terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A Saúde é um direito consagrado constitucionalmente

Caos nas urgências hospitalares: resultado do ataque ao Serviço Nacional de Saúde

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Caos nas urgências hospitalares: resultado do ataque ao Serviço Nacional de Saúde

Sobre as notícias vindas a público, nos últimos dias, sobre o caos verificado nas urgências de diversos hospitais, importa referir que, como o PCP tem denunciado, este é o resultado de uma política que visa substituir a prestação de cuidados realizados pelo Serviço Nacional de Saúde pelo sector privado. A situação verificada põe em causa o direito à saúde e é consequência das políticas restritivas que têm vindo a ser implementadas nos últimos anos.
O encerramento dos serviços de proximidade de cuidados de Saúde primários ou a insuficiência da sua resposta por falta de meios; a insuficiência do número de profissionais de saúde a todos os níveis; os problemas sentidos nas urgências (equipas insuficientes, profissionais esgotados, falta de meios de diagnóstico, falta de camas para internamento); a reestruturação da rede feita pelo actual governo – são todos estes factores que concorrem para uma situação que é grave durante todo o ano, mas que se faz sentir com maior dimensão em períodos críticos, como agora acontece.
É urgente o reforço de meios, nomeadamente pela contratação a tempo inteiro dos profissionais necessários – médicos, enfermeiros, assistentes operacionais -, recusando soluções precárias com a contratação de serviços a empresas, para garantir a resposta necessária e a defesa o Serviço Nacional de Saúde, contra a política de saúde criminosa que este governo tem protagonizado.
Independentemente da resposta urgente que é indispensável adoptar, o anunciado levantamento de necessidades para os próximos dias pelo Ministério, não passa de uma despudorada campanha de propaganda, para tentar fugir às responsabilidades pela grave situação criada.
O PCP apela às populações e aos profissionais do sector para que lutem em defesa do seu direito constitucional à saúde, em defesa do Serviço Nacional de Saúde, cuja garantia exige a demissão do governo, a ruptura com a política de direita e a concretização de uma política patriótica e de esquerda.

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