuição do desemprego, da retoma económica e de que governam desta forma porque o povo assim o quis, fazendo de nós peças descartáveis e doceis ou marionetas duma peça teatral de Polichinelo.     
Para eles as funções sociais dos Estado devem subordinar-se aos interesses financeiros e monopolistas e o salário é considerado, quando muito, uma concessão e não um direito, ao passo que nos mercados é que reside a eficiência e a racionalidade para bem de toda a população, ideia, no entanto, contrariada pela realidade da corrupção, fraude, crime organizado, paraísos e perdões fiscais e livre transferência de capital. E depois dizem-nos hipocritamente que não há dinheiro, estamos a viver acima das nossas possibilidades e que só podemos ter o Estado que podemos pagar, isto é, só podemos ter a democracia e a solidariedade social que os detentores do dinheiro permitam, em função dos seus próprios interesses.
A falência das políticas postas em prática pelo atual governo, a adesão ao Tratado Orçamental e a outros instrumentos vindos da União Europeia, continuam a produzir desigualdades, empobrecimento, estagnação económica, cortes nos direitos laborais, nas reformas e pensões, mas são consideradas medidas necessárias para a tal retoma que nunca chega.
Estamos a pagar uma dívida, impossível de liquidar nas condições atuais, para a qual não contribuímos, pois ela reside na desregulação do sistema bancário e no desvio do crédito do sector produtivo para a especulação imobiliária e bolsista, na procura de lucros elevados a curto prazo, originando mais concentração da riqueza e em Portugal os 25 mais ricos possuem mais de 10% do PIB e as três maiores fortunas continuam a crescer a bom ritmo.
Dizem que a baixa dos juros constitui um sucesso governamental, pois estão a 3,6% a 10 anos, mas não dizem que o Banco Central Europeu concede aos mercados dinheiro a 0,25% para eles investirem nas dívidas públicas e com cobertura de riscos garantida. Dizem também que conseguiram uma saída limpa, mas continuamos a ser considerados como lixo pelas agências de rating e a dívida pública atinge 130% do PIB.
Os partidos da troika (PS, PSD, CDS) foram duramente penalizados com boicotes, eliminação de mesas de voto, abstenção e, essencialmente, com os resultados obtidos nestas eleições europeias pelas mentiras, ações praticadas e falta de respeito pelo conteúdo da nossa Constituição e o presidente que a jurou cumprir e fazer cumprir fica numa posição insustentável por ter apoiado sem reservas o governo e ter ao mesmo tempo incentivado a população ao voto a favor duma Europa que não cumpre os desígnios da coesão social, da paz e do desenvolvimento económico como devia acontecer.
Porém, o crescimento da CDU, cujos elementos constituirão no Parlamento Europeu uma voz ativa para a necessária mudança, traz-nos a certeza de podermos encarar com confiança um futuro melhor para Portugal e para os portugueses no respeito pela Constituição de Abril.




