sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Demissão é a solução

                                                 Forte aviso à governação
Apesar das pressões e tentativas de intimidação por parte do executivo governamental, apesar de calúnias, falsidades e notícias fantasiosas, deontologicamente reprováveis, inseridas, por exemplo, no jornal «O Sol», para não referir um ou outro pasquim com pretensões ao pódio jornalístico, a jornada de luta organizada pela CGTP e subordinada ao tema «Marcha por Abril contra a exploração e o empobrecimento» atravessou as pontes respetivamente 25 de Abril em Lisboa e do Infante no Porto, constituindo um enorme e clamoroso grito de protesto.
São muitas as razões para elevar o descontentamento da população portuguesa e o Orçamento de Estado para 2014 indicia desde logo um estrangulamento da economia, um prolongamento da recessão e uma redução incomportável dos rendimentos de quem trabalha, dos reformados, dos pensionistas e dos desempregados, pois o governo PSD/CDS, numa clara opção de classe, faz incidir os cortes sobre estas camadas da população em mais de 80% e para os rendimentos do capital reserva uma ínfima percentagem de 4%.
A carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho aumenta consideravelmente e diminui o imposto que se aplica aos lucros do capital (IRC) em mais de 80 milhões de euros, ao mesmo tempo que se ataca sem pudor as pensões de sobrevivência.
O estado social, falsamente eleito como o grande culpado pela crise, vai sendo desmantelado paulatinamente e vendido a patacos aos privados, deixando a população indefesa na Saúde, na Educação, na Segurança Social, nos Transportes, nos Correios e Telecomunicações, enquanto se privilegia a economia de casino ou a especulação bolsista, se permite a fuga de capitais e a economia paralela e se promove mais parcerias público-privadas, sorvedouro imenso, mais ordenados, pensões e assessorias milionários, enquanto hipocritamente é declarado que não há dinheiro, estamos a viver acima das nossas possibilidades.
Com esta política e opções ideológicas aumenta a exploração e o empobrecimento e confirma-se que a «conversa da treta» dos sinais positivos, da retoma e do regresso aos mercados, constituem uma enorme fraude e mais uma mentira a que, infelizmente, o atual executivo nos foi habituando com o decorrer dos tempos e com o mais alto magistrado da Nação a assistir de palanque com uma bonomia incompreensível.
A dívida torna-se cada dia que passa mais impagável, porque é vedado aos portugueses o criar riqueza e porque a renegociação com os credores, preconizada há anos pelo PCP, mantém-se teimosamente em compasso de eterna espera.
As empresas públicas lucrativas desaparecem na avalanche de venda a retalho pelo melhor (menor) preço obtido e o exemplo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, empresa pública exportadora de fundamental importância para a economia nacional e em processo de privatização, constitui talvez o paradigma duma má economia.
O povo português rejeita fortemente estas políticas e este governo como executor das mesmas e já se apercebeu que não pode cruzar os braços, mas sim continuar a luta de que a jornada de hoje, dia 19 de Outubro de 2013, constitui um claro e rotundo NÃO à política de austeridade para os que menos têm e menos podem, deixando de fora os grandes grupos monopolistas, ou seja, o grande capital.

Assim não vamos longe, este governo deve ser demitido com urgência, pois não há em Portugal portugueses de primeira e de segunda e os ideais de Abril continuam presentes na memória daqueles que o viveram com profunda convicção, intensidade e esperança num País mais justo e desenvolvido. 

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