Aos Baionenses
As próximas eleições autárquicas
realizam-se num quadro de forte agravamento das dificuldades da população
portuguesa e como resultado das políticas de direita seguidas pelo atual e anteriores
governos, mas também da aplicação do chamado Memorando de Entendimento mais
propriamente designado por Pacto de Agressão assinado em 2011 pela troika nacional (PS, PSD, CDS) e pela troika internacional (FMI, BCE, CE), com
o pleno patrocínio e apoio incondicional do Presidente da República, e cujo
conteúdo constitui um forte ataque aos direitos sociais e laborais, às
instituições democráticas nomeadamente ao poder local e às funções sociais do
Estado, colocando em causa o desenvolvimento, o progresso social, a soberania e
a independência nacionais.
As principais preocupações da esmagadora
maioria dos portugueses, nos dias de hoje, centram-se no aumento do desemprego
e da exploração, na pobreza crescente e nas injustiças sociais, na corrupção,
no encerramento de serviços públicos essenciais ou no agravamento dos seus
custos e quebra da sua qualidade, nos salários em atraso, na precariedade e na
falta de investimento.
O concelho de Baião, com uma taxa de
desemprego a rondar os 25% e a ameaça de encerramento crescente de micro,
pequenas e médias empresas e o abandono da agricultura, acompanha,
infelizmente, esta onda de crise aguda, apresentando índices elevados de
emigração, com a agravante de ter sido sempre governado autarquicamente pelas
mesmas forças políticas (PS e PSD) as quais, digladiando-se no discurso, sempre
convergiram na prática e as reuniões camarárias representam bem a prova desta
realidade.
Não é seguramente por mero acaso que
muitos baionenses continuam a afirmar que a única oposição existente no concelho
sempre se identifica com o PCP e a CDU, quer através de comunicados dirigidos à
população, denunciando e levantando problemas, quer mobilizando os seus
Deputados da Assembleia da República para a sua solução, quer ainda
apresentando propostas em sede de PIDDAC.
São sobejamente conhecidas as nossas posições
relativamente à extinção de Freguesias e Escolas, da ameaça de encerramento do
Tribunal da Comarca, da Repartição de Finanças, das Delegações da Segurança
Social e dos Correios, do nosso esforço pela criação do novo Centro de Saúde
com manutenção do SAP e do Internamento, da fixação inexplicavelmente sempre
adiada de profissionais médicos e da transferência do material radiológico
das antigas para as novas instalações, da melhoria da rede rodoviária e de
acessos condignos para a unidade hoteleira de Santa Cruz, do restauro completo
do Convento de Ancêde, da contenção no levantamento de torres eólicas, da
reflorestação da Serra da Aboboreira, da aposta na recuperação da agricultura
concelhia, da revitalização do tecido empresarial, da atracão de investimento e
da defesa dos legítimos direitos dos trabalhadores da autarquia.
É notória a necessidade da existência
doutra força política em Baião, com outra dinâmica e outro projeto, capazes de
olhar este concelho mais criteriosamente, aproveitando todas as suas
potencialidades e envolvendo a autarquia e todos os baionenses nessa ação.
A criação de emprego com direitos, a
promoção de medidas para a modernização das empresas, o combate intransigente
ao encerramento de serviços públicos, ao aumento dos seus preços e diminuição
da sua qualidade, a defesa da Saúde e da Justiça, rejeitar a transferência de
novas responsabilidades do Estado para a autarquia no âmbito da Educação,
promover a recuperação do parque habitacional, alargar a rede de equipamentos
de apoio social para crianças, jovens e idosos, defender a segurança da
população rejeitando as propostas centrais de redução de efetivos humanos e
materiais da GNR, apoiar as iniciativas de índole cultural, as coletividades desportivas
e de recreio sem compadrio ou caciquismo, desenvolver o turismo, defender o
ambiente, a qualidade do ar e o tratamentos dos resíduos, garantir a cobertura
total da rede de saneamento e distribuição de água, preservar a floresta e as
suas potencialidades, são medidas necessárias para a coesão social e
territorial do nosso concelho.
Não fazemos promessas em vão, mas, aos
que as fazem e elas já andam no ar, os baionenses devem fazer a seguinte
pergunta: o que nos podem trazer de novo para o nosso concelho os
representantes dos partidos que nos empurraram para a crise?
Baião precisa da CDU como força política
igual para todos os baionenses e porque para nós o Poder Local constitui um dos
pilares da nossa democracia e uma conquista da Revolução de Abril e é por essa
razão que o defendemos intransigentemente com provas de trabalho, honestidade e
competência.
Lutamos no presente, confiando no
futuro.
26/07/2013
Comissão Coordenadora de Baião da CDU
Autárquicas 2013 Os Candidatos municipais da CDU são: para a Câmara Municipal Manuel Vilas Boas e para a Assembleia Municipal José Luís Pereira.
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