quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A luta continua

                                      Não há festa como esta
Tratando-se do maior acontecimento sócio cultural do País, com notáveis repercussões internacionais, a Festa do Avante constitui também um momento político de importância ímpar.
Desde os seus construtores, cujo trabalho voluntário consegue todos os anos implantá-la e colocá-la em funcionamento, até aos participantes constituindo sempre um programa aliciante e diversificado, a Festa foi possível inicialmente dadas as condições criadas pela Revolução que nos trouxe a democracia e, consequentemente, afirma os valores do 25 de Abril, reforçando ao mesmo tempo o partido que é portador de um projeto de transformação da nossa sociedade, o Partido Comunista Português.   
Os valores que se manifestam na Festa do Avante, liberdade criadora, participação desinteressada, disponibilidade revolucionária, possuem raízes profundas em Abril e mostram, aos muitos milhares de pessoas que a visitam, ter valido a pena dar o salto político e emancipador que derrubou o fascismo em Portugal e, num momento crítico e o mais sombrio da nossa história recente, fica bem patente quem são aqueles que, não cruzando os braços, não abandonam a luta pelos seus ideais, pelo bem do povo e do País, sendo também por essa razão que a Festa do Avante ao atingir uma dimensão de solidariedade internacionalista, de apelo à paz, de fraternal convívio e de encontro da juventude, torna-se uma jornada de luta contra o atual governo apostado na liquidação de direitos, no aumento da exploração e no empobrecimento, ao mesmo tempo que favorece escandalosamente o grande capital monopolista.
Desiludam-se aqueles que preconizaram o desaparecimento ou envelhecimento do PCP, mas bem pelo contrário podem estar certos da sua contribuição para a luta por melhores dias, pois o País não está condenado a um estatuto terceiro mundista e para o necessário salto em frente com vista a uma alternativa que é possível a esta política que nos inferniza a vida, terão que contar com o PCP.
O coletivo comunista encara o futuro com confiança, apesar das malfeitorias aplicadas à população portuguesa, especialmente a mais desfavorecida, uma vida melhor está no horizonte e está nas mãos do povo alcançá-la. È preciso lutar para a demissão deste governo e é urgente uma alternativa patriótica e de esquerda com outro rumo que lance o País no desenvolvimento económico e devolva aos portugueses tudo o que até agora lhes foi sonegado em direitos, salários, pensões, reformas e serviços de proximidade, consagrados na nossa Constituição que tem sido letra morta, por não ser cumprida, nem a fazerem cumprir.
A Festa do Avante tornou-se, pois, em mais uma jornada de luta que vai continuar, marcando assim uma clara diferença entre aqueles que encaram a política como um instrumento para servir o povo e o País e os que se servem da política para prosseguirem com as medidas conducentes à concentração e restauração do capitalismo monopolista e explorador, responsável pelo aumento do empobrecimento, da exploração, das injustiças sociais e pelo rumo de desastre nacional bem à vista, apesar de nos contarem descaradas mentiras, utilizarem despudoradas mistificações e artificiosos embustes, tentando convencer-nos de que estão no bom caminho.
Esta foi também a Festa das comemorações dos 40 anos da Revolução de Abril, tornando-se por essa razão como um marco histórico no conjunto das edições já realizadas e levantando bem alto o significado duma democracia avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal. 


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