quarta-feira, 29 de outubro de 2014

8ª Assembleia da AORG

Abertura da 8ª Assembleia da Organização Regional da Guarda do PCP

Intervenção de Patrícia Machado, membro da Comissão Política do Comité Central, Seia, 8ª Assembleia da Organização Regional da Guarda do PCP

Abertura da 8ª Assembleia da Organização Regional da Guarda do PCP

Uma forte e calorosa saudação aos militantes do Partido que hoje aqui estão a participar nesta 8ª Assembleia e por vosso intermédio a toda a organização. Uma saudação ainda a todos que não sendo militantes, aceitaram o nosso convite para estarem aqui presentes.
Uma assembleia que realizamos e preparámos no ano em que comemoramos 40 anos da revolução do 25 de Abril, num quadro politico, social e económico de grande complexidade, de intensa actividade do nosso Partido e de uma expressiva e ampla luta de massas. Uma assembleia que discutirá uma resolução politica, resultante de diversos contributos e que faz uma análise da actual situação no distrito e aponta caminhos e orientações, colocando a organização do Partido e o seu reforço e a luta de massas como aspectos determinantes para a construção da politica alternativa patriótica e de esquerda que o PCP transporta e propõe.
A situação que se vive no Distrito, não está desligada da realidade nacional e resultado de 38 anos de politica de Direita do PS/PSD/CDS, e em que mais um Orçamento do Estado traduz o crescimento das desigualdades, das injustiças, do empobrecimento, da destruição do aparelho produtivo e dos serviços publicos, do aumento da exploração e ataque aos direitos dos trabalhadores.
Assistimos a um quadro de crescente desemprego, precariedade e baixos salários no Distrito. A realidade comprova esta análise. Em Agosto deste ano eram mais de 10 mil os desempregados no Distrito, mais 7000 que em igual período de 2011. Ao longo dos últimos 3 anos assistimos a um processo continuado de destruição de empresas, onde o número de insolvências e encerramentos é grande, definhando sectores como o automóvel, têxtil, pequeno comércio e construção civil.
A redução de salários, pensões e reformas, as situações de salários em atraso, não pagamento de horas extraordinárias, aumento do horário de trabalho são algumas das fórmulas de exploração que sob o aval e promoção dos protagonistas das politicas de direita se têm verificado em diversas empresas e locais de trabalho no Distrito.
A destruição do aparelho produtivo é também visível no sector agrícola e florestal onde a adopção da PAC e o incentivo ao abandono da produção contribuíram para a liquidação de centenas de explorações e à degradação da situação dos pequenos agricultores acrescendo as dificuldades para o sector associativo e cooperativo. Exemplos no Distrito são o abandono de produções de leite, vinha e olival.
Intensifica-se a linha de ataque às conquistas de Abril, por via da destruição, desvalorização, privatização e retrocesso na administração e nos serviços públicos, pondo em causa a universalidade e qualidade dos mesmos como inscrito na constituição da república. A destruição de serviços como escolas, serviços de saúde, postos de correio, finanças, tribunais, contribui para que muitas populações fiquem distantes e por vezes impossibilitadas de ter acesso aos diversos serviços públicos numa região marcada por expressivos índices de envelhecimento, baixa e deficiente resposta de transportes, difíceis acessibilidades e portajamento das scut’s que provocam sérias dificuldades promovendo ainda mais desertificação, despovoamento e o crescimento da emigração.
Camaradas e amigos, foi e continua a ser a luta o motor da transformação, da exigência pela ruptura com a política de direita. Ela é determinante para a derrota destas politicas e deste Governo e para a exigência de uma politica alternativa patriótica e de esquerda. Ao longo destes 3 anos foram muitas as acções de luta dos trabalhadores do sector publico e privado, das populações, dos agricultores, dos utentes, que no plano nacional e local, das mais fortes lutas convergentes às valorosas lutas nas empresas e locais de trabalho, nas praças e nas ruas resistiram, denunciaram e exigiram uma ruptura com estas políticas. Daqui enviamos uma forte saudação aos trabalhadores e populações, que resistem e lutam no distrito e lhes dizemos que podem contar com este Partido, com a Organização Regional do PCP e a sua Direcção, na solidariedade e empenho na luta na defesa intransigente dos seus interesses e aspirações transportando consigo um projecto que propomos ao povo e para o país que afirma uma “Democracia Avançada, os valores de Abril no futuro de Portugal”.
A afirmação do nosso projecto será tanto mais projectada junto das massas quanto mais longe e fundo chegarmos. Esta Assembleia tem um papel de grande importância para o reforço do nosso Partido no Distrito da Guarda. No decorrer dos nossos trabalhos estará a análise e a reflexão sobre a realidade sentida mas estará certamente o pulsar da vida de quem vive e trabalha nesta região, de Foz Côa, aqui a Seia, de Fornos a Pinhel com medidas e orientações de trabalho para reforçar o PCP, a nossa acção e a luta.
Um reforço que é essencial para continuar a cumprir o papel do Partido, de estar lá onde estão os problemas, indo ao encontro dos anseios e aspirações dos trabalhadores e das populações. Temos que manter e reforçar o trabalho de ligação às massas, a organização nas empresas e locais de trabalho, a informação e propaganda, a formação ideológica, o recrutamento e a integração de novos militantes como condição essencial para este reforço. Ir ao contacto com trabalhadores, jovens, homens e mulheres dizendo-lhes que tomem partido, que tomem nas suas mãos o destino das suas vidas, que adiram ao PCP.
Para esse reforço é necessário intensificar a concretização da importante tarefa que é a acção de contactos com membros do Partido e a elevação da militância, acção estruturante para o reforço do nosso Partido, da sua capacidade de direcção e intervenção. É fundamental que as diversas organizações assumam esta como tarefa prioritária no reforço do nosso Partido levando a cabo em toda a sua dimensão com resultados e efeitos muito potenciadores como a própria presença de novos militantes nesta Assembleia ou os muitos quadros que garantiram o êxito que é esta nossa Assembleia comprovam.
A vida confirma o PCP, Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, como um partido indispensável e insubstituível para a concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda, e de uma alternativa política ao serviço dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.
As orientações daqui saidas assumidas individual e colectivamente, o papel que terá a Direcção hoje eleita e os diversos organismos, transformar-se-ão em força motora da transformação necessária e possivel na construção da politica alternativa que o PCP preconiza para o desenvolvimento do Distrito.
Viva a luta dos trabalhadores e das populações
Viva a 8ª AORG
Viva a JCP
Viva o PCP

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