sábado, 15 de novembro de 2014

Datas que marcarão a humanidade para sempre

                        
O passado dia 7 de Novembro marcou o 97º aniversário da Revolução Socialista de Outubro de 1917, acontecimento de maior expressão do século XX e da história da humanidade pelo significado de que se revestiu, pelas inéditas conquistas sociais e económicas alcançadas e pelo impacte provocado na vida dos povos, ainda bem visível nos dias de hoje.   
Apesar de importantes erros praticados, das ingerências externas e das traições internas, levando aos revezes sofridos pelo mundo socialista no final do século passado, cujos resultados são atualmente bem sentidos pelos trabalhadores e pelos povos de todo o mundo, expostos à exploração sem lei do capitalismo, continua bem presente e mais se acentua a ideia de que não foi o socialismo a ser derrotado, razão pela qual o projeto pela justiça social, a democracia e a liberdade permanece como o único capaz de sacudir o jugo imposto pelos exploradores e corruptos.
A Revolução Soviética tornou a Rússia czarista, atrasada, analfabeta, oprimida e explorada por um regime feudal, num dos países mais desenvolvidos do planeta, a União Soviética, demonstrando a possibilidade do poder ser constituído por um governo de trabalhadores e camponeses, dirigindo a sociedade de acordo com os seus interesses, direitos e aspirações.
Após a tomada revolucionária do poder, as primeiras decisões mostraram claramente a natureza proletária e popular do novo regime que, pelo Decreto da Paz, apelou às nações para que pusessem fim à guerra imperialista e caminhassem para uma paz democrática e pelo Decreto da Terra aboliu a propriedade privada, mas outros documentos sobre os direitos dos povos da Rússia e do povo trabalhador e explorado revelaram também a natureza e essência do poder soviético, combinando dialeticamente as particularidades nacionais com as leis gerais do desenvolvimento social expostas por Marx e Engels e aplicadas por Lenine, contribuindo para o aparecimento duma nova era na humanidade. 
Foi assim que o partido comunista, a classe operária e o povo soviético conseguiram alcançar em tempos bem difíceis grandes realizações políticas, sociais, económicas, técnicas, científicas e culturais que lançaram a URSS na senda do progresso e do desenvolvimento. A jornada de trabalho de oito horas, as férias pagas, a emancipação da mulher, a liquidação do desemprego, a gratuitidade da assistência médica e da educação, a eliminação do analfabetismo, o apoio à infância e o acesso generalizado à cultura, constituíram exemplos de direitos posteriormente seguidos por outros países. O exemplo permanece.
Outra data importante é a passagem dos 25 anos sobre a chamada queda do muro de Berlim que serve de pretexto a campanhas de anticomunismo primário e de intoxicação da opinião pública no sentido de lançarem a ideia do fim do socialismo que as forças políticas da social democracia tentam a todo o custo fazer passar, pois celebram esta data como o fim da RDA e a sua anexação à RFA e a consequente formação duma grande Alemanha imperialista, cujos resultados já se fazem sentir atualmente no seio da União Europeia, especialmente nos países periféricos a braços com o garrote imposto pela Sr.ª Merkel.
A queda do muro de Berlim transformou-se assim numa espécie de símbolo do triunfo do capitalismo sobre o socialismo, no entanto, a evolução da situação internacional na última vintena de anos desmente categoricamente esta delirante teoria, assim como outra sobre o fim da luta de classes ou a morte do comunismo que não passam de meras declarações de intenção dos autores, até porque não os vemos minimamente preocupados com a existência de outros muros, tais como, o da Cisjordânia com Israel, isolando os palestinianos, o que separa uma parte dos Estados Unidos do México, o que separa gregos e turcos em Chipre, o que ainda separa católicos e protestantes na Irlanda, o que divide a Índia e o Bangladesh, o que separa as duas Coreias e o muro dos preconceitos, impulsionador de todos eles e todos eles ceifando milhares de vidas humanas.
Apesar de todas as dificuldades dum processo acidentado e repleto de avanços e recuos, o futuro da humanidade continua a ser o socialismo para transformar a sociedade, tornando-a mais justa, democrática e livre da exploração.


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