segunda-feira, 26 de maio de 2014

Resultados nas eleições europeias

Declaração de Jerónimo de Sousa, Jerónimo de Sousa, Lisboa

Sobre os resultados eleitorais nas Eleições para o Parlamento Europeu



O resultado da CDU que é antes de mais a vitória da confiança e da esperança sobre a desistência e o fatalismo, uma vitória da verdade sobre a mentira, uma clara afirmação da vontade popular e da sua força para tomar nas mãos a construção de um futuro melhor e mais digno.
Um resultado que, confirmando o avanço eleitoral em sucessivos actos eleitorais, é também expressão da contribuição dada pela CDU com a sua votação mas também com o seu esclarecimento e mobilização, para a pesada derrota que os partidos do Governo, PSD e CDS, sofreram nestas eleições.
Os resultados agora conhecidos confirmam uma inequívoca derrota dos partidos do governo e uma contundente condenação da sua política. Um resultado que expressa no plano eleitoral o indisfarçável isolamento político e social do Governo PSD/CDS-PP para o qual, a luta dos trabalhadores e do povo português e a intervenção coerente das forças que integram a CDU, deram a mais decisiva contribuição.
Dando expressão à corrente de condenação do governo e da política da troika, o PCP anuncia hoje – após informação às componentes da CDU – a sua decisão de apresentar uma moção de censura ao Governo. Uma censura a uma política e uma prática de permanente confronto com a Constituição da República, de afronta à lei e de comprometimento do normal funcionamento das instituições.
Uma moção de censura que é também uma censura e uma condenação à política da troika e às manobras para manter por outra via, agora pelo Tratado Orçamental que PS, PSD e CDS impuseram e apoiam, o mesmo rumo de exploração, empobrecimento e dependência.
Uma moção tão mais actual e imperiosa quanto não só se avolumam nos últimos dias, ao arrepio de toda a propaganda sobre o milagre económico e a tal “saída limpa”, dados que confirmam o rumo de desastre económico (endividamento, défice orçamental, exportações) como o governo se prepara para numa “fuga para a frente” desencadear um novo assalto a salários e direitos como o Documento de Estratégia Orçamental confirma.
A dimensão da derrota do PSD e do CDS-PP – a mais baixa votação de sempre obtida por estes partidos, não deixa margem para outra leitura que não seja a de uma clara censura do povo português e de uma inequívoca afirmação nacional de exigência de demissão do actual governo e dissolução da Assembleia da República. Não há mão protectora de Cavaco Silva que dê legitimidade e credibilidade política a este governo. A expressiva condenação política agora verificada não deixa ao Presidente da República, por maior que seja a sua cumplicidade com o rumo de desastre nacional, outra decisão que não seja a da convocação de eleições antecipadas como a única saída digna e democrática que a situação do País reclama.
A CDU saúda os milhares de portuguesas e de portugueses que com o seu voto deram uma contribuição decisiva para o importante reforço eleitoral da CDU. A todos quantos confiaram como sempre o seu voto na CDU, a todos quantos pela primeira vez (incluindo muitos milhares de jovens) deram o passo de transformar o seu apoio e reconhecimento pelo percurso de seriedade e coerência em expressão de voto, a todos eles reafirmamos o nosso compromisso de sempre de honrar a palavra dada, de intervir em defesa dos trabalhadores e do povo, dos seus direitos e aspirações. A força maior com que saímos destas eleições é a força acrescida com que todos podem contar para estar ao seu lado na defesa dos seus interesses, para lhes abrir uma janela de confiança que sim é possível derrotar esta política. Sim, saímos mais fortes e maior será a confiança na possibilidade de avançar e tornar mais próxima a ruptura com a política de direita e a construção de uma política alternativa patriótica e de esquerda.
Sim, saímos determinados para com a voz da CDU reforçada no Parlamento Europeu dar mais força à defesa dos interesses do povo e do País, contra as imposições do grande capital, do Euro e da União Europeia.
Sim, daremos com este resultado, expressão mais genuína das muitas razões de luta e de protesto dos trabalhadores e do povo e a expressão consequente de todos quantos quiseram juntar o seu voto à corrente de acção e intervenção, um forte impulso para resgatar para os trabalhadores, para o povo e para o País os salários e rendimentos, os direitos e a soberania roubados.
A CDU saúda ainda particularmente os milhares de activistas da CDU – comunistas, ecologistas e independentes – que, lado a lado, com os candidatos, ergueram a campanha de esclarecimento e mobilização que não só constituiu o factor decisivo para o resultado da CDU como ampliou, na consciência dos trabalhadores e do povo, as razões e responsáveis pela situação do País, os constrangimentos ao desenvolvimento soberano do processo de integração capitalista, a urgência da derrota deste governo e da indispensável ruptura com a política de direita.
A CDU sublinha ainda o significado da condenação da política das troikas. Uma condenação expressa pela redução da expressão eleitoral dos três partidos – PS, PSD e CDS – que subscreveram, apoiaram e se propõem manter o rumo de exploração e empobrecimento, e que no seu conjunto viram a sua votação reduzir-se.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Europa que não queremos

