Não há
festa como esta
Tratando-se do maior acontecimento sócio cultural do País, com notáveis
repercussões internacionais, a Festa do Avante constitui também um momento
político de importância ímpar.
Desde os seus construtores, cujo trabalho voluntário consegue todos os
anos implantá-la e colocá-la em funcionamento, até aos participantes
constituindo sempre um programa aliciante e diversificado, a Festa foi possível
inicialmente dadas as condições criadas pela Revolução que nos trouxe a democracia
e, consequentemente, afirma os valores do 25 de Abril, reforçando ao mesmo
tempo o partido que é portador de um projeto de transformação da nossa
sociedade, o Partido Comunista Português.
Os valores que se manifestam na Festa do Avante, liberdade criadora,
participação desinteressada, disponibilidade revolucionária, possuem raízes
profundas em Abril e mostram, aos muitos milhares de pessoas que a visitam, ter
valido a pena dar o salto político e emancipador que derrubou o fascismo em
Portugal e, num momento crítico e o mais sombrio da nossa história recente,
fica bem patente quem são aqueles que, não cruzando os braços, não abandonam a
luta pelos seus ideais, pelo bem do povo e do País, sendo também por essa razão
que a Festa do Avante ao atingir uma dimensão de solidariedade
internacionalista, de apelo à paz, de fraternal convívio e de encontro da
juventude, torna-se uma jornada de luta contra o atual governo apostado na
liquidação de direitos, no aumento da exploração e no empobrecimento, ao mesmo
tempo que favorece escandalosamente o grande capital monopolista.
Desiludam-se aqueles que preconizaram o desaparecimento ou
envelhecimento do PCP, mas bem pelo contrário podem estar certos da sua
contribuição para a luta por melhores dias, pois o País não está condenado a um
estatuto terceiro mundista e para o necessário salto em frente com vista a uma
alternativa que é possível a esta política que nos inferniza a vida, terão que
contar com o PCP.
O coletivo comunista encara o futuro com confiança, apesar das
malfeitorias aplicadas à população portuguesa, especialmente a mais
desfavorecida, uma vida melhor está no horizonte e está nas mãos do povo alcançá-la.
È preciso lutar para a demissão deste governo e é urgente uma alternativa patriótica
e de esquerda com outro rumo que lance o País no desenvolvimento económico e
devolva aos portugueses tudo o que até agora lhes foi sonegado em direitos,
salários, pensões, reformas e serviços de proximidade, consagrados na nossa
Constituição que tem sido letra morta, por não ser cumprida, nem a fazerem
cumprir.
A Festa do Avante tornou-se, pois, em mais uma jornada de luta que vai
continuar, marcando assim uma clara diferença entre aqueles que encaram a
política como um instrumento para servir o povo e o País e os que se servem da
política para prosseguirem com as medidas conducentes à concentração e
restauração do capitalismo monopolista e explorador, responsável pelo aumento
do empobrecimento, da exploração, das injustiças sociais e pelo rumo de
desastre nacional bem à vista, apesar de nos contarem descaradas mentiras,
utilizarem despudoradas mistificações e artificiosos embustes, tentando
convencer-nos de que estão no bom caminho.
Esta foi também a Festa das comemorações dos 40 anos da Revolução de
Abril, tornando-se por essa razão como um marco histórico no conjunto das
edições já realizadas e levantando bem alto o significado duma democracia
avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal.
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