Conforme a recente reabertura de embaixadas em Cuba e nos Estados
Unidos foi saudada a nível global, embora ainda estejam por solucionar a
entrega da base naval de Guantánamo cujo território continua ilegalmente
ocupado e o embargo económico ao heróico povo cubano, sempre apoiado por larga
maioria nas votações da ONU e noutras imensas iniciativas, e já começa a surgir
no horizonte nova e preocupante atitude provocatória na América do Sul.
Com efeito e a partir da República Cooperativa da Guiana, tanto a CIA,
como o MI6 e a Mossad estão a organizar atividades de intervenção na Venezuela,
País soberano da América Latina, visando desestabilizá-lo, assim adverte o ex
vice-presidente venezuelano José Vicente Rangel.
O passar dos tempos, para aqueles que não se sentem subjugados por
preconceitos acéfalos ou obscuros interesses, habituou-os a olhar a prática do
imperialismo norte-americano como o principal motivo de perturbação a nível
mundial e, nesse sentido, a América Latina sempre foi considerada pelas
autoridades americanas como o seu pátio traseiro, não sendo aí tolerado o
desenvolvimento de ideias progressistas e anti-imperialistas, por muito que
essas ideias possam ir de encontro aos legítimos direitos e anseios dos
respetivos povos.
Já Lenine dizia que «não só nos países recentemente descobertos, mas
também nos velhos, o imperialismo conduz às anexações, à intensificação da
opressão nacional e, por conseguinte, intensifica também a resistência».
José Vicente Rangel afirma
que estão sendo organizadas atividades, tais como treinamento militar e de
inteligência com tropas da Força de Defesa da Guiana, coadjuvadas por forças
especiais estado-unidenses com a finalidade de infiltração no território venezuelano.
Entretanto, as autoridades
militares de inteligência venezuelanas detetaram a existência de grande fluxo
de armas a partir da Guiana Essequiba e já anteriormente, 12 de Junho passado, elementos
do governo tornaram público o seu repúdio em relação à atitude de ingerência do
Alto Comissariado da Grã-Bretanha, Gregory Quinn, também a partir da Guiana
Essequiba, território este que o governo venezuelano reclama totalmente como
seu, pois somente possui a parte oriental e onde a norte americana Exxon Mobil
começou operações de exploração petrolífera em Abril passado.
E assim se vão unindo as
pontas para que o pretenso estado «polícia do mundo», com o apoio de governos
com políticas de direita, continue o seu caminho de ingerência, invasão, morte
de milhões de vítimas inocentes, destruição de património cultural de valor
incalculável, sem respeito por culturas e modos de vida diferentes, fuga
desesperada de milhares de refugiados para a Europa e ocasionando também a
formação de sentimentos de retaliação e vingança, concretizados pelo
aparecimento de estados fundamentalistas que semeiam, também eles, a morte e a
destruição em países soberanos com uma violência que parece não ter fim à vista,
pois envolve cada vez mais protagonistas, beneficiando apenas os traficantes de
seres humanos e de armamento.
A política externa norte
americana continua por caminhos sinuosos e perigosos.
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