                                      
Já não constitui qualquer segredo, nem tão pouco suscita dúvidas, a posição de subserviência da Europa em relação aos Estados Unidos.
No entanto e mesmo considerando que alguns menos avisados ou até ingénuos possam ainda proporcionar o benefício da dúvida aos que regem hoje os destinos da Europa, dita connosco, a ratificação a curto prazo dum Tratado entre as duas potências económicas irá desvanecer qualquer hipótese 
O referido Tratado, batizado como Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP), terá como objetivo eliminar obstáculos considerados inúteis ao comércio e ao investimento, incluindo os obstáculos não tarifários, colocando em prática mecanismos eficientes através duma contabilidade regulamentadora dos bens e serviços de ambas as partes, ou seja e por outras palavras, trata-se pura e simplesmente duma fusão dos respetivos mercados.
Os políticos neo liberais no comando dos destinos europeus e os seus congéneres em Portugal e noutros países desta velha Europa, batem as palmas de contentamento, dizendo que, desta forma (fusão), irão surgir grandes vantagens para ambos os lados que representam mais ou menos 60% do comércio mundial, só que fazem-se esquecidos sobre o facto relevante representado pela invasão das multinacionais americanas, favorecidas pela supressão das barreiras comerciais.
Esta desregulamentação conduzirá ao desaparecimento das pequenas e médias empresas europeias, cujos ativos serão vendidos pelas absorventes multinacionais americanas a empresas estrangeiras, a preços convidativos e a coberto das privatizações, aliás, a exemplo do que vem acontecendo agora no mercado único europeu com países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia em relação à Alemanha, único País a beneficiar com a chamada crise.
O referido Tratado, que podemos com realismo designar como o tratado da capitulação da Europa, irá acentuar a liquidação das empresas públicas e as funções sociais dos estados para financiar ainda mais acentuadamente o sector financeiro e os grandes lobbies representados pela Business Europe e a United States Chamber of Commerce. 
Como é de prever, este projeto, para entrar em vigor nos próximos cinco anos, será mantido bem longe do debate público, pois as partes envolvidas (Estados Unidos e União Europeia) não querem perder tempo face aos últimos desenvolvimentos da crise na Crimeia/Ucrânia em que a NATO, apostada em apoiar um regime nazi-fascista, impôs sanções a Moscovo que, por sua vez, procura acelerar compensatoriamente os seus contactos com a China.  
Tudo isto se passa à revelia dos povos europeus e é por essa razão que as próximas eleições para o Parlamento Europeu se revestem de particular importância, pois existe uma realidade sentida no nosso País com as condições impostas pela troika internacional (UE, FMI, BCE) para ultrapassarmos uma crise de que não somos culpados e existe outra realidade derivada da injusta distribuição dos custos dessa mesma crise, imposta pela troika nacional (PS, PSD, CDS), nas condições bem expressas no Pacto de Agressão que todos assinaram.

Esta não é a Europa da coesão social, da paz e do desenvolvimento económico com que nos acenaram e, assim sendo, no dia 25 de Maio o que se decide é eleger os que melhor podem defender os interesses dos trabalhadores e do povo no Parlamento Europeu, os que colocam Portugal à frente dos tais mercados e da Alemanha, mas também se decide o que queremos para o nosso próximo futuro e, nesse sentido, só o voto na CDU nos proporciona a garantia de conseguirmos esses objetivos.

Com toda a confiança

terça-feira, 20 de maio de 2014

CDU ao serviço do povo e do País

CDU na linha de Sintra contra o fim da ferrovia pública

O dia começou com uma viagem de comboio entre a Portela de Sintra e Queluz, contra a privatização da Linha de Sintra e a destruição da ferrovia, no decorrer da qual vários utentes se queixaram da sobrelotação das carruagens e expressaram o seu apoio à candidatura da Coligação.
João Ferreira recordou que o desmembramento da CP, a eliminação de linhas, a diminuição do número de passageiros ou aumento dos preços são consequência dos pacotes ferroviários aprovados por PS, PSD e CDS, e, referindo-se à privatização da SOREFAME, defendeu a necessidade de investir no sector ferroviário nacional.
Em contacto com trabalhadores municipais em Sintra, o primeiro candidato às eleições ao Parlamento Europeu apelou ao voto na CDU no dia 25 como forma de penalizar aqueles que roubam os salários e atacam os direitos dos trabalhadores. Durante a ação, a candidatura recebeu vários apoios, sendo afirmada a necessidade de dar mais força a quem combate a política de direita.
A manhã terminou com uma ação de contactos com comerciantes e a população de Agualva-Cacém, na qual João Ferreira esteve acompanhado pelo deputado comunista António Filipe e por dezenas de ativistas da CDU. Descendo a Av. dos Bons Amigos, a comitiva mobilizou e esclareceu a população sobre as propostas da Coligação, realçando o facto de os dois deputados eleitos pela CDU há cinco anos terem sido, entre os portugueses, os que mais trabalharam no Parlamento Europeu.

