11ª Assembleia da ORP
Caros camaradas e
amigos,
Em nome da Comissão
Concelhia de Baião saúdo todos os presentes nesta Assembleia convocada no
quadro das conclusões do XIX Congresso do nosso Partido e subordinada ao tema
Reforçar o Partido, Unir e Lutar pelos valores de Abril no futuro de Portugal.
Camaradas,
O tempo que mediou
entre esta Assembleia e a anterior dá-nos conta dum agravamento da situação
social e económica do País e da região em que nos encontramos inseridos.
No caso do concelho
de Baião, por exemplo, acentua-se a sua desertificação, face ao desemprego
existente e à consequente emigração, mas também ao desaparecimento da
agricultura, ao declínio do pequeno e médio comércio e ao encerramento de
serviços públicos de proximidade, deixando a população mais idosa e a mais
debilitada economicamente, a esmagadora maioria, sem o necessário apoio a que
constitucionalmente tem direito.
As Funções Sociais do Estado encontram-se
numa fase de eliminação, algumas para privatização posterior como é o caso do
Centro de Saúde, em rampa de lançamento par ser entregue à Santa Casa da
Misericórdia, ideia há muito tempo acalentada pelo atual executivo camarário
socialista, que sempre tentou negar esta evidência.
O Tribunal e as Finanças também estão na
mira, a Delegação da Segurança Social e os Correios da freguesia de Santa
Marinha do Zêzere foram encerrados, assim como as extensões de saúde das
freguesias de Ribadouro e Mesquinhata, há falta de médicos, fecharam
injustificadamente várias escolas, a Loja da EDP em Campêlo fechou portas, o
Notário foi privatizado, os transportes são exíguos e a rede de abastecimento
de água e saneamento básico não avança como seria necessário, acentuando a
desertificação do concelho. Estas situações têm sido denunciadas por nós e
merecido perguntas ao governo por parte dos nossos camaradas do Grupo
Parlamentar.
A estratégia do atual governo, quanto ao
Estado Social, resume-se à eliminação das Funções Sociais do Estado, contando
com o despedimento ou precarização das condições de trabalho dos trabalhadores
da Função Pública para transformar esta área num negócio para os grupos
privados, aproveitando a porta aberta deixada pelo anterior executivo
socialista.
Camaradas,
O documento da ORP proposto para análise,
foi discutido e mereceu o nosso apoio, na medida em que caracteriza com
fidelidade a evolução da situação política, económica e social da região, as
consequências das políticas governamentais seguidas até agora, agravando o
conteúdo do próprio Pacto de Agressão, mas também apresenta propostas no
sentido de reforçar o Partido para melhor dar combate e fazer frente às medidas
gravosas para a região, luta que não pode esmorecer, pois é nossa firme
convicção de que é justa a causa por que lutamos e o nosso ideal é a libertação
dos trabalhadores e do povo português de todas as formas de exploração e
opressão, é colocar as empresas estratégicas ao serviço do povo e do País e não
ao serviço do enriquecimento de alguns, é eliminar a fome, a miséria e o
desemprego bem visíveis nos tempos de hoje, é assegurar à mulher a efetiva
igualdade de direitos, é combater a corrupção e garantir à juventude o ensino,
a cultura, o trabalho, o desporto, a saúde e a alegria de viver, é o regresso
ao Portugal de Abril.
Não metemos o socialismo na gaveta, nem
tão pouco praticamos políticas de direita ou procuramos alianças na mesma área
política para depois utilizarmos o discurso da hipotética viragem à esquerda,
tentando branquear a responsabilidade na situação atual.
O País precisa com urgência dum novo
rumo e de novas políticas nas quais o nosso Partido deverá constituir-se como
elemento efetivo e essencial, pois é o maior Partido de oposição ativa e com o
qual os portugueses podem contar para conseguirem emprego com direitos, justiça
e progresso social, soberania e independência nacional e uma economia a criar
riqueza para a distribuir com justiça por todos.
Viva a 11ª Assembleia da ORP!
Viva o PCP!
06/12/2014
Comissão Concelhia de Baião
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