A crise política e
institucional brasileira está a agravar-se de forma acelerada, com o aumento da
fragilidade do governo, agora sem o apoio do principal parceiro parlamentar e o
afastamento de franjas importantes da burguesia, anteriormente simpatizantes,
mas agora mais aderentes à ideia da interrupção do mandato presidencial.
Trata-se duma
disputa suja, em pleno estado de direito democrático, onde o sector hegemónico
da burguesia viola as regras e leis que ele próprio instituiu, afrontando a
Constituição e manipulando informações para atingir seus interesses. A
hipocrisia das classes dominantes revela-se claramente no fato do processo de interrupção
do mandato presidencial ser liderado por Eduardo Cunha, bem conhecido por corrupto,
assim como mais de uma centena de parlamentares que estão a ser alvo de
investigação pelos mesmos motivos, Michel Temer, Aécio Neves, Renan Calheiros,
além de alguns governadores e outros políticos da mesma praça.
Porém, os sectores
que querem derrubar o governo são ainda mais conservadores e procuram aplicar
com rapidez o que o PT (Partido dos Trabalhadores) vem colocando em prática de
forma gradual, para não contrariar parte de sua base social de apoio formada
por sindicalistas e activistas sociais, ou seja, as velhas oligarquias
financeiras ligadas ao capital internacional, os oligopólios industriais,
comerciais e de serviços, o agronegócio e todos aqueles que ganharam rios de
dinheiro com a política de conciliação de classes do governo são os mesmos que
agora lhe retiram o tapete.
A
articulação entre sectores judiciários, parlamentares, do empresariado e da
comunicação social corporativa tornou-se uma grave ameaça às liberdades
democráticas, com destaque para a forma incisiva e constante como a rede Globo
manipula as informações e não é a primeira vez que este monopólio se envolve em
tramas sórdidas para seu benefício e dos que o financiam. Lamentavelmente, ao
longo de todo o ciclo governamental do PT, esta instituição foi uma das mais
privilegiadas com verbas publicitárias do governo, o qual agora reclama da
forma como são veiculadas as informações, mas anteriormente não tomou nenhuma
medida no sentido de restringir o poder dos oligopólios mediáticos e promover a
democratização dos meios de comunicação.
O
principal responsável por essa ofensiva da direita é o próprio PT (Partido dos
Trabalhadores) que não só tem praticado uma política de conciliação de classes,
como tem desenvolvido a substituição sem regras de lideranças sindicais e de
movimentos sociais e a despolitização das massas. O que está a acontecer agora
é resultado das opções políticas que o PT adoptou em mais de 13 anos de governo
e não deve ser esquecido que por essa razão a burguesia possui mecanismos
suficientes para interferir nas instituições de acordo com os seus interesses. No
entanto e apesar deste constrangimento, o processo de interrupção do mandato
presidencial, seja qual for o resultado, será contra os interesses dos trabalhadores,
pois as classes dominantes, devido ao facto dos seus principais dirigentes
políticos estarem envolvidos na corrupção, irão tentar acelerar o processo de destituição
da presidente do País para resolverem rapidamente esse problema político e, em
seguida, abafarem as outras denúncias contra os seus quadros e correligionários
políticos, nomeadamente na corrupção e na promiscuidade entre os sectores
público e privado.
Tanto
no Brasil como na Venezuela e noutros países da América Latina faz-se sentir hoje
o mesmo clima de ingerência e de desestabilização promovidas pelos Estados
Unidos face aos processos progressistas e de afirmação soberana, mais patentes
nuns países do que noutros, mas que vão todos no sentido da libertação duma
tutela que não deixa saudades e, por essas razões, é importante a solidariedade
com os trabalhadores e o povo brasileiro na sua luta em defesa dos seus
direitos, da democracia e da justiça social.
A crise política e
institucional brasileira está a agravar-se de forma acelerada, com o aumento da
fragilidade do governo, agora sem o apoio do principal parceiro parlamentar e o
afastamento de franjas importantes da burguesia, anteriormente simpatizantes,
mas agora mais aderentes à ideia da interrupção do mandato presidencial.
Trata-se duma
disputa suja, em pleno estado de direito democrático, onde o sector hegemónico
da burguesia viola as regras e leis que ele próprio instituiu, afrontando a
Constituição e manipulando informações para atingir seus interesses. A
hipocrisia das classes dominantes revela-se claramente no fato do processo de interrupção
do mandato presidencial ser liderado por Eduardo Cunha, bem conhecido por corrupto,
assim como mais de uma centena de parlamentares que estão a ser alvo de
investigação pelos mesmos motivos, Michel Temer, Aécio Neves, Renan Calheiros,
além de alguns governadores e outros políticos da mesma praça.
Porém, os sectores
que querem derrubar o governo são ainda mais conservadores e procuram aplicar
com rapidez o que o PT (Partido dos Trabalhadores) vem colocando em prática de
forma gradual, para não contrariar parte de sua base social de apoio formada
por sindicalistas e activistas sociais, ou seja, as velhas oligarquias
financeiras ligadas ao capital internacional, os oligopólios industriais,
comerciais e de serviços, o agronegócio e todos aqueles que ganharam rios de
dinheiro com a política de conciliação de classes do governo são os mesmos que
agora lhe retiram o tapete.
A
articulação entre sectores judiciários, parlamentares, do empresariado e da
comunicação social corporativa tornou-se uma grave ameaça às liberdades
democráticas, com destaque para a forma incisiva e constante como a rede Globo
manipula as informações e não é a primeira vez que este monopólio se envolve em
tramas sórdidas para seu benefício e dos que o financiam. Lamentavelmente, ao
longo de todo o ciclo governamental do PT, esta instituição foi uma das mais
privilegiadas com verbas publicitárias do governo, o qual agora reclama da
forma como são veiculadas as informações, mas anteriormente não tomou nenhuma
medida no sentido de restringir o poder dos oligopólios mediáticos e promover a
democratização dos meios de comunicação.
O
principal responsável por essa ofensiva da direita é o próprio PT (Partido dos
Trabalhadores) que não só tem praticado uma política de conciliação de classes,
como tem desenvolvido a substituição sem regras de lideranças sindicais e de
movimentos sociais e a despolitização das massas. O que está a acontecer agora
é resultado das opções políticas que o PT adoptou em mais de 13 anos de governo
e não deve ser esquecido que por essa razão a burguesia possui mecanismos
suficientes para interferir nas instituições de acordo com os seus interesses. No
entanto e apesar deste constrangimento, o processo de interrupção do mandato
presidencial, seja qual for o resultado, será contra os interesses dos trabalhadores,
pois as classes dominantes, devido ao facto dos seus principais dirigentes
políticos estarem envolvidos na corrupção, irão tentar acelerar o processo de destituição
da presidente do País para resolverem rapidamente esse problema político e, em
seguida, abafarem as outras denúncias contra os seus quadros e correligionários
políticos, nomeadamente na corrupção e na promiscuidade entre os sectores
público e privado.
Tanto
no Brasil como na Venezuela e noutros países da América Latina faz-se sentir hoje
o mesmo clima de ingerência e de desestabilização promovidas pelos Estados
Unidos face aos processos progressistas e de afirmação soberana, mais patentes
nuns países do que noutros, mas que vão todos no sentido da libertação duma
tutela que não deixa saudades e, por essas razões, é importante a solidariedade
com os trabalhadores e o povo brasileiro na sua luta em defesa dos seus
direitos, da democracia e da justiça social.
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