sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sacerdote apoiante da CDU

O PCP, ainda que tendo como base teórica o materialismo dialéctico, entende que as convicções religiosas não são, por si sós, susceptíveis de afastar os homens na realização de um programa social e político comum… O Partido Comunista tem, assim, proclamado a sua vontade de união com os católicos e, na prática das suas atividades, tem demonstrado a sinceridade das suas afirmações. Nós somos contrários a qualquer repressão em matéria religiosa. E, enquanto os sacerdotes se não servirem da sua liberdade de ação para fins políticos, nós defendemos que nenhuma limitação deve ser imposta à sua atuação. A esta nossa posição de concórdia, de entendimento, de unidade, que resposta têm dado os católicos?
Há aqui que distinguir. Por um lado, os trabalhadores católicos, assim como muitos católicos progressistas, particularmente os jovens, têm compreendido a necessidade dessa união na luta pelo pão, pela liberdade, pelo progresso e pela independência; por outro lado, porém, os mais autorizados representantes da Igreja Católica têm pregado o ódio aos comunistas, aconselhando o apoio às diferentes formas de fascismo. Assim, a Igreja intervém ativamente na política, colocando-se ao lado das ditaduras fascistas e contra as aspirações democráticas do povo português… («O Partido Comunista, os Católicos e a Igreja», Álvaro Cunhal, 1947, adaptação de texto).

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