quarta-feira, 19 de junho de 2013

Atualidade Nacional

                                          Atualidade Nacional
Três temas marcaram sem dúvida a agenda política e laboral da semana transata, não só pela ação dos intervenientes, mas também e principalmente pelo impacte causado na sociedade portuguesa.
Um deles foi a comemoração do 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, iniciativa que contou com a presença das mais altas individualidades e, como é habitual, do Presidente da República e do Primeiro-ministro, os quais foram apupados pela assistência, durante as cerimónias militares. Somente as forças armadas e os antigos combatentes tiveram direito a fortes aplausos.
Esta situação comprova uma vez mais que o País padece de rutura social e política, sendo falta de bom senso continuar no rumo atualmente seguido, caracterizado por incomportável sofrimento para amplas camadas da população com um desfecho impossível de vaticinar, mas seguramente de contornos preocupantes.
Cabe aqui abrir um parêntesis para condenar vivamente as palavras afrontosas proferidas há dias pelo chefe do grupo parlamentar do PSD, o qual, sem pestanejar e sorridente, afirmou que os portugueses estão melhor da vida do que há dois anos. Tal afirmação, para além de constituir uma descarada mentira, não abona em nada a pessoa e o lugar que ocupa.
Outro tema sobressaiu pela negativa e teve a ver com a deslocação a Bruxelas do mais alto magistrado da Nação, o qual afirmou, em conferência de imprensa conjunta com Durão Barroso, que o FMI deveria sair do grupo de instituições que elaboram os planos de ajuda financeira a países com dificuldades.
Esta afirmação obrigou o Presidente da Comissão Europeia a uma correção no sentido de tornar claro que a participação do FMI nos programas de ajuda a Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre foi da responsabilidade dos estados membros e ainda acrescentou que as medidas implementadas pelas instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) resultam de um mandato que lhes é conferido pelos países europeus, não sendo, portanto, decisões delas próprias, pois as decisões foram tomadas por unanimidade pelos estados membros da Zona Euro, ou seja, a troika internacional atua mediante um mandato conferido e, no caso de Portugal, a troika nacional estipulou as medidas que o atual governo sempre pretendeu e continua a pretender levar mais além.    
No entanto, existe parte substancial de responsabilidade relativamente à preparação das medidas e, nesse sentido, Barroso até admitiu parte dessa responsabilidade e o próprio FMI (Fundo Monetário Internacional) já veio retratar-se ao afirmar que cometeu erros. Com erros ou sem eles, com assunção de responsabilidades ou sem ela, o principal obreiro nesta trapalhada toda, aqui em Portugal, é o governo que continua apostado no caminho da desgraça social e do descalabro económico.
O terceiro tema, também polémico e a deixar a população portuguesa ligada à Educação em polvorosa, reside na luta dos professores pela dignificação da profissão e duma Escola Pública de qualidade, tendo a grande manifestação realizada em Lisboa, contribuído claramente para deitar por terra a tentativa do governo, único responsável pela situação, de virar pais e alunos contra os professores. Todos já entenderam muito bem que o ministro da Educação, não possui qualidades para o cargo, tornando-se num pau mandado do Ministério das Finanças e todos também já perceberam que nas opções ideológicas do governo reside uma clara intenção de liquidar o Estado Social, razão, entre outras e de não menor importância, para exigirmos novo rumo para o País.







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