domingo, 18 de maio de 2014

«...vamos fazer das eleições de 25 de Maio um dia de luta nacional»

Dia 25 de Maio, CDU sem falta

Cresce onda de apoio e confiança na CDU

GRANDE COMÍCIO NO BARREIRO


Está a crescer o apoio popular à CDU. Este sábado, no Barreiro, um grande comício com mais de mil pessoas testemunhou, a meio da campanha oficial – e no dia da anunciada «saída limpa» do chamado programa de intervenção da troika -, como, a cada dia que passa, enche mais e mais essa vaga formada pelos que encontram na Coligação a única força que verdadeiramente defende na UE os interesses de Portugal e dos portugueses.
Uma recepção calorosa e um ambiente de enorme simpatia e confiança aguardava Jerónimo de Sousa e João Ferreira nesse histórico pólo industrial e centro ferroviário que é o Barreiro. No Largo S. Francisco Xavier, em Santo André, fechava assim da melhor maneira mais um dia de campanha inteiramente preenchido até aí por acções de contacto e esclarecimento desenvolvidas por ambos em roteiros autónomos.
O Secretário-geral do PCP, face à «imensa multidão» que tinha pela frente, considerou por isso ser este um «comício à altura do Barreiro, das suas tradições democráticas, do seu apoio à CDU».
«A CDU avança, com toda a confiança», foi, de resto, a palavra de ordem mais repetida, a começar logo no período de animação musical preenchido pela voz e guitarra de Filipe Narciso e que antecedeu as intervenções políticas.
E o primeiro a dirigir-se à imensa plateia foi Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal, que lembrou ser o Barreiro, como aliás todo o distrito de Setúbal, «uma região de combate, resistência, luta, proposta e construção».
Susana Silva, do PEV, candidata da CDU, teceu severas críticas ao Governo por apenas «defender os interesses dos grandes grupos económicos», estendendo-as ao PS por «ter sido cúmplice do PSD e do CDS-PP», bem como ao Presidente da República a quem acusou de «comprometimento com esta política».
O cabeça de lista da CDU, João Ferreira, abordando a propaganda da «saída limpa», concluiu que «para o povo e o País» esse slogan não tem sentido, pelo contrário, o que o acordo entre Governo e troika prevê é que «até 2038 o País esteja sujeito a vigilância reforçada» e que prossigam e se aprofundem as medidas de ataque à saúde, ao ensino, à Segurança Social, aos salários e pensões.
Não há saída limpa quando o que fica desta troika é um «rasto de destruição, pobreza e miséria», referiu, sublinhando que os únicos que têm razões para falar de «saída limpa são os banqueiros, os que ganharam milhões com os contratos SWAP ou com as PPP, os milionários que viram aumentar as suas fortunas.
Acusou a troika de agir com a «arrogância dos colonos que chegam às colónias» e dizem aos nativos que «não pensem que isto vai mudar», não poupando o Governo por protagonizar «um ato de vassalagem», numa alusão ao conselho de ministros realizado nesse mesmo dia.
«Promessas vãs, falsas promessas» é o que faz, por outro lado, o PS quando fala de «mudança», denunciou ainda João Ferreira, que lembrou que aquele «sempre esteve comprometido com o programa da troika», tal como nestes 37 anos de política de direita, alternadamente, foi responsável pela política que levou por exemplo à destruição da nossa indústria e das nossas pescas.
Lembrado pelo primeiro candidato da CDU foi ainda o facto de nenhum dos outros candidatos, do PS e do PSD/ CDS-PP, ter respondido ao desafio que lhes laçou de apontarem uma coisa importante para o País ou com impacto na vida dos portugueses - uma única que seja - em que PS e PSD/CDS-PP tenham votado de forma diferente entre si.
«Não responderam nem vão responder porque em todas as decisões políticas lá estiveram as assinaturas de PS, do PSD e do CDS-PP», afirmou João Ferreira, convicto de que a «única saída para o povo passa pela ruptura com esta política», por o País «recuperar o que é seu», por «os trabalhadores e reformados recuperarem salários e pensões».
O tema da «saída limpa» viria a ser retomado por Jerónimo de Sousa, que a apelidaria de «logro», asseverando que não só «não há saída nenhuma» como «o que sobrou é uma pesada factura para os trabalhadores e o povo, que estão a pagar com desemprego e exploração do trabalho, catástrofe social, depressão económica, impostos brutais, empobrecimento e agravamento das condições de vida de milhões de portugueses, serviços públicos degradados, agravamento dos principais problemas nacionais e hipoteca do desenvolvimento e futuro do País».
