quarta-feira, 24 de maio de 2017

INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, ROMAGEM A CATARINA EUFÉMIA

«Não desistiremos da luta e do papel que nos cabe na defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País!»

«Não desistiremos da luta e do papel que nos cabe na defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País!»
Uma vez mais aqui estamos a prestar homenagem a Catarina Eufémia e ao seu exemplo de dignidade e abnegada coragem. Aqui estamos a homenagear essa mulher de luta, combatente firme e decidida contra a exploração e opressão, pelo direito ao pão, ao trabalho, à terra, orgulho do proletariado dos campos do Alentejo, orgulho de todos os trabalhadores portugueses, orgulho do PCP, o seu Partido.
Aqui estamos a manifestar o nosso respeito e admiração a essa mulher que se tornou símbolo da luta do nosso povo pela liberdade e da emancipação dos trabalhadores e do povo.
Aqui estamos lembrando esses acontecimentos dramáticos de 19 de Maio de 1954 em que Catarina Eufémia, enfrentando corajosamente a força bruta fascista, tombou às suas balas assassinas. Carregava consigo um filho nos braços e outro no ventre, e com ela, estavam tantos outros braços destas terras de Baleizão, em greve por melhores jornas, mulheres e homens trabalhadores sujeitos a uma brutal dureza de vida, - falta de trabalho, ou o trabalho de sol a sol, salários de miséria, a fome - e a total ausência de direitos, em que uma minoria de latifundiários tudo dominava e concentrava a riqueza do que a terra produzia.
Ao homenagear Catarina é a longa e heróica luta dos trabalhadores agrícolas do Alentejo que temos presente. A sua luta contra a exploração e pela democratização do acesso à terra, pelo bem-estar do povo trabalhador destes vastos campos. É recordar e homenagear os milhares de homens, de mulheres e de jovens que, antes e depois do assassinato de Catarina, foram perseguidos, presos, torturados, mortos.
Ao evocar o seu nome é a luta da resistência contra o fascismo e da luta pela democracia e a liberdade que aqui se chama e está presente. A luta de gerações de antifascistas que perderam a vida ou sofreram as consequências da sua opção de fazer frente ao odioso regime fascista de Salazar e Caetano – essa ditadura terrorista dos monopólios e dos agrários.....

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