quarta-feira, 20 de julho de 2016

É urgente acelerar as reformas no SNS

No Centro de Saúde de Vila Real de Santo António os mortos passam pelo meio dos vivos.
De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses no Centro de Saúde de Vila Real de Santo António sempre que há uma morte, os cadáveres são colocados numa sala sem qualquer refrigeração enquanto aguardam transporte pelas funerárias. Nuno Manjua, dirigente do sindicato no Algarve salienta que a solução que a ARS encontrou foi construir outra sala, no entanto" quando finalizaram as obras deram-se conta de que o espaço é demasiado exíguo e não tem espaço para tratar dos corpos".
Segundo o sindicato dos enfermeiros nesta sala onde foram feitas obras cabe apenas uma maca.
O pior, diz o sindicato é que os corpos para chegarem ao local onde são depositados passam pelo meio dos utentes que aguardam atendimento." Passam pela porta do bar, pelas pessoas que aguardam atendimento nas consultas", diz Nuno Manjua. Segundo este sindicalista já tem acontecido os cadáveres ficarem lá um fim de semana inteiro, o que, sem refrigeração, leva a que o cheiro seja " insuportável".
Numa reunião realizada com a ARS no início deste mês o sindicato diz ter recebido a garantia de que a a situação estava resolvida mas segundo Nuno Manjua continua tudo na mesma.
Presidente da ARS do Algarve responde
Moura Reis diz que foi com surpresa que recebeu a denúncia do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. O Presidente da ARS do Algarve admite que a sala onde fizeram obras é pequena demais mas garante que no início deste mês tinha dado ordens para a utilização de uma outra sala, mais refrigerada e por onde os corpos não têm de passar frente aos utentes.
Ainda segundo a Administração Regional de Saúde aquele é um local para colocar apenas temporariamente os cadáveres já que a cerca de 30 metros situa-se a morgue municipal, com todas as condições exigidas.
Comentário:
MUSP
Mais um caso a mostrar o resultado nefasto das políticas postas em prática durante anos, nomeadamente nos últimos quatro, que causaram profundas rupturas em meios humanos e materiais no Serviço Nacional de Saúde.

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