Depois de demonstrar de forma circunstanciada quanto acertadas foram as análises do PCP sobre as consequências das políticas e decisões de quem nos últimos anos tem governado o País – sem que lhe dessem ouvidos -, o líder comunista referiu que é chegada a hora de mostrar a todos os responsáveis pela situação, ou seja aos que assinaram o pacto de agressão - PS, PSD e CDS-PP e quem foi cúmplice como o PR - o mais vivo repúdio, dando o voto àqueles que falaram verdade, a CDU.
Posto por si a nu o verdadeiro conteúdo e objetivos do PEC IV do PS (pouco se diferenciando do pacto de agressão), Jerónimo de Sousa mostrou depois que todas as medidas das políticas de austeridade e do pacto de agressão foram um «autêntico assalto ao bolso dos trabalhadores e das populações», sem que isso se tenha traduzido na resolução de «nenhum dos nossos verdadeiros problemas» ou aberto caminho à sua solução.
Defendeu por isso que quem executou e quem aceitou esse pacto brutal «não tem razões para pedir o voto aos portugueses», aos trabalhadores (incluindo os trabalhadores da administração pública), aos militares, aos membros das forças e serviços de segurança, aos reformados, aos pequenos e médios empresários, aos agricultores, aos jovens sem trabalho e sem direitos, aos homens e mulheres da Ciência e Tecnologia (em particular os bolseiros de investigação), aos homens e mulheres da Cultura. «Poder, podem! Mas só significa afinal que os três juntos ou separados tentarão prosseguir a sua política de austeridade e sofrimento do povo», acrescentou o líder do PCP.
Esse propósito é de resto bem visível em documentos como o DEO (Documento de Estratégia Orçamental), advertiu Jerónimo de Sousa, frisando que nele se confirma a intenção de continuar com novos cortes, mais impostos, mais medidas penalizadoras dos rendimentos da maioria dos portugueses. Mas essa «política de voragem» está também espelhada, prosseguiu, nas novas propostas do Governo de alteração das leis laborais (liquidação da contratação colectiva), na «nova versão da falsa reforma do Estado que abre as portas ao plafonamento das contribuições para a segurança social, à privatização da saúde e da educação».
A proclamada «mudança» de que falam todos os que são responsáveis pela situação do País e com a qual alimentam a «campanha de mistificação e mentira» que eles próprios lançam, uns e outros, foi também objecto de análise de Jerónimo de Sousa, que concluiu que se os cabeças de lista do PS e do PSD trocassem de papéis na campanha não se dava pela diferença. «A gritaria de pseudo oposição mantinha-se e em relação ao essencial não haveria diferenças», sustentou, defendendo ser essa a razão pela qual o PCP defende que «não haverá saída sem uma ruptura com a política de direita, sem a derrota deste Governo, a sua demissão e a convocação de eleições».
Desenvolvidas pelo dirigente comunista foram ainda as linhas diferenciadoras da política com que a CDU se apresenta a estas eleições, observando que são propostas que correspondem aos interesses mais profundos do nosso povo.
E que comprovam que há alternativa e um outro rumo para defender os interesses do povo e do País. A essa alternativa dedicou ainda Jerónimo de Sousa parte da sua intervenção, assinalando que a mesma passa pela rejeição do «programa ilegítimo de submissão externa que permanece, das imposições supranacionais e das políticas do Tratado Orçamental e do Euro e das suas regras de chumbo sobre a dívida e o défice», bem como pela renegociação da dívida. Isto a par de uma política de «promoção da produção nacional que valorize a agricultura e as pescas, promova um programa de reindustrialização do País», «valorize o mercado interno», garanta uma mais justa distribuição da riqueza, e «resgate a soberania» afirmando o primado dos interesses nacionais nas relações com a União Europeia.
É por isso que «dar mais força à CDU», como afirmou o Secretário-Geral do PCP, é «afirmar que com a força do povo é possível um Portugal com futuro, numa Europa dos trabalhadores e dos povos».

