quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Pela Paz

                                           Apelo à humanidade
O Conselho Mundial da Paz é uma instituição suprapartidária criada em 1949, no período pós II Guerra Mundial, por organizações de todo o mundo que lutam pela paz, pela coexistência pacífica e pelo desarmamento nuclear. A sua sede na Finlândia foi posteriormente transferida para a Grécia, onde se realizou um Congresso na cidade de Atenas em Maio de 2004 em que estiveram presentes representantes de 100 grupos pacifistas de todo o mundo.
Aproximando-se a data da próxima cimeira da NATO, a realizar de 4 a 6 de Setembro do corrente mês de Setembro no País de Gales, o Conselho Mundial da Paz apelou a todas as pessoas do mundo amantes da paz para se mobilizarem por um Dia Internacional de Protesto contra a NATO que teve lugar em 30 de Agosto passado e contou com a presença de muitos milhares de pessoas por todo o planeta, incluindo Portugal.
No ano que agora decorre assinalam-se o 100º aniversário do início da I Guerra Mundial e o 75º do início da II Guerra Mundial, conflitos de índole imperialista da história humana que levaram à morte cerca de 70 milhões de pessoas, à destruição de muitos países, suas economias e recursos naturais e prejudicando seriamente a qualidade do meio ambiente.
Sobre este assunto, seguem-se alguns extratos da posição do Conselho Mundial da Paz que nos diz o seguinte: Foi descrito como «a guerra para acabar com todas as guerras», isto em relação à I Grande Guerra, mas hoje, um século mais tarde, o potencial militar para destruir vidas e um ambiente habitável encontra-se a um nível aterrorizante e continua a aumentar.
Diariamente, em todo o mundo, as pessoas sofrem com os conflitos armados, o crescimento militar, a ocupação, atos de intimidação e agressão, modernização e proliferação de armas nucleares e outras armas de destruição maciça. A crise económica capitalista agrava mais ainda a vida das pessoas, enquanto os lucros das indústrias de guerra crescem.
O centenário da I Guerra Mundial deve ser um momento de reflexão, para o fortalecimento da paz e para o estímulo da amizade e da solidariedade internacional, baseadas na igualdade e no respeito pela soberania dos povos. Deve ser apontado para acabar com o domínio económico dos monopólios e corporações multinacionais e também contra as alianças militares agressivas. Por isso, devemos agir contra a NATO, a principal máquina de guerra do mundo.
O Conselho Mundial da Paz sublinha a necessidade de retirar conclusões sobre o período que conduziu à invasão nazi da Polónia no dia 1 de Setembro de 1939 e ao início da II Guerra Mundial. A gloriosa resistência dos povos contra o fascismo e o nazismo, em combinação com a luta e as dezenas de milhões de vítimas da URSS, conduziram à libertação da Europa do fascismo e à vitória dos povos. A situação internacional no pós-guerra, a fundação da ONU e a sua Carta criaram uma nova realidade para os povos e para a sua luta pela liberdade e soberania. Tudo isto está hoje a ser ferozmente posto em causa e derrubado e estão em marcha esforços para substituir a ONU pela NATO, forças neofascistas crescem em várias partes da Europa ao serviço de ideologias e planos reacionários contra os povos. 
A NATO é a maior, a mais forte e mais agressiva aliança militar no mundo de hoje. Firmemente dominada pelo imperialismo dos EUA, a NATO é também o pilar da estratégia de defesa da União Europeia. Atualmente, a NATO tem 28 Estados membros na América do Norte e na Europa. Outros 22 Estados estão envolvidos no chamado «Conselho de Parceria Euro-Atlântico» (EAPC). A juntar a estes, outros 19 Estados estão envolvidos em todo o mundo com a NATO, através de programas como o «Diálogo do Mediterrâneo» ou a «Parceria para a Paz», por incrível que pareça, pois a NATO é um inimigo da paz, estando empenhada nas doutrinas do primeiro ataque e dos ataques preventivos. Como aliança militar ofensiva está pronta para intervir antes que a diplomacia tenha a devida oportunidade, se tal for do interesse do imperialismo ocidental. A expansão da NATO e as suas provocações – como a atual crise na Ucrânia demonstra – são diretamente responsáveis pela desestabilização, agitação, violência e guerra. A NATO é um inimigo dos povos. Quando intervém, os seus membros utilizam regularmente armas tóxicas que contêm, por exemplo, urânio empobrecido ou fósforo branco e considera as armas nucleares como parte fundamental da sua estratégia de defesa. Com a intervenção da NATO, os resultados são sempre o aumento da destruição, de refugiados e de morte. Os exemplos das guerras na antiga Jugoslávia e a criação do protetorado do Kosovo, as intervenções no Afeganistão e Líbia, a agressão contra a Síria e o Iraque, provam que a NATO não trouxe nem paz nem democracia. A dissolução da NATO deve ser uma prioridade para os que defendem a paz, a justiça social e o progresso e também o direito de cada povo lutar para sair dela.
Conselho Mundial da Paz, Maio de 2014.






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