quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Urgente a luta pela Paz

                               A Síria na rota do imperialismo
O Sr. Paul Craig Roberts foi secretário assistente do Tesouro para a política económica dos Estados Unidos e também editor associado do Wall Street Journal para além de ser colunista da Business Week e da Scripps Howard News, ou seja, trata-se duma personalidade bem colocada e conhecedora dos meandros da política externa norte americana no Iraque, Líbia, Afeganistão e agora na Síria.
No seu mais recente livro intitulado Síria: Mais um crime de guerra ocidental em preparação, ele diz-nos que «os criminosos de guerra em Washington e outras capitais ocidentais estão determinados a manter a sua mentira de que o governo sírio utilizou armas químicas. Tendo fracassado nos esforços para intimidar os inspetores químicos da ONU na Síria, Washington pediu que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, retirasse os inspetores de armas químicas antes que eles pudessem avaliar a evidência e fazer seu relatório. O secretário-geral da ONU enfrentou os criminosos de guerra de Washington e rejeitou o pedido. Os governos dos EUA e Reino Unido não revelaram nenhumas das evidências conclusivas que afirmam ter de que o governo sírio utilizou armas químicas. Ao ouvir suas vozes, observar sua linguagem corporal e fitar os seus olhos, é completamente óbvio que John Kerry e seus fantoches britânico e alemão estão a mentir com todos os seus dentes. Isto é uma situação muito mais vergonhosa do que as mentiras maciças que o antigo secretário de Estado Colin Powell disse na ONU acerca de armas iraquianas de destruição maciça. Powell afirma que foi enganado pela Casa Branca e que não sabia que estava a mentir. Kerry e os fantoches britânico, francês e alemão sabem muito bem que estão a mentir. A cara que o Ocidente apresenta ao mundo é a cara cínica de um mentiroso. Washington e seus governos fantoches britânico e francês estão prontos para revelarem mais uma vez a sua criminalidade. A imagem do Ocidente como criminoso de guerra não é uma imagem de propaganda criada pelos seus inimigos, mas o retrato que o Ocidente pintou de si próprio. O Independent britânico informa que durante este último fim de semana Obama, Cameron e Hollande concordaram em lançar ataques com mísseis de cruzeiro contra o governo sírio dentro de duas semanas apesar da falta de qualquer autorização da ONU e apesar da ausência de qualquer evidência que corrobore a afirmação de Washington de que o governo sírio utilizou armas químicas contra os "rebeldes" apoiados por Washington, amplamente apoiados por forças externas americanas, que procuram derrubar o governo sírio. Na verdade, uma razão para a corrida à guerra é impedir a inspecção da ONU que Washington sabe que refutaria sua afirmação e possivelmente implicaria a capital estado-unidense no ataque de bandeira falsa por parte dos "rebeldes", os quais reuniram um grande número de crianças numa área para serem quimicamente assassinadas com a culpa atribuída por Washington ao governo sírio. Outra razão para a corrida à guerra é que Cameron, o primeiro-ministro britânico, quer obter a guerra antes que o parlamento britânico possa bloqueá-lo por proporcionar cobertura aos crimes de guerra de Obama do mesmo modo que Tony Blair proporcionou cobertura a George W. Bush e pela qual Blair foi premiado».

Soube-se recentemente que o Parlamento britânico rejeitou seguir a linha estado unidense de avançar para mais uma aventura bélica criminosa, ao passo que o presidente Hollande a apoia incondicionalmente, aliás, a exemplo dos seus correlegionários políticos portugueses, ou seja, avançar mesmo sem certezas para bombardear e matar civis inocentes que hipocritamente dizem defender. Como só 9% da população americana apoia o crime, Obama vai solicitar ao Congresso autorização para descargo de consciência. O planeta está assim mais infernal. 

Sem comentários:

Enviar um comentário