sábado, 9 de abril de 2016

A crise brasileira


A crise política e institucional brasileira está a agravar-se de forma acelerada, com o aumento da fragilidade do governo, agora sem o apoio do principal parceiro parlamentar e o afastamento de franjas importantes da burguesia, anteriormente simpatizantes, mas agora mais aderentes à ideia da interrupção do mandato presidencial.
Trata-se duma disputa suja, em pleno estado de direito democrático, onde o sector hegemónico da burguesia viola as regras e leis que ele próprio instituiu, afrontando a Constituição e manipulando informações para atingir seus interesses. A hipocrisia das classes dominantes revela-se claramente no fato do processo de interrupção do mandato presidencial ser liderado por Eduardo Cunha, bem conhecido por corrupto, assim como mais de uma centena de parlamentares que estão a ser alvo de investigação pelos mesmos motivos, Michel Temer, Aécio Neves, Renan Calheiros, além de alguns governadores e outros políticos da mesma praça.
Porém, os sectores que querem derrubar o governo são ainda mais conservadores e procuram aplicar com rapidez o que o PT (Partido dos Trabalhadores) vem colocando em prática de forma gradual, para não contrariar parte de sua base social de apoio formada por sindicalistas e activistas sociais, ou seja, as velhas oligarquias financeiras ligadas ao capital internacional, os oligopólios industriais, comerciais e de serviços, o agronegócio e todos aqueles que ganharam rios de dinheiro com a política de conciliação de classes do governo são os mesmos que agora lhe retiram o tapete.
A articulação entre sectores judiciários, parlamentares, do empresariado e da comunicação social corporativa tornou-se uma grave ameaça às liberdades democráticas, com destaque para a forma incisiva e constante como a rede Globo manipula as informações e não é a primeira vez que este monopólio se envolve em tramas sórdidas para seu benefício e dos que o financiam. Lamentavelmente, ao longo de todo o ciclo governamental do PT, esta instituição foi uma das mais privilegiadas com verbas publicitárias do governo, o qual agora reclama da forma como são veiculadas as informações, mas anteriormente não tomou nenhuma medida no sentido de restringir o poder dos oligopólios mediáticos e promover a democratização dos meios de comunicação.
O principal responsável por essa ofensiva da direita é o próprio PT (Partido dos Trabalhadores) que não só tem praticado uma política de conciliação de classes, como tem desenvolvido a substituição sem regras de lideranças sindicais e de movimentos sociais e a despolitização das massas. O que está a acontecer agora é resultado das opções políticas que o PT adoptou em mais de 13 anos de governo e não deve ser esquecido que por essa razão a burguesia possui mecanismos suficientes para interferir nas instituições de acordo com os seus interesses. No entanto e apesar deste constrangimento, o processo de interrupção do mandato presidencial, seja qual for o resultado, será contra os interesses dos trabalhadores, pois as classes dominantes, devido ao facto dos seus principais dirigentes políticos estarem envolvidos na corrupção, irão tentar acelerar o processo de destituição da presidente do País para resolverem rapidamente esse problema político e, em seguida, abafarem as outras denúncias contra os seus quadros e correligionários políticos, nomeadamente na corrupção e na promiscuidade entre os sectores público e privado.
Tanto no Brasil como na Venezuela e noutros países da América Latina faz-se sentir hoje o mesmo clima de ingerência e de desestabilização promovidas pelos Estados Unidos face aos processos progressistas e de afirmação soberana, mais patentes nuns países do que noutros, mas que vão todos no sentido da libertação duma tutela que não deixa saudades e, por essas razões, é importante a solidariedade com os trabalhadores e o povo brasileiro na sua luta em defesa dos seus direitos, da democracia e da justiça social. 
A crise política e institucional brasileira está a agravar-se de forma acelerada, com o aumento da fragilidade do governo, agora sem o apoio do principal parceiro parlamentar e o afastamento de franjas importantes da burguesia, anteriormente simpatizantes, mas agora mais aderentes à ideia da interrupção do mandato presidencial.
Trata-se duma disputa suja, em pleno estado de direito democrático, onde o sector hegemónico da burguesia viola as regras e leis que ele próprio instituiu, afrontando a Constituição e manipulando informações para atingir seus interesses. A hipocrisia das classes dominantes revela-se claramente no fato do processo de interrupção do mandato presidencial ser liderado por Eduardo Cunha, bem conhecido por corrupto, assim como mais de uma centena de parlamentares que estão a ser alvo de investigação pelos mesmos motivos, Michel Temer, Aécio Neves, Renan Calheiros, além de alguns governadores e outros políticos da mesma praça.
Porém, os sectores que querem derrubar o governo são ainda mais conservadores e procuram aplicar com rapidez o que o PT (Partido dos Trabalhadores) vem colocando em prática de forma gradual, para não contrariar parte de sua base social de apoio formada por sindicalistas e activistas sociais, ou seja, as velhas oligarquias financeiras ligadas ao capital internacional, os oligopólios industriais, comerciais e de serviços, o agronegócio e todos aqueles que ganharam rios de dinheiro com a política de conciliação de classes do governo são os mesmos que agora lhe retiram o tapete.
A articulação entre sectores judiciários, parlamentares, do empresariado e da comunicação social corporativa tornou-se uma grave ameaça às liberdades democráticas, com destaque para a forma incisiva e constante como a rede Globo manipula as informações e não é a primeira vez que este monopólio se envolve em tramas sórdidas para seu benefício e dos que o financiam. Lamentavelmente, ao longo de todo o ciclo governamental do PT, esta instituição foi uma das mais privilegiadas com verbas publicitárias do governo, o qual agora reclama da forma como são veiculadas as informações, mas anteriormente não tomou nenhuma medida no sentido de restringir o poder dos oligopólios mediáticos e promover a democratização dos meios de comunicação.
O principal responsável por essa ofensiva da direita é o próprio PT (Partido dos Trabalhadores) que não só tem praticado uma política de conciliação de classes, como tem desenvolvido a substituição sem regras de lideranças sindicais e de movimentos sociais e a despolitização das massas. O que está a acontecer agora é resultado das opções políticas que o PT adoptou em mais de 13 anos de governo e não deve ser esquecido que por essa razão a burguesia possui mecanismos suficientes para interferir nas instituições de acordo com os seus interesses. No entanto e apesar deste constrangimento, o processo de interrupção do mandato presidencial, seja qual for o resultado, será contra os interesses dos trabalhadores, pois as classes dominantes, devido ao facto dos seus principais dirigentes políticos estarem envolvidos na corrupção, irão tentar acelerar o processo de destituição da presidente do País para resolverem rapidamente esse problema político e, em seguida, abafarem as outras denúncias contra os seus quadros e correligionários políticos, nomeadamente na corrupção e na promiscuidade entre os sectores público e privado.

Tanto no Brasil como na Venezuela e noutros países da América Latina faz-se sentir hoje o mesmo clima de ingerência e de desestabilização promovidas pelos Estados Unidos face aos processos progressistas e de afirmação soberana, mais patentes nuns países do que noutros, mas que vão todos no sentido da libertação duma tutela que não deixa saudades e, por essas razões, é importante a solidariedade com os trabalhadores e o povo brasileiro na sua luta em defesa dos seus direitos, da democracia e da justiça social. 

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