quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Dar a palavra ao povo

                                 Em resposta às mentiras governamentais
Apesar do mau tempo, muitos milhares de portugueses saíram à rua no passado sábado, de norte a sul do País, concentrando-se nas capitais de distrito em iniciativas de protesto e indignação contra as políticas governamentais, desmistificando assim o semear de ilusões lançadas pelo primeiro-ministro e seus apaniguados ou acólitos.
Respondendo ao apelo da CGTP, por todo o país o povo manifestou-se também contra a tentativa de facilitação dos despedimentos e a política de saque de quem vive do seu trabalho, enquanto as grandes fortunas são intocáveis, numa demonstração de que sacrifícios para todos é só conversa.
Trabalhadores no ativo e desempregados, reformados e pensionistas, utentes de serviços públicos, micro, pequenos e médios empresários, juntaram as suas vozes, reclamando e exigindo alto e bom som a demissão do governo e eleições antecipadas para mudarmos de rumo e de políticas.
E, como afirmou o Secretário-geral do PCP, «o País não pode adiar por mais tempo uma mudança de rumo, uma verdadeira mudança alternativa e não as falsas e perversas soluções dos partidos do rotativismo nacional, dos partidos desse bipartidarismo de muleta que desde 1976, com a sua política de direita e os sucessivos governos PS/PSD, mais CDS, vem afundando o País e martirizando a imensa maioria dos portugueses».
Está mais que provado que a luta pela rutura com a política das troikas é, não só necessária, mas deve prosseguir, alargar-se e tornar-se mais forte para abrir caminho à solução dos graves problemas que atingem a imensa maioria dos portugueses: desemprego, precarização do trabalho, emigração crescente, rutura nos serviços de Saúde, degradação da Escola Pública e colapso na Investigação, cortes nas prestações sociais, nos vencimentos dos trabalhadores da Administração Pública, nas reformas e pensões, alterações à legislação laboral em prejuízo de quem trabalha, através de maior facilidade para despedir e da liquidação da contratação coletiva, aumentos dos preços dos bens essenciais e endividamento das famílias, enfim, toda uma panóplia de medidas lesivas, engendradas pelas cabeças de pensamento retrógrado que povoam o executivo governamental, somente preocupado com a especulação bolsista, com a concentração e acumulação de riqueza no grande capital, favorecendo-o escandalosamente com os juros pagos à Banca, os apoios e benefícios fiscais, as privatizações, as parcerias e outras «negociatas», tudo feito com recursos públicos, pois o que é público não presta, mas, quando precisam, vão apoiar-se nele, ou seja, um autêntico regabofe com o dinheiro dos nossos impostos e a cobertura dos escribas da comunicação social deles, dita de referência, que procura entreter-nos com o referendo da co adoção e as praxes e não se cansa de propagandear milagres económicos e o fim da crise ao virar da esquina.
É tempo de dizer basta de empobrecimento e exploração, o País precisa de reencontrar as portas que Abril abriu, é preciso recuperar os salários e os legítimos direitos usurpados e este desígnio só será possível com a demissão deste governo e eleições antecipadas, abrindo caminho a um novo governo patriótico e de esquerda, capaz de promover a justiça social e o desenvolvimento económico.  


Sem comentários:

Enviar um comentário