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sacerdote apoiante da CDU

O PCP, ainda que tendo como base teórica o materialismo dialéctico, entende que as convicções religiosas não são, por si sós, susceptíveis de afastar os homens na realização de um programa social e político comum… O Partido Comunista tem, assim, proclamado a sua vontade de união com os católicos e, na prática das suas atividades, tem demonstrado a sinceridade das suas afirmações. Nós somos contrários a qualquer repressão em matéria religiosa. E, enquanto os sacerdotes se não servirem da sua liberdade de ação para fins políticos, nós defendemos que nenhuma limitação deve ser imposta à sua atuação. A esta nossa posição de concórdia, de entendimento, de unidade, que resposta têm dado os católicos?
Há aqui que distinguir. Por um lado, os trabalhadores católicos, assim como muitos católicos progressistas, particularmente os jovens, têm compreendido a necessidade dessa união na luta pelo pão, pela liberdade, pelo progresso e pela independência; por outro lado, porém, os mais autorizados representantes da Igreja Católica têm pregado o ódio aos comunistas, aconselhando o apoio às diferentes formas de fascismo. Assim, a Igreja intervém ativamente na política, colocando-se ao lado das ditaduras fascistas e contra as aspirações democráticas do povo português… («O Partido Comunista, os Católicos e a Igreja», Álvaro Cunhal, 1947, adaptação de texto).

domingo, 11 de maio de 2014

Por transportes públicos de qualidade

                   A CDU na continuação da defesa da Linha do Tâmega e do Douro

Nota de imprensa

A CDU na continuação da defesa da Linha do Tâmega e do Douro
Com a presença de dois candidatos ao parlamento europeu da CDU, Marcos Nunes (PCP) e
Mariana Silva (PEV), bem como de Isabel Baldaia (CDU-Livração e Toutosa), a CDU
apresentou hoje o historial de intervenção para a defesa, reativação, modernização e
electrificação das linhas do Douro e Tâmega. Assumimos compromissos com as populações
e prestamos contas do nosso trabalho efectuado pela CDU nas instituições em que os
deputados eleitos pela CDU estiveram e estão representados. Nomeadamente no parlamento
europeu, assembleia da república, assembleia municipal e de freguesia.
Enquanto a obra não avança tudo faremos para proporcionar à população a defesa do direito
a transportes públicos e das condições necessárias ao desenvolvimento humano e económico
das suas gentes e das nossas terras. Foi sublinhado pelos nossos candidatos ao parlamento
europeu, as opções desastrosas de abandono do investimento na ferrovia e as consequências
que teve e tem para o tecido produtivo e mobilidade regional e inter-regional dos seus
habitantes.
Ao longo de 32 anos, que abarcam governos do PS/PSD/CDS-PP, a política apontou como
prioridade o transporte rodoviário de base individual e, simultaneamente, promoveram
políticas sistemáticas de degradação e de irresponsável desinvestimento na rede ferroviária,
em especial nas ligações ferroviárias que servem as populações do interior.
A qualidade e o conforto do serviço, a frequência e adaptação da oferta são essenciais para
que a procura seja motivada e exponenciada. Para que isso possa ocorrer há que investir – e
muito - na requalificação e retificação das linhas, na sua eletrificação, na melhoria sensível das
condições de conforto e de segurança da respetiva utilização, por forma a que volte a atrair
passageiros, se torne um elemento relevante ao serviço do turismo, e se torne o modo
principal para o transporte de mercadorias e o instrumento ambientalmente mais sustentável
para as trocas comerciais e o transporte de produtos.
Ou seja, se tivesse havido vontade política, então a obra que tão ansiosamente as populações
servidas por este troço da linha do Douro continuam, e muito justamente, reclamar, já poderia
estar em fase final de execução. Recordamos que planos estratégicos dos governos de
Sócrates e agora de Passos Coelho sempre contemplaram projectos de intenção que o povo
viu como mais umas das promessas falhadas.
Prometemos na campanha de há 5 anos tudo fazer para solucionar o mal que os anteriores
governos fizeram e cumprimos. Agora assumimos o compromisso de continuar a lutar com as
populações para a concretização das obras tão necessárias para o nosso desenvolvimento.

