O expressivo resultado eleitoral obtido pela CDU nas últimas eleições
autárquicas representa um voto de confiança e também de esperança nesta força
política, mas também prova que os trabalhadores e o povo têm nas suas mãos a
possibilidade da mudança do cenário político atualmente existente, invertendo
assim o rumo da injustiça social, do desemprego e do descalabro económico que nos
persegue e inferniza a vida.
Os militantes, ativistas e simpatizantes da CDU e das forças políticas
que a constituem (PCP, PEV e ID) conseguiram com a sua ação transmitir a uma
enorme faixa da população portuguesa a ideia de que o voto, naqueles que
consequentemente e organizadamente defendem os justos direitos e aspirações de
quem trabalha e do povo em geral, é uma das armas principais e eficazes contra
a política das troikas e para
seguirmos um novo caminho no nosso País.
Privilegiando o contacto direto com as populações, os candidatos da CDU
deram a cara e apresentaram as suas propostas olhos nos olhos, pois são os
únicos a poder fazê-lo sem qualquer complexo dadas as provas de trabalho,
honestidade e competência sempre demonstradas nos locais onde exercem os
respetivos mandatos e na luta, sem reservas ou hesitações, contra o desemprego,
o roubo nos salários e nas pensões, o desmantelamento dos serviços públicos
essenciais (Saúde, Educação, Segurança Social, CTT, Transportes), a corrupção a
diversos níveis, a Justiça em frangalhos, os pequenos e médios comerciantes e
industriais na falência e a economia em contínua depressão.
Com mais votos e mais mandatos em Câmaras Municipais ,
Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia, a responsabilidade da CDU e
dos seus aliados aumenta, mas também se reforça o poder da luta contra as
políticas governamentais, que mais cedo do que tarde, irá dar frutos e
relançará o nosso País nos caminhos que Abril rasgou.
Contrariamente ao discurso das individualidades ligadas ao atual poder,
incluindo o mais alto magistrado da Nação, o resultado destas eleições
autárquicas também se reflete nos partidos do governo e na própria governação,
pois denuncia o descontentamento da população relativamente ao caminho de
descalabro seguido, a recusa desta linha de atuação e não adianta virem com
mais mentiras sobre a retoma ou o regresso aos mercados, pois a realidade para
quem a vive no dia a dia desmistifica todas estas atoardas.
O momento que atravessamos é demasiado sério para não nos contentarmos
somente com belos discursos ou declarações de intenção de alguns, pois é
urgente passarmos das palavras aos atos e já que nestas eleições a luta deu
mais força ao voto é altura para o voto dar mais força à luta, a qual vai
prosseguir já no próximo dia 19 do corrente mês com a «Marcha por Abril, contra
a exploração e o empobrecimento», convocada pela CGTP.
Com plena consciência das exigências do momento presente que vivemos no
nosso País, o Partido Comunista Português reafirma o seu compromisso de sempre
para, conjuntamente com os trabalhadores e a população portuguesa, determinada
e confiadamente derrotar a política de direita em vigor e abrir caminho para
uma política alternativa patriótica e de esquerda, para uma democracia avançada
com os valores de Abril presentes no futuro de Portugal e nesse sentido é
imperativo para o coletivo partidário comunista a intervenção para ampliar,
dinamizar e diversificar a luta dos trabalhadores e das populações,
fortalecendo o movimento sindical unitário, as organizações e movimentos de
massas.
05/10/2013
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