Em resposta às mentiras
governamentais
Apesar do mau
tempo, muitos milhares de portugueses saíram à rua no passado sábado, de norte
a sul do País, concentrando-se nas capitais de distrito em iniciativas de
protesto e indignação contra as políticas governamentais, desmistificando assim
o semear de ilusões lançadas pelo primeiro-ministro e seus apaniguados ou
acólitos.
Respondendo ao
apelo da CGTP, por todo o país o povo manifestou-se também contra a tentativa
de facilitação dos despedimentos e a política de saque de quem vive do seu
trabalho, enquanto as grandes fortunas são intocáveis, numa demonstração de que
sacrifícios para todos é só conversa.
Trabalhadores no
ativo e desempregados, reformados e pensionistas, utentes de serviços públicos,
micro, pequenos e médios empresários, juntaram as suas vozes, reclamando e
exigindo alto e bom som a demissão do governo e eleições antecipadas para
mudarmos de rumo e de políticas.
E, como afirmou
o Secretário-geral do PCP, «o País não pode adiar por mais tempo uma mudança de
rumo, uma verdadeira mudança alternativa e não as falsas e perversas soluções
dos partidos do rotativismo nacional, dos partidos desse bipartidarismo de
muleta que desde 1976, com a sua política de direita e os sucessivos governos
PS/PSD, mais CDS, vem afundando o País e martirizando a imensa maioria dos
portugueses».
Está mais que
provado que a luta pela rutura com a política das troikas é, não só necessária, mas deve prosseguir, alargar-se e
tornar-se mais forte para abrir caminho à solução dos graves problemas que
atingem a imensa maioria dos portugueses: desemprego, precarização do trabalho,
emigração crescente, rutura nos serviços de Saúde, degradação da Escola Pública
e colapso na Investigação, cortes nas prestações sociais, nos vencimentos dos
trabalhadores da Administração Pública, nas reformas e pensões, alterações à
legislação laboral em prejuízo de quem trabalha, através de maior facilidade
para despedir e da liquidação da contratação coletiva, aumentos dos preços dos
bens essenciais e endividamento das famílias, enfim, toda uma panóplia de
medidas lesivas, engendradas pelas cabeças de pensamento retrógrado que povoam
o executivo governamental, somente preocupado com a especulação bolsista, com a
concentração e acumulação de riqueza no grande capital, favorecendo-o
escandalosamente com os juros pagos à Banca, os apoios e benefícios fiscais, as
privatizações, as parcerias e outras «negociatas», tudo feito com recursos
públicos, pois o que é público não presta, mas, quando precisam, vão apoiar-se
nele, ou seja, um autêntico regabofe com o dinheiro dos nossos impostos e a
cobertura dos escribas da comunicação social deles, dita de referência, que procura
entreter-nos com o referendo da co adoção e as praxes e não se cansa de
propagandear milagres económicos e o fim da crise ao virar da esquina.
É tempo de dizer
basta de empobrecimento e exploração, o País precisa de reencontrar as portas
que Abril abriu, é preciso recuperar os salários e os legítimos direitos
usurpados e este desígnio só será possível com a demissão deste governo e
eleições antecipadas, abrindo caminho a um novo governo patriótico e de
esquerda, capaz de promover a justiça social e o desenvolvimento económico.
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