--
Direcção da Sub-Região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do
Partido Comunista Português
Praceta 25 de Abril, Edif. Ribeiros, Loja FR AH
11/5/2014

Email: dvsbt.pcp@gmail.com
Tel./Fax 255 213 023

sábado, 10 de maio de 2014

Votar na CDU para mudar de rumo


Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Lisboa, Comício/Festa da CDU

Estas eleições são um importante contributo na afirmação da alternativa patriótica e de esquerda que o País precisa!

Iniciamos aqui com este grandioso comício a Campanha Eleitoral para o Parlamento Europeu.
Esta não é uma batalha secundária. Uma batalha que possamos subestimar, muito menos num momento tão grave e preocupante como aquele que o nosso País atravessa.
Esta é uma batalha de grande importância para o prosseguimento da luta do nosso povo pelo direito a decidir do seu futuro e pela salvaguarda e garantia dos seus interesses.
Esta batalha eleitoral que temos entre mãos é a continuação por outros meios – com o voto de cada um – da luta que os trabalhadores, o nosso povo, nós próprios, temos vindo a travar.
E vamos prossegui-la, para derrotar um governo e uma política muito concreta que PS/PSD/CDS concertaram entre si, afundando a vida de milhares e milhares de portugueses, hipotecando o seu futuro!
Uma batalha que pode e deve ser mais um importante contributo que se soma às grandes lutas de massas, na construção e afirmação da alternativa patriótica e de esquerda que o País precisa!
Uma batalha que para ser concretizada com êxito, precisa de alargar a votação na CDU!
Precisamos de mais votos na CDU e precisamos de eleger mais deputados!
É esse o desafio que temos pela frente nos próximos dias e até 25 de Maio, dia das eleições – fazer crescer a CDU e com ela, reforçar a luta pela verdadeira alternativa e vencer a batalha por uma real mudança na situação do País.

