O cenário repete-se inexoravelmente
terça-feira, 27 de agosto de 2013
O drama dos fogos florestais
A persistência
incompreensível do desordenamento florestal, originando o estado caótico da
floresta que continua a arder com óbvios prejuízos para a economia nacional, a
falta de investimento na prevenção, o número elevado de acidentes mortais nas
Corporações de Bombeiros e a perda elevada de material circulante, a par de
acidentes graves com as populações e a perda do seu património, tantas vezes
conseguido com anos e anos de labuta árdua e a falta de limpeza adequada das
matas, teem sido há uns anos a esta parte as características dominantes no
panorama dos fogos florestais no nosso País e estão a tornar 2013 um ano
caótico.
Apesar do PCP ter
reiteradamente pugnado pelo Reordenamento Florestal, como a mais importante
medida preventiva dos fogos florestais e tem reafirmado que não basta legislar
contra incêndios na floresta, sendo imprescindível também determinar quem
fiscaliza, notifica e faz cumprir a legislação, muito pouco tem sido feito
nesse sentido.
A lógica atual e as suas
prioridades determinam que há mais orçamento para o combate do que para a
prevenção, mas esta situação deve ser completamente invertida, se tivermos em
conta os resultados obtidos até hoje e bem podem os representantes
governamentais continuar na lenga lenga das condições atmosféricas e do terreno
mais ou menos rochoso e sinuoso ou da adequação do dispositivo, enquanto há
bombeiros a combater fogos sem o adequado equipamento de proteção individual,
conforme tem sido visível através das câmaras televisivas.
Para o PCP existem alguns pressupostos de urgente
implementação, no sentido de ser possível atacar este problema com pés e
cabeça, a saber:
1. Que sejam conhecidos os relatórios das
investigações dos incêndios.
2. Que sejam divulgados, como medida pedagógica, os
relatórios da investigação dos acidentes com viaturas de bombeiros, que se
dirigiam, regressavam ou estavam nos incêndios.
3. Que sejam divulgados como medida
pedagógica os relatórios da investigação dos acidentes em serviço dos quais
tenham resultados a morte ou incapacidade (temporária ou definitiva) de
bombeiros.
4. Que, revelando-se necessário, aumentem
as coberturas do seguro de acidentes pessoais dos bombeiros, no mínimo para o
dobro, cujo tomador são as Câmaras Municipais (portaria nº. 1193/2009) e
sabendo das dificuldades de disponibilidade financeira das Autarquias, que o
Governo tome medidas para assegurar o respectivo financiamento.
5. Que se avalie se o tempo e o tipo de
formação são os necessários para tão exigente e arriscada missão.
6. Que o Governo assegure que a todos os
homens e mulheres que vão combater os fogos será disponibilizado o seu
equipamento de protecção individual.
7. Que sejam asseguradas medidas por parte do Governo
de apoio às populações afectadas, para colmatar os seus prejuízos.
O
Não consta que para os lados do Pontal, onde como
habitualmente a demagogia e a mentira estiveram presentes, com o discurso da
retoma e do estamos no bom caminho, este e outros assuntos cruciais para a vida
dos portugueses tenham sido sequer aflorados e é por essa e outras razões que
este é um governo que o povo não quer, que não reconhece como seu e ao seu
serviço, sendo necessário substituí-lo com urgência para serem evitados males
maiores.
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