domingo, 16 de março de 2014

A Justiça no Portugal de hoje

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Aljustrel, Almoço Regional do Alentejo comemorativo do 93º Aniversário do PCP

Portugal não pode aceitar uma justiça para os pobres e outra para os banqueiros e outros ricaços


No almoço de aniversário em Aljustrel, que juntou mais de 1300 pessoas, Jerónimo de Sousa considerou que a prescrição das penalizações aplicadas a Jardim Gonçalves e a outros banqueiros do BCP pelo Banco de Portugal "é mais um escândalo de bradar aos céus, de proporções inauditas, e com impactos éticos e políticos de extraordinária gravidade!"
O Secretário-Geral relembrou que "são tão céleres a expulsar de suas casas que se atrasou a pagar a prestação da casa, são tão céleres a exigir a cobrança coerciva dos impostos quando um trabalhador a “recibos verdes” ou um pequeno empresário não paga os seus impostos a tempo, mas para os banqueiros há prescrições".
"O País não pode aceitar o passa-culpas a que vimos assistindo, do Banco de Portugal para a Justiça e vice-versa, todos e cada um a sacudir a água do capote! Portugal não pode aceitar uma justiça para os pobres e outra para os banqueiros e outros ricaços. Até porque tudo indica que o exemplo vai ter filhos, e já fazem fila a abrigar-se no guarda-chuva da “prescrição”, pelo menos, o Sr. João Rendeiro do BPP e o Oliveira Costa do BPN!" afirmou.

Jerónimo de Sousa disse ainda que, neste sentido, o PCP considera que é necessário a aclaração desta situação e vai requerer em sede da AR, a urgente audição do Governador do Banco de Portugal, e também do Presidente da CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários), para obter os esclarecimentos necessários sobre as suas intervenções e as suas responsabilidades.

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