Eleições europeias para a mudança necessária

                                   A estratégia orçamental do governo
Suportada num descarado exercício de mentira e mistificação, o que o Governo prepara para 2015 e pretende continuar nos anos seguintes, se para tal lhe dermos hipótese, é a intensificação de uma política de agravamento das injustiças e das desigualdades, de aumento de exploração dos trabalhadores e favorecimento do grande capital nacional e estrangeiro, de redução do poder de compra da generalidade da população e de asfixia da actividade económica e das pequenas e médias empresas.
Uma política de mentira porque, ao contrário do que o governo proclama, o que vamos ter em 2015 é, não a reposição de salários ou pensões de reforma, mas sim a confirmação do seu roubo, tornando permanente aquilo que anunciara ser transitório, para o período do chamado programa de assistência financeira.
Uma política de aumento da exploração, da acentuação das injustiças, do empobrecimento e redução do poder de compra da população, porque o governo não só mantém a carga fiscal brutal sobre os rendimentos dos trabalhadores com o IRS, como lhes anuncia o aumento da TSU e um novo agravamento do IVA, ao mesmo tempo que mantém o benefício fiscal para o grande capital e os seus lucros, através do IRC. Uma política que agrava também a situação dos trabalhadores da Administração Pública com os cortes decorrentes da imposição da Tabela Remuneratória Única, dos cortes nos suplementos e no aumento dos descontos para a ADSE. Uma política que representa para os reformados e pensionistas o agravamento da sua já débil situação com a substituição de uma contribuição apresentada como sendo de natureza extraordinária a CES, por uma nova taxa de carácter permanente, a que acresce o impacto do aumento do IVA que também sobre eles irá recair.
Estas medidas agora anunciadas contribuirão para uma nova contracção do mercado interno o que arrastará mais umas centenas de pequenas e médias empresas para a falência e constituirá ainda um factor de estrangulamento do crescimento económico.
Inseparáveis do Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS subscreveram, e também dos compromissos destes partidos com o Tratado Orçamental da União Europeia para perpetuar o actual rumo de exploração, estas medidas tornam ainda mais actual e urgente a exigência da derrota do governo e da sua demissão, a ruptura com a política de direita que, ao longo dos anos e mais recentemente com os PEC e o Pacto de Agressão, diaboliza a vida dos portugueses e do País, reforçando assim a importância decisiva da mudança de rumo e, nesse sentido, do reforço da CDU enquanto factor imprescindível para a construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda.
Como é que o Governo pode continuar a falar em saída limpa da troika se, no momento em que devia devolver salários, pensões e direitos, anuncia novos cortes para 2015 e aumento de impostos? Porque mente descaradamente ao afirmar que no dia 17 de Maio nos vamos libertar do protetorado da troika, quando apresenta planos para manter até 2018 a política de exploração e empobrecimento?
O que sai do País não é a troika, mas sim a riqueza produzida pelos portugueses e o Documento de Estratégia Orçamental apresentado é sem dúvida alguma mais uma afronta ao povo português, aos seus direitos e à nossa Constituição, o que comprova que, ou os portugueses derrotam este governo ou o nosso futuro não será nada mais do que uma versão pior do nosso presente.
A política deste Governo é a política do enriquecimento de uns poucos à custa do empobrecimento de quase todos, mas é também uma política de atraso, endividamento e dependência do país.
O que o Governo propõe pelo menos até 2018 é a continuação do endividamento público, mais cortes no investimento, a destruição de empresas públicas e o encerramento de mais hospitais, maternidades, centros de saúde, escolas, tribunais e repartições de finanças.
O Governo mentiu e continua a mentir aos portugueses, pois durante três anos repetiu até à exaustão que os cortes e os sacrifícios eram temporários, que seriam aplicados apenas durante o Programa da troika, ou seja, até 2014, mas agora, com a apresentação do Documento de Estratégia Orçamental, deixa cair a máscara, revelando as suas verdadeiras intenções, ou seja, transformar em definitivo o que afirmou ser temporário.
Que mais será necessário para que os portugueses, já nas próximas eleições europeias, demonstrem claramente a sua indignação e protesto, mudando o sentido do voto e atirando estes cavalheiros, de pensar bafiento, para o caixote do lixo da História?

.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Eleições para o Parlamento Europeu

Conferência de imprensa

Apresentação do mandatário da Região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega da CDU nas eleições para o parlamento europeu de 2014


A CDU apresentou hoje Álvaro Pinto como mandatário político para a região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega. Na sessão de apresentação, que contou com a presença de Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela organização regional do Porto, foi destacada a importância destas eleições num momento de grandes exigências para o país.
O dirigente comunista destacou a importância de votar na CDU para eleger deputados que defendam o povo e o país, que não se submetam às imposições da União Europeias e que honrem a palavra dada. Destacou ainda que reforçar a CDU é reforçar a luta pela demissão deste governo.
A região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega tem vindo a ser enganada pelo PS, o PSD e o CDS, acusou Jaime Toga que deu o exemplo do adiamento da construção do IC35, a introdução de portagens nas ex-SCUT e a não electrificação da linha do Tâmega.
O Mandatário, Álvaro Pinto, afirmou-se honrado e empenhado para a tarefa, destacando a importância de reforçar a CDU, pois são os deputados da CDU os que mais trabalham no Parlamento Europeu em defesa dos portugueses, que nunca se submetem aos interesses das grandes potências e, por isso, devem merecer a nossa confiança.
A renegociação da dívida, a defesa dos serviços públicos e o apoio e promoção da produção nacional, designadamente da Agricultura e da indústria, foram destacados como prioridades políticas da CDU.

Álvaro Pinto tem 57 anos, foi presidente da Junta de Freguesia de Parada de Todeia e é Eleito na Assembleia Municipal de Paredes. É dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, da CGTP-IN. É dirigente associativo há vários anos, presidindo atualmente à direção do Futebol Clube de Parada.

 Penafiel, 2 de Maio de 2014